𝐈𝐍𝐉𝐔𝐑𝐘, ʜᴀʀʀʏ ᴘᴏᴛᴛᴇʀ.

𝙎𝙄𝙉𝙊𝙋𝙎𝙀

A NOITE envolvia os arredores dos Laboratórios de Hawkins em um manto escuro e opressivo, mas Onze não tinha medo. Com suas roupas rasgadas e os cabelos revoltos, ela se esgueirava pelos corredores vazios, movendo-se como uma sombra entre as máquinas e equipamentos científicos.

O som dos alarmes ecoava pelos corredores, anunciando sua fuga iminente. Ela sabia que não tinha muito tempo antes que os guardas a encontrassem. Seu coração batia descontroladamente no peito enquanto ela corria, cada passo uma batalha contra o medo e a incerteza do que viria a seguir.

Finalmente, ela chegou à sala de controle, onde os monitores piscavam freneticamente e os cientistas discutiam em voz alta. Onze mal teve tempo de pensar quando uma explosão de energia a lançou contra a parede. Ela gritou de dor, mas se recusou a desistir.

Com suas habilidades telecinéticas, ela se levantou do chão e lançou os cientistas contra as paredes, abrindo caminho à força através da sala. Cada movimento era uma luta contra a dor e a exaustão, mas ela estava determinada a escapar.

Finalmente, ela alcançou a porta de saída, seus olhos brilhando com uma mistura de desespero e determinação. Com um último esforço, ela empurrou a porta e emergiu para a noite escura lá fora.

O ar fresco da liberdade a envolveu, enchendo seus pulmões e renovando sua determinação. Ela sabia que a batalha estava longe de terminar, mas, naquele momento, ela era livre. Com um último olhar para trás, Onze desapareceu na escuridão da noite, pronta para enfrentar o desconhecido que a aguardava.

Correndo pela escuridão da noite, Onze sentia cada músculo do seu corpo latejar de dor. Sua mente estava turva com a adrenalina da fuga e a exaustão de meses de confinamento. Apesar disso, ela se forçou a continuar, sabendo que não podia se dar ao luxo de parar.

Os sons dos alarmes ecoavam ao longe, uma lembrança constante de que os perseguidores estavam próximos. Ela se adiantou pelas sombras, utilizando sua habilidade telecinética para mover obstáculos e desorientar qualquer um que tentasse segui-la.

A floresta ao redor dos Laboratórios era densa e impenetrável, mas Onze a conhecia como a palma da sua mão. Ela se movia com agilidade, desviando-se de árvores e pedras, enquanto os galhos arranhavam seu rosto e as folhas molhadas se agarravam às suas roupas.

O medo a impulsionava para frente, alimentando sua determinação de escapar a qualquer custo. Ela sabia que não podia voltar para o cativeiro, não podia permitir que seus captores a aprisionassem novamente.

Finalmente, depois de horas de corrida desenfreada, Onze encontrou o que procurava: uma pequena cabana abandonada, escondida no coração da floresta. Ela se aproximou cautelosamente, verificando se estava sozinha antes de entrar.

Dentro da cabana, Onze encontrou um refúgio temporário da perseguição implacável. Ela acendeu uma vela tremeluzente e se deixou cair no chão empoeirado, respirando fundo e tentando recuperar as forças.

Enquanto a noite avançava lá fora, Onze repassou mentalmente o plano que havia traçado. Ela sabia que ainda tinha um longo caminho pela frente, mas, naquele momento, estava determinada a descansar e recarregar suas energias para a jornada que viria pela frente.