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𝖉𝖊𝖆𝖗 𝖊𝖓𝖟𝖔 !
~ ও by: streetdenver

No outro dia, a camionete vermelha parou em frente a casa dos Abundis, Guadalupe se levantou em um solavanco e correu para a varanda e abriu um sorriso enorme ao ver Javier descer do carro e abrir a porta do passageiro onde saiu Pedro. Ela estava incrédula ao ver o pai caminhando enquanto usava a ajuda apenas de uma muleta.

―― Aí meu Deus! Pai! ―― ela exclamou feliz enquanto descia os degraus da escada e abraçava o homem, quando sentiu os braços dos pai, ela rapidamente viu uma esperança para ele vencer aquela horrível doença.

―― Como você está? ―― Pedro perguntou ao sair do abraço e a filha assentiu enquanto sorria.

―― É claro, e o senhor?

―― Estou bem, ajude Javier a tirar as coisas do carro, vou ver como Gael está.

Ele apenas falou dando leve tapinhas nas costas da família e caminhou até a casa, ele andava com certa facilidade e Lupita sorriu ainda incrédula com aquilo, ela se virou e andou até a camionete onde Javier tirava sacolas, provavelmente passaram no mercado antes de virem para a fazenda, ela pensou.

―― O pai está andando... Uau!

Ela o olhou e pegou algumas sacolas junto com o mais velha que riu com a reação da irmã.

―― Eu também fiquei surpreso quando voltei para o quarto e vi ele em pé... Mesmo com a ajuda da enfermeira, ele estava em pé.

―― Isso é incrível! Nós estávamos matando ele, estavam deixando-o trancado, Javier...

―― Estávamos desesperados, preocupados, não tínhamos total culpa... ―― Ele falou fechando a porta da camionete quando já segurava todas as sacolas. ―― agora temos os remédios certos, ele vai melhorar.

―― É claro...

Eles entraram juntos na casa, caminharam até a cozinha e largaram as compras sobre a mesa. Javier ajudou Guadalupe a guardar todas as coisas e ainda limpar a cozinha, porém, em completo silêncio, eles ainda estavam se estranhando desde a discussão que tiveram. Da cozinha, era possível ouvir as gargalhadas de Gael que ria animadamente com o pai, aquilo fez o coração da mulher esquentar.

Lupita preparou um bom almoço, deixou a mesa cheia, sabia que o pai presisava alimentar. Durante o almoço a família teve pouquíssimas conversas, nada interessante.

Lupita estava mais tranquila, se sentia calma em saber que o pai estava melhorando agora, ela passou a tarde com o pai, quando o Sol começou a abaixar, os irmãos saíram até a cidade para resolverem negócios, e o pai simplesmente se deitou em sua cama.

Ela se encontrava tranquilamente na varanda de sua casa, usando uma calça jeans e uma jaqueta preta, juntamente com par de coturnos. Ela folheava folheava um livro vellho encontrado na camionete de Javier, parecia entendiada, mas folhear as páginas amareladas realmente estava ocupando a sua mente.

―― Lupita! ―― ela ouviu a voz do amigo a chamar, ergueu o olhar e viu o amigo pulando a cerca de madeira e correndo, aparentemente desesperada, até a casa. ―― Lupita!

―― Enzo? ―― perguntou confusa enquanto largava o livro e descia as escadas da varanda, o mesmo correu em sua direção e a segurou pelos ombros enquanto olhava em seus olhos. ―― Oque aconteceu?!

―― Eu preciso te mostrar uma coisa! ―― ele falou apressado enquanto soltava os seus ombros e agarrava a sua mão, a puxando em direção ao cercado de madeira.

―― Enzo, pare! Me fale oque é! ―― ela pediu enquanto o mesmo a erguia pela cintura e a colocava do outro lado da cerca, pulando em seguida. ―― Ei!

𝖉𝖊𝖆𝖗 𝖊𝖓𝖟𝖔 ━━ Enzo Vogrincic Onde histórias criam vida. Descubra agora