Único

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Uma fic levinha pra celebrar o aniversário da minha querida amiga Lunna e do Kangin 🩷

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Son estava tendo uma manhã péssima. Ele acordou atrasado para o trabalho – em algum momento havia desligado o alarme e voltado a dormir – e quando levantou apressado, se embolou nos lençois e caiu, batendo com a cara no chão. Ele tinha certeza de que ficaria com um hematoma, mas não tinha tempo para se preocupar com aquilo agora.

Depois dessa humilhação matinal, ele tomou uma ducha rápida e se vestiu apressadamente. Fazendo um cálculo mental rápido, Son chegou à conclusão de que se saísse de casa naquele exato instante, pegasse o carro e avançasse todos os sinais pelo caminho, talvez conseguisse chegar antes da segunda rodada de gritos do seu chefe por causa do atraso.

Nessas horas, ele agradecia aos céus por seu filho Kangin ter passado o final de semana com seu ex, porque assim o outro pai se encarregaria de levar o menino na escola e ele não precisaria se preocupar com isso.

Chegando à conclusão de que talvez valesse à pena ao menos tentar colocar em prática seu plano questionável, ele desceu correndo as escadas que levavam para o andar inferior de sua casa, derrapando próximo a porta por causa das meias que usava. Son calçou os tênis de qualquer jeito sem se dar o trabalho de amarrar os cadarços e abriu a porta com um puxão apenas para se deparar com uma mulher desconhecida que estava parada ali prestes a tocar a campainha. Ele conseguiu frear o corpo antes que esbarrasse nela e a derrubasse no chão, o que seria muito ruim já que ela carregava uma criança no colo.

— Me desculpe, mas eu não tenho dinheiro – ele disse tentando desviar da mulher, que ele pensava se tratar de uma pedinte. – Mulher, saia da frente que eu estou com pressa – reclamou quando ela não se moveu.

— Você é um grande canalha, Heungmin Son – ela disse com um tom raivoso. – Eu deveria ter imaginado. Depois de sumir daquela forma... demorou longos dezoito meses, mas eu te achei.

— Do que você tá falando, sua doida? – ele olhou para ela sem entender nada e se sentindo cada vez mais frustrado porque seu dia estava indo de mal a pior.

— Estou falando da sua filha, seu merda! – ela gritou. Alguns vizinhos que circulavam pelo local pararam para encarar a cena com espanto, alguns com olhares de reprovação. Son sorriu amarelo e acenou na direção deles como se dissesse que não tinha nada de errado acontecendo.

— Olha, eu não sei quem é você nem do que você está falando, mas talvez seja bom procurar ajuda médica pra tratar esse seu delírio. Quer que eu chame um uber? – ele falou com falsa simpatia.

— Você chama isso de delírio? – ela puxou para trás o capuz do casaco que protegia a criança que carregava do ar gélido da manhã e Son pôde dar uma boa olhada em seu rosto. Ele deu alguns passos para trás em surpresa porque aquela criança era uma cópia exata de seu filho Kangin, numa versão mais jovem e menina.

— O que significa isso? – ele perguntou trêmulo.

— O que eu eu estou tentando te dizer desde que cheguei, seu idiota. Essa é a sua filha.

Os olhos de Son se arregalaram de uma tal forma que se não fosse uma situação séria, seria muito cômico.

— Você não pode estar falando sério...

— Ah, claro. Você acha que eu vim até aqui pra brincar? Não! Eu vim aqui pra que você assuma o que você fez.

— Me desculpe, mas acho que você se enganou porque eu não me lembro de ter me relacionado com você.

— É muito conveniente você não lembrar, mas na hora não pensou duas vezes em vir com uma conversa fiada para me levar pra cama. Como me arrependo, meu Deus.

Baby Steps - 2sonOnde histórias criam vida. Descubra agora