SAMMY
Estávamos esperando o elevador e ele não demora muito a chegar, mas Bruno sai de dentro! Passando por mim e Yan.
Me lembrando que ele era do mesmo andar que o nosso, claro que por esse motivo, uma hora ou outra a gente iria se esbarrar.
Pude ver seu receio, quando nossos olhos se encontram. Seu olhar silenciosamente me pedia desculpas, mas o ignoro. Ainda era difícil olhar pra ele, sem lembrar do ocorrido.
Viro minha cara e coloco o capuz na minha cabeça, desviando o olhar, entrando em seguida no elevador. Yan me segue percebendo o gesto!
— O que exatamente foi isso? Vocês não são amigos? – ele questiona desconfiado.
Lembranças daquele dia me faz sentir mal. Não queria pensar no que aconteceu, mas era inevitável.
— Bom... é que... é melhor deixar pra lá, não quero falar!- Falo enquanto o elevador abre e saímos de dentro. Ele segura minha mão, fazendo eu parar de andar e encara-lo.
— O que aconteceu? Você por favor, pode me falar? – Vi um traço de preocupação em seu olhar, quando nossos olhos se encontraram.
E inevitavelmente acabo contando o que aconteceu naquele dia horrível, ocultando uma boa parte do acontecido... aquela parte que só Daniel sabia!
— Ele deu em cima de mim..! – Confusão e ira, era exatamente o que seu rosto se transformou. Vejo ele fechar suas mãos em punho!
— Você não me disse que ele tinha algo com o Daniel? – Ele pergunta com um semblante sério tentando disfarçar seu ódio.
Mas sua voz me assustou! Senti que se Bruno tivesse na frente dele agora, não saberia o que poderia acontecer, mas tenho certeza que não seria bom! Então só quis tranquilizá-lo.
— Tinha sim, e Dan já o colocou em seu devido lugar... não se preocupe. – Ele toca na minha bochecha, depositando um beijo na minha testa. Adorei esse gesto, senti que ele me protegeria de qualquer um que queira me fazer mal.
— Qualquer coisa, você tem que falar comigo, tá legal? – Ele realmente parecia tentar esconder sua raiva. Não queria esse sentimento nele. Então falo.
— Eu sei, eu realmente estou bem... e não é a primeira vez que pessoas dão em cima de mim! – O verdadeiro problema não era alguém dá em cima de mim, e sim o toque físico proposital.
Eu sempre era jogado para meu passado... revivendo traumas que consumiam minha alma. Me deixando completamente aterrorizado!
Eram tão vividos essas lembranças, que quebrava meu coração em pedaços, como se eu não pudesse seguir em frente... eu nunca conseguia seguir em frente!
— Eu devo imaginar... mas por via das dúvidas, você me passa o que sabe dele pelo celular, pra ver se ele não é perigoso pra vocês, tá legal? – Ele concluem e confirmo com a cabeça. Ele entrelaça meus dedos no seus e seguimos para seu carro.
Passamos pelo um casal de idosos e a forma como eles nos encararam, faz eu soltar a mão do homem lindo ao meu lado.
Ontem eu não me incomodei por ele ter pegado na minha mão, porque todo mundo estavam mascarados e ninguém iria me reconhecer... e também, eu estava com uma adrenalina no meu corpo, não me fazendo pensar muito sobre o assunto.
mas aqui em público, isso realmente me incomodava, os olhares acusadores das pessoas me deixava muito mal!
Mas o ato deixou o Yan pensativo e ao chegar no carro ele me questiona.
— Está com vergonha de andar de mãos dadas comigo? – Ele pergunta magoado. Ele realmente não se importava de ser julgado pelo olhares dos outros! E apenas senti inveja por isso.
— Não é isso, é que tem muitas pessoas homofóbicas aqui. Eu não gosto de chamar atenção. – O próprio Dan já arrumou muitas brigas no condomínio, e todos eles se deram mal, mas eu realmente não gostava de confusão, então fazia de tudo pra me manter neutro.
— Então entra no carro para que eu possa me despedir de você como eu realmente quero. – Ele fala por fim, abrindo a porta do carro para que eu possa entrar, entrando logo em seguida.
Olho em sua direção, estou com um sorriso tímido nos lábios quando ele me puxa em sua direção e eu fico sem intender.
— O quê..? – O que ele queria?
— Sobe aqui na minhas pernas. – Sua voz carregava promessas.
— Não... eu não vou fazer isso! – Tento me esquivar, mas ele continua me puxando! Eu ia realmente fazer isso?Devagar acabo cedendo e indo de encontro a ele. Eu sempre acabava fazendo as suas vontades! Era só ele me pressionar.
Com cuidado subo no seu colo, colocando as pernas em cada lado, ficando de frente para ele!
Me sentia vulnerável como hoje de manhã, ele poderia fazer o que quisesse comigo! E só o pensamento, fez meu corpo todo se contrair.
Não demora muito para ele abrir um sorriso malicioso e apertar minha cintura com jeito, me trazendo para mais próximo de si.
Ele me encarava como um animal observando sua presa! Fazendo meu corpo entrar em colapso. Descanso minhas mãos em seus ombros, usando um força, pra tentar me controlar.
Quando estou próximo o suficiente da sua boca ele vai para o meu pescoço e lá deposita beijos e mordidas. Parecia uma mania dele já, sempre cravando seus dentes em minha pele!
Mordo meus lábios para não gemer em resposta, era tão difícil me controlar quando ele estava fazendo isso comigo.
Eu me envolvia de uma forma que se ele soubesse o que estava passando agora na minha cabeça, ele com certeza já teria me possuído sem nenhum pudor!
Ele continua sua tortura deliciosa e indo para meu queixo fazendo o mesmo processo, em seguida, passando a língua até encontro da minha boca!
Ele chupa meus lábios com força! Enquanto mordo os seus, fazendo ele gemer.
Adorava quando ele gemia, seu gemido acordava parte de mim que eu queria que se manter-se dormindo.
Mas era impossível com suas mãos subindo pelas minhas costas, depois descendo novamente, indo para debaixo da minha camiseta.
Sinto suas mãos novamente na minhas costas e suas unhas apertam minha pele sensível, me fazendo arquear e gemer em resposta.
Novamente eu me encontrava em êxito, completamente a mercê dele, arrepios faziam meu corpo tremer em suas mãos.
Quando paramos de nos beijar, ele procura meus olhos, talvez queria afirmação para seguir em frente.
Eu estava tão excitado que apenas gemi em resposta!
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Traumas do passado +18
RomanceYan e Sammy são pessoas distintas, que carregam traumas horríveis dos seus passados! Sam um tatuador, que sofreu homofobia por parte de sua família, foi expulso de casa com 15 anos! Passou anos em um relacionamento tóxico, até o preço de sair dessa...