XXVIII

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2000

Ele estava voltando para casa e eu mal conseguia segurar a minha ansiedade.
A turnê nos USA havia terminado oficialmente e eles ficariam apenas 2 dias em casa antes de seguirem para a segunda parte da turnê na América do Sul.

Essa seria a minha última chance de vê-lo pq depois disso ele estaria de volta apenas com o término oficial da turnê no final do ano.

A banda estava estourada pelo mundo todo e a agenda deles vivia abarrotada de shows e programas de tv e rádio por onde passavam.
Por conta disso foi quase uma batalha fechar as datas do fim da turnê. Tanto a demanda de procura quanto a própria gravadora queria q eles continuassem os shows sem pausa durante o final do ano.

Mas os pais do Zac bateram o pé e exigiram que os irmãos tivessem pelo menos 1 pausa agora e que o final do ano fosse passado em casa com a familia.
Edepois de muitas discussões a gravadora deu o braço a torcer.

Seria bem apertado mas a banda tinha conseguido o direito de poder passar o feriado de Thanksgiving e as festas de final de ano em casa.

E eu não poderia estar mais feliz.
Parecia pouco mas passar 2 dias com ele era tudo que eu mais queria naquele momento.
A última vez que tínhamos nos visto tinha sido quando eu menti pra minha mãe para conseguir ir em no show deles escondido.

Depois disso nós só nos falávamos por telefone e a distância já estava me matando.

Passei a manhã toda plantada do lado do meu telefone, esperando ele me ligar pra dizer que já estava em casa.
Eu queria muito ter ido no aeroporto mas o meu pai não deixou.
Minha mãe tentou convencê-lo pq afinal de contas ele sabia q estávamos namorando mas ele era impossível.
Meu pai não gostava do Zac e não tinha nada que eu pudesse fazer para mudar isso.

Quando eles finalmente desembarcaram em Tulsa o Zac me ligou ainda do terminal me dizendo q estavam a caminho de pegar as malas e eu iniciei a minha contagem regressiva a partir daquele instante.

Agora faltava muito pouco! Eles levariam aproximadamente 1 hora para chegar em casa e eu andava de um lado para o outro no quarto passando mal de tanta ansiedade.
- e ai filha, ele já chegou?
Minha mãe perguntou parada na porta do meu quarto
- já. Devem estar saindo do aeroporto agorinha
Respondi sorrindo toda boba

- eu sinto muito por hoje cedo. Mas vc conhece o seu pai...
- eu sei mãe. Não adianta bater de frente com ele
- tenha paciência Juliete. Uma hora ele vai ter que aceitar o Zac
Ela esboçou um sorriso de cumplicidade e fechou a porta.
Minha mãe gostava muito do Zac. Apesar de as vezes ela entrar na pilha do meu pai e pirar um pouco, ainda sim ela sabia o quanto ele me fazia feliz e era isso que importava pra ela.

Assim q ela fechou a porta eu olhei no espelho pela vigésima vez para ter certeza de que estava bonita o suficiente.
Com ele cada vez mais tempo na estrada e com várias meninas se jogando em cima eu sentia agora mais que nunca a pressão de ser atraente o suficiente para ele.

Nas entrevistas sempre perguntavam se eles tinham namoradas e era um consenso do empresário com a gravadora de eles não responderem por conta de publicidade.
E com isso eu sabia que choviam garotas em cima dos 3 por onde eles passavam.

Eu não deveria me importar com isso mas seria mentira eu dizer que aquilo não me incomodava.
E eu fazia o meu melhor para não sentir ciúmes dele mas infelizmente a insegurança sempre batia no final do dia.

i wish that i was thereOnde histórias criam vida. Descubra agora