💍 Capítulo 44 💍

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~ Duas horas antes.

Em meio a todo silêncio da delegacia de polícia central, passos se fizeram presentes assim que o chefe de polícia Han Seungwoo adentrou o local segurando uma pasta de investigação nas mãos. Não demorou muito para que passos mais apressados tomassem o protagonismo do eco que reverberava naquele ambiente minimalista que apenas apresentava um quadro com folhetos de rostos desaparecidos em uma das paredes e um trio de cadeiras de espera mais ao centro do corredor gelado. A cor branca em todos os quatro cantos e do piso alimentava a visão de ambiente muito mais apático e sem vida devido a todas as histórias que atravessavam aquele departamento. Barulhos de aparelhos telefônicos também eram ouvidos a todo segundo de uma sala mais a frente, esta na qual Seungwoo se dirigia, e era onde também alguns policiais atendiam as denúncias e ligações de possíveis casos suspeitos. Passos mais apressados foram ouvidos pelo chefe de polícia, que imediatamente se virou para conferir o que acontecia atrás de si ao mesmo tempo que colocava a mão no coltro onde guardava a arma calibre 38, e então deu um suspiro pesado, parando de andar ao ver que a pessoa que corria era o estagiário, Jung Subin.

— Subin! Quantas vezes vou ter que repetir que não se deve correr dentro da delegacia! Meu reflexo poderia fazer eu dar um tiro em você! — Seungwoo disse mal humorado, devolvendo a arma para o suporte enquanto conferia seu relógio.

— Me desculpe, senhor! Mas o chefe Seungsik me pediu para te chamar com urgência. Foi recebido um chamado de uma vítima de cárcere que pedia urgente por medida de proteção a um grupo de civis. Quando a patrulha chegou no local onde a vítima estava, o criminoso já havia fugido pelos fundos da casa e o Sejun encontrou a vítima toda machucada em um dos quartos. Felizmente ele permaneceu lúcido e consciente até os paramédicos chegarem, mas ele ainda parece estar em estado de choque pois não fala muito. — o estagiário explicou, afoito. — Ele só repetiu algumas vezes um nome... acho que era Kim Hongjoong. — e imediatamente, após a fala do rapaz mais novo, Seungwoo arregalou os olhos de surpresa, um tanto chocado, logo descobrindo de onde havia saído o chamado vermelho.

— Como assim, Subin? Kim Hongjoong? Você tem certeza? — o policial perguntou seriamente, encarando o mais jovem assentir com a cabeça com certa rapidez. — Onde o Seungsik está? — perguntou, já voltando seus passos pelo corredor antes mesmo de ouvir a resposta de Subin.

— Na linha do telefone dois. — ele respondeu e rapidamente Seungwoo acelerou os passos, indo certeiro em direção aos telefones que ficavam no início da delegacia.

— Seungsik, aqui é o Seungwoo! O que você sabe sobre o caso? — perguntou sem papas na língua, já ouvindo a voz afoita do colega de trabalho.

— Oie, Seungwoo! Eu estou com a vítima no hospital e já contatei em ordem urgente para que a patrulha comece as rondas e proteja os envolvidos, eles vão ser levados para aquele casarão em Yongin, ok? — ele disse firmemente e Seungwoo franziu o cenho em confusão pelo imediatismo do amigo.

— Ok, mas calma, o que está acontecendo? Eu vi que você mandou um alerta vermelho no sistema também. — perguntou preocupado.

— A vítima que está comigo se chama Song Mingi, Seungwoo. E de acordo com as descrições que ele deu, o agressor dele é um dos nossos procurados mais perigosos. — o policial explicou. — Quem está envolvido nisso tudo é o Hongjoong. O Kim Hongjoong finalmente apareceu, e vai matar pessoas se não agirmos agora. Preciso da sua ajuda.

[...]

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~ Agora.

JEONG YUNHO

— Vocês estão querendo me matar? — Yunho dessa vez gritou de verdade ao ver o rosto familiar de Choi Jongho, o antigo motorista particular de Song. — Isso é um sequestro? — o rapaz alto escorregou no banco de trás do carro colocando as pernas juntas entre o vão que ficava nos bancos do motorista e passageiro, encarando o rosto atento do Jongho e de outros dois seguranças, estes sentados um de cada lado de seu corpo.

LOYALTY II - O passado fica para trásOnde histórias criam vida. Descubra agora