Brianna correu até achar que estava longe o suficiente da Cornucópia. Ela acabou chegando a um bairro que antes parecia ter sido um condomínio, com casas iguais. Todas estavam em ruínas, e pareciam ser um bom lugar para se esconder.
Ela escolheu uma das casas centrais, e passou com cuidado entre o vão da madeira que bloqueava a porta. Ela analisou ao redor, vendo que haviam alguns móveis ainda, que estavam cobertos por lençóis, e todas as portas e janelas tinham placas de madeira bloqueando a passagem. Se alguém tentasse entrar ali, ela certamente ouviria.
Ela sentou-se em um dos sofás, e decidiu abrir a sua mochila. Havia duas garrafas de água, apenas uma dela com líquido; um kit de tratamento para água; cinco pacotes de frutas secas; um pacote de pão; fósforo; um rolo de fio metálico que ela suspeitou ser de cobre; uma caixa de primeiros socorros; e um estojo preto, relativamente grande, além do seu estojo de facas.
Ela pegou o estojo, e o abriu, revelando as peças de uma zarabatana, além de cerca de 30 dardos com um líquido fluorescente dentro. Ela não via visto aquele tipo de arma na Cornucópia, mas acreditava que era por não ser muito comum o uso dela nos jogos.
Ela começou a montar a zarabatana, colocando cinco dardos no espaço destinado a eles, e depois a colocou sobre a sua mochila. Em seguida, pegou a caixa de primeiros socorros e analisou o conteúdo, e pegou um anti séptico para limpar o ferimento em sua testa.
Depois de cerca de uma hora, o céu tornou-se escuro, e ela se levantou, indo até a janela assim que ouviu o hino.
Onze tributos tinham morrido no primeiro dia. Shine, do Distrito 1, Amélia e Torvy, do Distrito 4, Margaret e Caius do Distrito 6, Tommy do Distrito 9, Alex do Distrito 8, Beatrice e Caleb do Distrito 10 e Viviane e Austin do Distrito 12.
Três Carreiristas haviam morrido. Será que havia sido a garota do Distrito 11 que havia matado Amélia e Torvy, assim como havia matado Shine?
Ela decidiu não perder muito tempo pensando naquilo, e decidiu tentar descansar um pouco, afinal, naquela escuridão, para alguém conseguir entrar onde estava, faria barulho.
[...]
Ela acordou cedo, prendeu algumas facas no cinto do macacão, colocou a mochila nas costas e pendurou a zarabatana no ombro, antes de sair da casa.
Ela caminhou para fora do condomínio, sempre alerta ao mínimo som ao redor. Ela embrenhou-se em um bosque, caminhando com cuidado sobre as folhas secas para fazer o mínimo de barulho possível.
Depois de alguns minutos de caminhada, ela começou a ver manchas de sangue pelo chão. Ela ficou alerta, imaginando que algum tributo estaria por ali.
-Brianna? - ela sacou uma faca assim que ouviu seu nome ser chamado, e se virou, vendo Aron ali.
Ele estava extremamente pálido, e a sua jaqueta estava enrolada na sua mão direita, encharcada de sangue.
-Aron? - ela perguntou - O que aconteceu?
-Lídia, a garota do 11 - Aron respondeu - Decepou a minha mão - ele ergueu o braço direito, como se mostrasse.
-Você tentou cauterizar? - Aron franziu o cenho - Está saindo muito sangue.
-Não - Aron respondeu - Não é como se eu fosse sobreviver por muito mais tempo - ele encolheu os ombros - Tem uma hidroelétrica desativada no norte da arena.
- Por que está... - ela é interrompida por Aron a empurrando, e ela cai de costas no chão, ao mesmo tempo em que Oliver, do Distrito 2, o atinge em cheio no pescoço com um machado, e o canhão soa.
-Agora é a sua vez, Bonitinha - ele diz o apelido de Declan havia lhe dado debochadamente, e Brianna sente o sangue ferver.
Ela se levanta de um salto, conseguindo desviar do primeiro golpe do machado desferido por Oliver em sua direção. Ela tira uma faca do cinto e crava em sua perna, antes de sair correndo.
-Não vai conseguir se esconder pra sempre! - Oliver grita, e Brianna o escuta seguindo atrás dela.
Ela se esconde atrás de uma árvore mais grossa e pega a zarabatana. Ela olha e vê Oliver se aproximando, a procurando. Brianna respira fundo, mirando na jugular dele, e atira o dardo.
Ao ser atingido, Oliver leva a mão ao pescoço e retira o dardo, mas o líquido já estava em seu organismo. Ele a encara por alguns segundos, antes de cair pra trás, e o canhão soa.
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Mais um capítulo saindo!
Não sei vocês, mas o fato de ter uma hidroelétrica na arena me deu várias idéias
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Volto em breve!
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Além da Corrente - Finnick Odair
Romance𝐁𝐫𝐢𝐚𝐧𝐧𝐚 𝐃𝐲𝐧𝐚𝐦𝐨 𝐚𝐦𝐚𝐯𝐚 𝐟𝐨𝐭𝐨𝐠𝐫𝐚𝐟𝐚𝐫. Desde os seus primeiros passos no Distrito 5, desde onde a eletricidade pulsava como um coração mecânico até as longínquas paisagens que só conhecia através das escassas imagens nos livros...