Festa Universitária

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Boa leitura

Aquele bairro da cidade era conhecido por ser formado por várias repúblicas e pensões, por ser localizado perto de uma faculdade particular e uma universidade federal

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Aquele bairro da cidade era conhecido por ser formado por várias repúblicas e pensões, por ser localizado perto de uma faculdade particular e uma universidade federal. Então em finais de semana o som alto e jogo de luzes podia facilmente ser visto pelas janelas. Sendo que cada uma dessas casas geralmente alugadas por temporada, que antes pertenciam a famílias com boas condições financeiras, possuíam seus próprios nomes, uma forma de se diferenciados em meio a tantas repúblicas, o que gerava também uma competição entre elas. Algumas eram apenas repúblicas femininas, enquanto outras apenas masculinas, mas haviam as mistas também, como aquela que iríamos hoje.

-A Fernanda te disse em qual delas que era a festa? Tá rolando mais de uma aqui. -Comentei, já que maioria das repúblicas naquela avenida estavam aproveitando o fim de semana para dar suas próprias festas.

-A gente podia ir em todas elas e testar. -Clara disse bem animada.

-Tá de brincadeira né? Íamos levar a noite inteira.

-Relaxa, bebê. É claro que a Clarinha aqui tá brincando. Acho que deve ser aquela ali na frente. República Farol Acesso.

-Com esse nome só pode ser aquela mesmo.

No muro da casa havia um carro rosa pichado com faróis bem acessos, junto do nome da república. Algumas pessoas estavam na calçada e apoiados na garagem, a maioria com copos de bebida nas mãos, dançando no ritmo de uma batida eletrônica. Enquanto alguns apenas com cigarros feitos com seda enrolada fumavam ali na frente mesmo, assoprando a fumaça naqueles que estavam prestes a entrar na festa.

A menina na nossa frente fez deu uma voltinha com os braços levantados para cima, enquanto três dos caras que estavam na entrada da garagem assopraram a fumaça nela. Que pareceu se divertir com aquilo, quase como se fosse um ritual de iniciação. Acho que os integrantes dessa república se reconheciam pelo cheiro de fumaça.

Assim que eu e Clara passamos pela entrada, eles fizeram questão de fazer o mesmo com nós, que tentamos virar o rosto na direção oposta, rindo um para o outro. Mas era fumaça demais, tanta que era impossível não respirar um pouco daquela marola, fazendo com que ficassemos tossindo um pouco para limpar a garganta. Não sei como aqueles caras conseguiam puxar tanta fumaça daquele jeito, com certeza já estavam acostumados a ter os pulmões cheios de fumaça invés de ar.

-Eu acho que aquilo não era um cigarro comum. -Disse também rindo daquela situação,

-Você acha? -Clara riu também, só que de mim invés deles.

A casa era bem grande com cômodos amplos. No quintal vários grupos de amigos bebiam e fumavam enquanto conversavam em rodinhas. Alguns estavam dançando da sua própria maneira, enquanto outros estavam concentrados demais em beijos quentes para prestarem qualquer atenção no que estava ao seu redor.

Havia também uma piscina, que não parecia ser muito funda, do lado esquerdo do quintal. Tanto que as pessoas concenguiam facilmente ficar em pé, com a água vindo até a altura de seus ombros; apenas os mais baixos teriam um pouco de dificuldade. E assim como acontecia por toda a parte, dois casais se agarravam ali mesmo diante de todos.

Um Namorado Para O PapaiOnde histórias criam vida. Descubra agora