▫️Capítulo 35▫️

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NICK DONIVAN

Sei que o meu celular estava vibrando e não parava de tocar, contudo, eu não poderia vacilar. Eu tinha que me concentrar e me preparar para a luta. Sei que se eu parasse para ver as mensagens ou fosse atender as ligações da Lunna, eu não conseguiria manter o foco. Primeiro, eu iria garanti a sua segurança e de todos aqueles que eu amava. Sempre foi assim e eu iria conseguir mais uma vez vencer.

Embora eu tenha estado afastado desses tipos de lutas já a há alguns anos, eu não havia parado de treinar; sabia que só algumas regras, que não iriam se aplicar ali. Eu estava em forma. Eu tinha grandes chances de ganhar. Eu gritava mentalmente comigo mesmo, tentando me convencer daquilo, enquanto eu batia nos meus próprios músculos, os acordando e os aquecendo, alguns minutos antes da luta. E o Paulo, estava ali comigo. Ele havia me ajudado com a minha preparação e com a minha inscrição, com esse tal de terremoto. "E isso era nome de guerra, para um grande lutador?" Eu e o Paulo sorrimos disso na hora, para descontrair o momento, mas logo, ficamos curiosos, para saber quem ele realmente era.

Eu iria conseguir.

Eu iria salvar mais uma vez, a minha família.

Eles não ficariam em perigo por minha causa.

Além disso, tinha o meu mestre, no qual ainda tinha grandes chances de ele estar vivo e fosse aparecer a qualquer instante, na hora da luta. O Paulo já havia ficado responsável por localizá-lo e providenciar o seu resgate; havíamos chamado mais uns dois amigos, do tempo que treinávamos juntos. Eles também saberiam identificar o mestre Jean Greg e o salvaria.

Logo, só cabia a mim entrar naquele ringue e acabar de uma vez por todas, com aquelas as ameaças. E caso ele continuasse com elas; eu saindo vivo dali ou não; eu seguiria com o conselho do meu amigo, acionaríamos a polícia. Eu só não esperava que chegássemos no segundo ponto; eu ainda queria poder reencontrar o meu anjo.

Um pouco antes de anunciar a minha entrada, o ultimo participante, saiu carregado dali. Estava todo ensanguentado e com a tíbia fraturada, urrando de dor. A sorte dele, foi que o seu adversário ainda o havia deixado vivo. O que raramente acontecia, pois eles não queriam correr o risco de está passando pelo o que estou passando; ser ameaçado e perseguido pelo o que aconteceu. O melhor, era deixá-los impossibilitados disso. Mas eu nunca concordei com tal ação. Sempre participei dessas lutas, só para extravasar e mostrar para todos, a minha força como lutador. Não queria ser páreo para ninguém, só impor medo e respeito; mas em algum momento, aquilo deve ter dado errado. Ainda não me recordava, mas estava pronto para por aquilo em pratos limpos, ou melhor, em muito sangue no tatame.

Assim, ao ser anunciado e chamado de "Dom Donivan", "O nascido das Cinzas", "O Piedoso" e "Chefe do sangue puro", não imagine que a minha fama ainda estivesse tão viva nesses tatames.

- Ele voltou!! Será que veio para ficar, ou apenas quer sentir o gostinho das nossas lutas sem regras? O bom filho retorna a casa, não é DOM?? Sentiu falta do sangue? - O apresentador das lutas se aproxima de mim e sorrir com escarninho, querendo me provocar.

Eu tento segurar uma boa resposta para ele, mas ainda me pronuncio.

- Não isso!! Mas desejo botar alguns bons pontos finais, nessa história toda. - Forço uma simpatia que não tenho, mas o apresentador aceita a minha resposta.

- E que esses pontos venham com muito sangue, não é galera??? QUEREMOS VER O ANTIGO "DOM" EM AÇÃO!!! - O povo vibra e a adrenalina percorrer toda a minha veia, me lembrando da antiga sensação de ouvir a euforia e o agito do povo, antes de uma grande luta sem regras.

Era tentador, mas eu tinha que manter o controle. Eu precisava me lembrar das principais regras que o meu mestre havia me ensinado. Disciplina, mente sã e resistência. O melhor, sempre conseguiria boas oportunidades no momento certo. Logo, eu não me deixei ludibriar com aquilo.

Ela cresceu Onde histórias criam vida. Descubra agora