PRÓLOGO

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Desde que o mundo é mundo, os sangues-azuis comandam a elite com seus poderes inabaláveis e possuem as maiores fortunas de todo país.

A capital faz os vermelhos trabalharem até suas mortes em troca de pouco ou quase nada. Eles nos tratam como ratos de laboratório. Destinam quase nada de alimento a nosso povo, e eles ainda tem a audácia de dizer ao público que somos infratores de suas lindas mansões, como se realmente tivéssemos força o suficiente para passar por eles. Não chegaríamos nem perto o suficiente para contar a história, estaríamos mortos antes de ultrapassar o portão principal da capital. Há séculos é dessa forma que o sistema funciona. E, bom como você deve imaginar um sangue-azul não falaria tão mal de seu próprio povo se eu fosse uma sangue-azul. Sou parte da rebelião. Não cresci nem dentro dos portões da capital e nem fora deles. Eu fui criada longe, bem longe... na época eu nem sabia sobre a possibilidade deles existirem.

Ficaria feliz se eles continuassem não existindo.

Os vermelhos viviam bem considerando o que viria depois. Há tempos atrás descobriram uma mutação no sangue de um dos vermelhos escravizados da capital... Todo ano uma varredura de guardas testam o sangue de novos vermelhos nascidos. E, em uma dessas dedetizações eles testaram o sangue de uma garotinha e captaram a mutação em seu sangue. Ela fora morta imediatamente, e seus pais foram aprisionados por terem infringindo a lei mais cruel de Blackmount, se relacionar com alguém do sangue oposto. Bom, essa história é só uma lenda, não sabemos exatamente se um ser poderia ter essa mutação no sangue de verdade, ou se eles só almejavam matar vermelhos por diversão. Mas a lei foi sancionada. O presidente anunciou friamente que todos os vermelhos existentes deveriam ser apagados da sociedade se houvesse uma mutação em seu sangue.

E... para minha sorte eu possuo ela

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