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“Linda como a neve manchada de sangue”

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“Linda como a neve manchada de sangue”

Pov: Darla/Sn

A vida é um completo tédio, talvez não para as outras pessoas que dia após dia precisam levantar de suas camas para conquistar um salário que no mínimo irá durar dois dias em sua conta no banco. A vida entediante que me refiro, é a minha. Eu me chamo Darla, S/n Darla se preferir, eu acabei de completar meus vinte anos, e vivo muito bem graças ao meu poder, e sim, eu sou uma paranormal. Yokohama é conhecida pelas pessoas como eu, paranormais, não somos a maioria infelizmente, mas, o suficiente para causar pânico em algumas pessoas e alívio para outras.

Tem de todos os tipos, tamanhos, raças e cor, e sim eu me refiro aos paranormais, mas, não há nenhum que tenha o meu poder. Super força ou uma super velocidade pode ser atrativo para alguns. Outros prefeririam poder curar a si mesmo ou aos outros, talvez trazer alguém de volta dos mortos, mas eu não. Meu poder está na minha voz, eu consigo tudo o que quero e quando quero com apenas três palavras.

Por conta disso eu digo que minha vida é um completo tédio. Eu tenho um ótimo apartamento, um carro bacana, muito dinheiro na conta, posso viajar quando e para onde eu quiser. Mas tem sido assim desde meus quinze anos. Ter tudo o que se deseja ficou chato. A vida pode ser melhor que isso, não me refiro a querer me formar em medicina e ir ajudar outras pessoas, eu não ligo para outras pessoas. O único ser humano com quem eu realmente me importe é o meu irmão, ele passa boa parte do tempo encobrindo meus rastros e me escondendo de uma agência que insiste em me perseguir.

Os detetives paranormais têm sido uma pedra no meu sapato aja tem uns dois a três anos. Nas palavras deles, eu preciso pagar pelos meus crimes, mas nas minhas eu simplesmente não ligo.

Ou pelo menos não ligava. Hoje faz seis meses que eu ando buscando informações sobre cada membro dessa agência. Kunikida o ‘nerd’ loiro comum, físico atraente, que está sempre anotando algo. Gosto desse tipo de homem, os ‘nerds’ costumam fuder muito bem. Ranpo, por outro lado, é um baixinho viciado em doce que se acha um paranormal, mas não é. Talvez algo tenha crescido dentro daquela cabeça dele, como, por exemplo o ego dele que o faz pensar ser o melhor. Atsushi, o garoto tigre, bobinho de fácil manipular, provavelmente um, soca fofo, mas eu adoraria saber se minha teoria está mesmo certa. Kenji entra na mesma linha que o Atsushi, a diferença é que eu creio que ele não seja tão fofo assim. Yosano tem um ar de mistério, sem dúvidas ela é uma sádica masoquista, isso combina muito com o seu poder, será ela a ativa ou passiva na hora do sexo? Tanizaki parece ser o famoso come quieto, sempre vejo ele com uma garota grudada a ele, isso me faz pensar que na relação estranha deles, é a garota que veste as calças. Fukuzawa é o clássico homem mais velho que eu adoraria ficar de quatro e ouvir ele sussurra as maiores baixarias no meu ouvido. Aquele olhar dele me traz um arrepio entre as pernas que apenas outra pessoa conseguiu causar em mim. Dazai, alto, magro com o corpo coberto por bandagens, uma personalidade atraída por um suicídio a dois. Admito que eu não ligaria de me matar após ser fudida por ele. Mas não é somente seu físico ou seu olhar que me atrai, seu poder é o único que pode simplesmente me dobrar.

O desafio em conseguir fazer ele me obedecer é excitante. Me aproximar de maneira justa é ainda mais, afinal, eu sou uma criminosa. Trabalho por conta própria, sou minha própria chefe, sem horários sem regras a seguir, o que mais eu poderia querer?

•••

— Qual é o alvo de hoje? — falo comigo mesma encarando o jornal sob a mesa. Procuro algo que desperte meu interesse e possa geral um lucro ou um entretenimento de qualidade. Minha busca é interrompida por batidas em minha porta — Não estou esperando ninguém! — reclamei já indo em direção a porta, pelo olho mágico eu procurei a quem poderia ter batido. Como não vi ninguém voltei logo ouvindo novamente as batidas. Antes de ir à porta eu vou até ao raque pegar minha arma que deixei na noite anterior, novamente as batidas se repetem e assim que me aproximou o som de tiros me faz recuar e me jogar para trás do sofá — Que droga! — uma chuva de balas corre por todo o ambiente me obrigando a ficar deitada. Quando os tiros cessam ouço passos entrar na casa.

— Alguém em casa? — o tom de sarcasmos é claramente notável — Eu bati algumas vezes, mas suponho que você não ouviu, Darla.

— Na verdade, — me levanto apontando a arma para a cabeça de Mori — eu ouvi sim, só estava calçando meu chinelo, mas, pelo visto você está com bastante pressa. — de trás dele surgem dois de seus agentes, Chuuya e Akutagawa que me encaram de imediato — Me diga, o que devo a visita ilustre? Preciso oferecer algo para beber?

— Eu aceito uma xícara de chá, se não for um incomodo. — ele puxa uma cadeira se sentando a minha mesa.

— Tenho somente chá-preto. — abaixo minha arma e sigo até a cozinha para por a água a ferver — Vai me dizer o que fez você destruir minha casa, ou só depois do chá?

— Para mim, chá-preto está ótimo. Hm, de forma direta eu gostaria de pedir um favor a você.

— Um favor? — questionei com desconfiança — Esse favor por acaso envolve a agência de detetives?

— Envolve sim! — ele responde com um sorriso de canto.

— Então procure outra pessoa! — volto para cozinha ao ouvir o apito da chaleira — Estou evitando a agência já tem meses, não será agora que colocarei tudo a perder. Além disso, eu já tenho trabalho e não envolve eu fazer trabalhinhos para você.

— Outra pessoa não pode persuadir um dos agentes a vir para a máfia. Seu poder tem grande interesse para mim Darla, já trabalhamos juntos a alguns anos atrás, você você lembra?

— Isso não muda minha resposta anterior. — sirvo-lhe o chá — Eu julgava que você já superava a saída do Dazai. Ou o parceiro dele anda sentindo falta do antigo parceiro? — encaro Chuuya que me fugila com o olhar — Ou seria o aprendiz que ainda não recebeu total reconhecimento. — Akutagawa franje o cenho — Seja lá qual de vocês 3 esteja sentindo saudades dele, eu não irei trazê-lo!

— E quem disse que me refiro ao Dazai? — ele beberica seu chá.

— Seja lá quem for, eu não tenho interesse. — cruzo meus braços — Agora, quem vai pagar o conserto do meu apartamento?

— Mandarei consertar os danos, assim que você concordar com meu pedido! — ele colocou a xícara sobre a mesa e entrelaçou os dedos na altura do rosto.

— Tcs... — estalei a boca — Eu ouvi... — sou interrompida por Akutagawa que envolve minha boca me calando.

— Achou mesmo que conseguiria me manipular? — ele arca a sobrancelha — Podem levá-la!

Akutagawa aperta meu corpo e meu pescoço com força suficiente para me apagar.

•••

Faz muito tempo que eu não tomo uma churra como essa, pela imensa dor no braço esquerdo considero que esteja quebrado em alguma parte. Aquele filho da puta do Mori simplesmente me jogou como uma cachorra abandonada do lado da cidade onde eu evito por meus pés. Sendo realista eu já não possuo força suficiente para me locomover até meu apartamento e ficar perambulando, por aqui vai atrair a atenção da polícia local. Próximo de um prédio muito evitado por mim, eu adentro e chamo pelo elevador. Obrigo-me a ficar acordada até eu conseguir chegar até meu objetivo. Ao abrir da porta eu caminho pelo corredor indo até à porta descrita como “Detetives”, dou uma fraca batida, ao abrir a porta me deparo com o tal garoto tigre que me olha assustado.

— Cadê seus modos, me convide para entrar! — deixo que o desgaste me abata e sinto cair sobre alguém.

Ouvi dizer... Osamu DazaiOnde histórias criam vida. Descubra agora