Minha escolha

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Assim que entramos na rua, já conseguimos ver um tumulto de pessoas tentando ver a cena do crime. Ao mesmo tempo, os guardas trabalham para conter e manter o lugar não tão acessível para o público. Os seres humanos são estranhos, sempre estão curiosos para ver algo repulsivo, mas chuto que dessa vez a atenção vindo desse caso é sobre alegação que o senhor Kim fez, não é todos os dias que encontramos um possuído pelo demônio morando ao seu lado, acho que boa parte disso veio dos casos famosos que depois foram transformadas em filmes, não estamos em Amityville.

Paramos um pouquinho longe do lugar devido à multidão, e acabei soltando um suspiro fraco antes de sair do carro assim que vi o Jeongin parado na calçada. O menor andou até minha frente com um olhar preocupado com a situação que fui colado pela primeira vez, agora que estávamos fora conseguia enxergar os detalhes dele, a luz franca da tarde batia sobre a pele do outro o deixando com as bochechas naturalmente coradas, ele está ficando mais adorável cada minuto que passava ao seu lado, isso deu início uma pequena batida no meu peito, é impossível se apaixonar em menos de um dia.

Assim que atravessamos a faixa amarela da polícia, tive uma visão maior de como estava o local. Na calçada ainda possuía a marca escura da água ainda secando após alguém ter limpado, e nas gramas ainda tinham pequenas gotas de sangue já seco, ganhando uma coloração amarronzada. A porta de entrada da casa estava aberta, e tinha uma entrada e saída de trabalhadores.

- Isso lembra muito aquelas séries de suspenses. - sussurro, mas os outros dois conseguiram ouvir.

- Estava esperando uma "série policial" - Yang disse rindo.

- O que você anda assistindo? - Minho perguntou curioso.

- Bem...

Assim que passamos pela porta de entrada, vi uma detetive conversando com uma moça. Pelo que li nos documentos que recebi, ela deve ser a esposa do cara. Antes que pudesse perguntar algo para os dois ao meu lado, um vulto pequeno pula nos braços do Minho em uma risada alegre, o que fez ele sorrir de forma verdadeira no rosto.

- Baby, você não vai acreditar no que ela disse sobre o marido! - sem que o outro pudesse responder, ele continua sem nem ao mesmo respirar. - Ela disse que ele vinha todas as noites conversar com o micro-ondas e o objeto ¨respondiam¨ com pequenos barulhos, o Chan quase foi de arrasta para cima pelo choque ao tentar abrir o...

- Jisung respira! - Lee deixa uma risada escapar enquanto passava os dedos pela testa do menor, as tirando dos olhos. - Aquele é o Hyunjin. - Ele aponta com a cabeça em minha direção e isso foi suficiente para o pequeno separar-se dele e se colocar de frente para mim.

- Olá, eu sou Han Jisung! Eu cuido da coleta das informações e na parte da ciência forense do local, é um prazer conhecer você, Hwang Hyunjin - ele faz uma reverência educada que foi respondida por mim no mesmo instante.

- Prazer em conhecê-lo também - abro um sorriso sem mostrar os dentes.

- O advogado veio com vocês, que ótimo.

Outro homem passou pela entrada da cozinha e andou em direção à gente com um sorriso cansado, agora parando para analisar a situação. Todos da casa tinham interrompido o que estavam fazendo para prestar atenção no novo grupo que estava se formando na sala da casa. Abaixo os olhos por um momento para ter controle da pequena timidez que se formou, mas logo volto ao "normal" e encaro o de cabelos castanhos que abria um sorriso divertido no rosto. Eles estão acostumados a chamar atenção de todos.

- Sempre é assim, uma hora você se acostuma com os olhares.

- Eu sou Hyunjin. - Faço a reverência.

- É um prazer ter você com a gente, eu sou Christopher Bang, mas pode me chamar de Bang Chan ou só de Chan, sou o líder da equipe.

Chan levou todos para dentro da cozinha, o local mostrava a bagunça do dia a dia dos moradores da casa, os pratos sujos sobre a pia, a mesa com a toalha amassada e com pequenas manchas de café e alguns sacos de bolachas por cima. No chão e em cima da bancada estão os materiais que eles estão usando, e é um pouco diferente do que estava acostumado a ver, um pequeno computador que está com mensagem de enviado com alguns produtos químicos de cores estranhas e ferramentas de todo tipo no chão.

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