Os dois andam lado a lado.

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Era a décima?

Não, talvez a décima quinta vez?

Não sei, não consigo pensar. O calor consumindo meu corpo e a língua quente de Dazai percorrendo meu ânus não me ajudava a raciocinar nada. Suas mãos grandes e pesadas agarravam minha cintura, me puxando para mais perto e afundando o rosto em minha bunda. Ele se deliciava, era claro, principalmente por conseguir arrancar os malditos gemidos da minha boca. Era impossível para mim naquele momento brigar com ele, mesmo que eu quisesse muito que ele parasse aquela tortura e me fodesse de uma vez.

Não era novidade que nós dois transassemos demais. Na verdade era um conhecimento geral, principalmente para aqueles que nos conhecia. Mas nessa última semana... Céus, a coisa estava saindo do controle. Não foram uma, nem duas e nem três, foram quatro vezes ao longo da maldita segunda-feira. Mais cinco na terça, três na quarta e quatro na quinta. Contando as de hoje, bem, são seis e meio? Uau. Talvez tenha sido mais do que quinze vezes em menos de uma semana. Já devia se passar das dez da noite, e Dazai não parecia disposto a parar aquilo tão cedo.

Bem, essa é a consequência das tão aguardadas férias: Tempo livre e um Dazai sem controle.

Céus, parecemos dois coelhos!

- Dazai...

Seu nome deixou meus lábios inconscientemente, acredite. Arrastado, manhoso, de um jeito que eu jamais faria em meu juízo perfeito. Ele sorriu, eu podia sentir. Sua língua deslizava como ferro quente, fazendo-me contorcer, apertar os lençóis em busca de um apoio para todo aquele prazer. Ele é tão bom nisso que é irritante. Me dá raiva, assim como tudo que ele faz. O ar que ele respira rente à minha pele é insuportável, quente e arrepiante. A excitação corre em minhas veias como uma droga alucinógena potente, me deixando inerte e incapaz de gritar para que ele pare.

Suas mãos viajaram da minha cintura até minhas coxas, apertando-as com força e espremendo seu rosto entre elas. Eu estava fraco, mas consegui força suficiente para sufoca-lo com elas. Ele gemeu agraciado, como o bom masoquista que é, aprovando minha rudeza. Não demorou para que seus dedos envolvessem meu pau, o apertando e restringindo meu fluxo sanguíneo, causando-me uma sensação dolorida e prazerosa. Afundei a cabeça no travesseiro, subitamente consciente de todo meu corpo e o que encostava nele. Dazai então chupou, antes de subir lambidas molhadas por minhas bolas pesadas.

- Tudo bem, Chuuya?

Sua maldita voz zombeteira perguntou com deboche, falsamente preocupada. Ele sabia o que estava fazendo comigo, e não parecia nem um pouco inclinado a diminuir seu cinismo. Mordi o lábio inferior, evitando gemer e rosnar de raiva. Minha mão desceu até os cabelos castanhos, agarrando com força e o forçando contra meu pau negligenciado. Ele sorriu contra ele, beijando e lambendo com um carinho totalmente contrário ao aperto agressivo em minhas coxas. Não demorou para sua língua deslizar pela extensão, acariciando as veias saltadas e a pele sensível.

Comprimi os lábios, virando o rosto para o lado em uma busca falha de afundá-lo no travesseiro. Era uma sensação dolorosamente gostosa. A hipersensibilidade por causa das incontáveis vezes que as mãos grandes de Dazai esfolaram meu pau em uma punheta agressiva começava a causar reações em meu corpo que não poderiam ser descritas como algo além de patéticas. A convulsão em meus músculos, os espasmos em minhas bolas e o pulsar nas marcas de dente em minha pele era enlouquecedor. Tudo doía, mas aumentava meu tesão a níveis inimagináveis.

E eu costumava achar que Dazai era o masoquista.

Considerando nossas posições nas últimas semanas, acho que ele combinava mais com um sadomasoquista. Quando diabos aquele fogo todo ia acabar? Sinto meu corpo clamando por descanso, cansado, exausto! Dazai não tinha um pingo de piedade. Mas... Ah, como posso culpá-lo quando minha mente grita que quero mais? Porque, porra, eu quero! Não posso deixá-lo parar. Cada toque e investida faziam meu corpo tremer e implorar por mais. Nada parece o suficiente, eu me sinto desconfortavelmente excitado e isso é revoltante. Eu só quero que acabe, mas eu também não quero que isso aconteça.

Like Rabbits | soukokuOnde histórias criam vida. Descubra agora