Casa Número 13

1 0 0
                                    

  Era verão e Arthur, um garoto de apenas 10 anos havia recebido uma missão: vender chocolate na vizinhança para arrecadar fundos para ajudar na reforma de sua escola.  Estava tudo sob controle, porém sua mãe não o deixou ir sozinho, já que a maioria dos grupos da sua escola já haviam sido formados sobrando apenas ele. A não ser que alguém o acompanhasse, Kevin, seu irmão mais velho. Kevin recusou-se na hora, ele detestava sua madrasta e seu meio irmão mais ainda.
  Sempre que podia o humilhava, era cruel e o agredia. A mãe de Arthur então fala com o marido para que ele tente convencer o adolescente a ir com o irmão, o homem tenta convencer o jovem que se recusa, então ele é obrigado a levar o irmão. Se isso não ocorresse ele seria castigado severamente. Kevin era cruel com Arthur e naquele dia pretendia descontar todas as suas frustrações nele, ele iria leva–o a uma casa bem estranha que ficava na rua Elm. Na casa de número 13 morava uma senhora idosa acumuladora de lixo, ela era viúva e bem excêntrica. Kevin obriga seu irmão a oferecer os doces a Sr. Dirce enquanto ele tirava a água do joelho ali perto. O garoto bate à porta e é recepcionado por ela, que a propósito era super gentil e carinhosa. Ela pede para que ele entre e lhe ajude a trocar a luz da sua sala que havia queimado. Ele entra e não sai. Passando horas, Kevin decide invadir a casa pela lareira para saber o que havia acontecido com o irmão.
    Tomando muito cuidado para não ser queimado ele acaba escorregando e caindo em uma vala cheia de ossos e pessoas em decomposição. Aterrorizado ele corre em direção a saída, mas acaba esbarrando em uma mulher de corpo transparente, ela estava apressada:

—Menininho, o que você está fazendo aqui?
—Estou procurando o meu irmão, você viu ele por aí?—Pergunta ele.
—Ele deve estar na sala de jantar. Se apresse, estamos quase servindo o jantar!
—Jantar para quem?
—Para ele. —Ela aponta para baixo.

    Ela corre para as escadas e o menino corre atrás dela, a moça some e os relógios começam a tocar, deles saem vários diabinhos, todos eles com chifres, asas e com muita fome. Eles atacam Kevin, mas esse se recompõe e ouve os gritos de Arthur. Logo ali, aprisionado em um casulo feito de gosma estava ele. Kevin então rasga o casulo e o tira de dentro, mas isso parece irritar a criatura, que logo aparece na forma de Sr. Dirce:

—Temos mais um prato na mesa.
—O que é você? Deixa a gente ir embora!!! —Grita Kevin.
—Eu sou tudo isso, eu sou a casa.
—Mas não vale a pena comer a gente, a gente só tem pele e ossos.
—Pele e ossos são as partes que eu mais gosto.

    A simpática face de senhora logo some dando forma a um demônio horrendo, cheio de tentáculos, olhos e dentes. Kevin era espeto e propõe um acordo a casa:

—Se você nos deixar ir, eu lhe trago quantas pessoas você desejar!

    A casa aceita a proposta e deixa eles irem embora, deixando bem claro que se o acordo fosse desfeito, ela iria atrás deles para devorá-los.

Era uma vez,... Um número 13Onde histórias criam vida. Descubra agora