Naquele dia, apenas os rostos de Oliver e Aron apareceram no céu.
Eles estavam em onze.
Brianna sentia-se mal pela morte de Aron. Ele havia salvado a sua vida lhe tirando do caminho de Oliver, e lhe dado tempo para que pudesse se proteger e salvar a sua vida.
Ela estava deitada sobre o sofá de outra casa quando ouviu o som de um apito. Ela se sentou e viu um paraquedas voando em direção a janela. Ela o pegou e voltou novamente para o sofá. Ao abrir, viu que havia um pequeno pote de metal com uma pomada rosada e um bilhete.
"Você está indo bem. Passe essa pomada no corte na sua testa, está inflamado.
Fique vida, Bonitinha.
D.C. e F. O."
F.O?
Seria quem ela estava...
Mas, por que?
Sem ter respostas para suas perguntas naquele momento, ela pegou novamente o kit de primeiros socorros e limpou o ferimento, antes de aplicar a pomada.
Ao longo da madrugada, Brianna escuta gritos soando ao longe mais três canhões. Antes mesmo do amanhecer, ela decide voltar a caminhar em direção a hidroelétrica que Aron havia lhe dito.
Ela a encontra por volta do meio-dia. Localizada em uma área remota e selvagem, suas estruturas de concreto se erguem imponentes contra o céu cinzento, uma relíquia do passado que contrasta com a natureza selvagem que a cerca. A energia estática paira no ar, misturada com o murmúrio distante das águas do rio que um dia teria alimentado essa imensa estrutura.
A hidrelétrica é dominada por uma enorme barragem e represa, uma estrutura maciça de concreto que se estende por quilômetros, bloqueando o fluxo do rio e formando um grande reservatório de água estagnada. A represa está coberta de musgo e algas, enquanto a água que se acumula atrás dela é escura e sinistra, refletindo o céu nublado em tons sombrios.
Dentro do local, as salas de máquinas e turbinas estão mergulhadas na escuridão e no silêncio. Equipamentos enferrujados e quebrados se erguem como fantasmas do passado industrial, lembranças silenciosas de uma época em que essa estrutura era uma maravilha da engenharia moderna. As turbinas gigantes estão imóveis e silenciosas, suas pás cobertas de poeira e teias de aranha.
Os túneis escuros e úmidos da hidrelétrica formam um labirinto intrincado, onde os tributos poderiam se perder facilmente e se tornar presas fáceis para emboscadas ou armadilhas. A água pinga das paredes e do teto, criando uma atmosfera úmida e opressiva que é agravada pelo eco dos passos dos tributos que ressoam pelas passagens estreitas.
Árvores e arbustos crescem em rachaduras no concreto, suas raízes rompendo o asfalto e os tijolos em uma demonstração silenciosa de força e resistência. A vegetação verdejante contrasta com a frieza do concreto e do metal.
Mas, todos aqueles fios e aquela água lhe deram uma ideia.
[...]
-Claudius, o que será que Brianna está fazendo? - ao ouvir o nome, Declan começou a prestar atenção na transmissão, interrompendo sua conversa com Haymitch e Finnick.
-Ela vai tentar fechar um circuito - Declan comentou baixo, vendo-a analisar os fios, como se escolhesse qual a melhor opção.
-Ela precisa de algo isolante para se proteger, não? - Finnick o encarou.
-Exatamente - Declan respondeu, começando a digitar no seu computador, até encontrar o que precisava e programar o envio para Brianna - Brilhante, Bonitinha.
[...]
Brianna recebeu as botas isolantes de Declan. Aquilo havia sido um dos pensamentos dela, mas ela confirmou que Declan a estaria assistindo e a ajudaria.
Sua ideia era atrair o máximo de tributos possível para dentro da hidroelétrica, e ela já sabia como fazer isso.
Quando começou a escurecer, ela montou uma fogueira bem no meio da sala onde ela havia colocado os fios sobre as poças d'água. Ela ouvia o som do efeito corona dentro da sala, e no menor movimento lá dentro, fecharia um circuito.
Ela se escondeu em uma sala fora da gaiola de eletricidade que havia montado.
[...]
-Saia daí, sua estúpida! - Finnick segurou o riso vendo Brutos xingando Calipso, que encaminhavam-se diretamente para a armadilha de Brianna, junto ao tributo masculino do Distrito 1.
-Ela atraiu mais do que o esperado - Johanna comentou, vendo os tributos do seu Distrito também entrando na hidroelétrica - Dentre eles, os dois tapados do meu Distrito.
Uma aliança incomum também havia sido atraída, composta pela garota do 8, o garoto do 9 e o garoto do 11 também haviam sido atraídos.
-Se der certo, ela supera o seu record, Beetee - Haymitch comentou, bebendo um gole de seu Whisky.
Os três grupos entraram por portas diferentes, mas todos entraram dentro da gaiola. A garota do 7 foi a primeira a ser atingida pela corrente, e seu parceiro de Distrito tentou tocá-la, e acabou sendo eletrocutado também. Brianna mexeu nos controles, aumentando a voltagem dos fios, e com um estouro, os sete corpos caíram no chão, e logo em seguida, sete canhões soaram.
Faltavam 3 tributos, e então Brianna voltaria pra casa.
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Mais um capítulo saindo hoje.
Eu tenho o costume de fazer poucos capítulos referentes aos Jogos porque eu sempre me perco em quais tributos eu já ☠️ ou não, então, oficialmente, estamos na reta final
Não se esqueça de deixar o seu feedback e a sua estrelinha *-*
Volto em breve!
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Além da Corrente - Finnick Odair
Romance𝐁𝐫𝐢𝐚𝐧𝐧𝐚 𝐃𝐲𝐧𝐚𝐦𝐨 𝐚𝐦𝐚𝐯𝐚 𝐟𝐨𝐭𝐨𝐠𝐫𝐚𝐟𝐚𝐫. Desde os seus primeiros passos no Distrito 5, desde onde a eletricidade pulsava como um coração mecânico até as longínquas paisagens que só conhecia através das escassas imagens nos livros...