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𝖉𝖊𝖆𝖗 𝖊𝖓𝖟𝖔 !
~ ও by: streetdenver

Pedro estava nostálgico, feliz, e de vez enquando ria ao lado de Guilhermo, os dois que ficaram o resto da manhã sentados na varanda da casa conversando sobre assuntos quais que mais ninguém alí sabia ou compreendia, pareciam dois jovens conversando sobre um show de rock clássico que havia se apresentado em um pub e feito um bom sucesso ao ponto de ser o único assunto.

Gael havia se dado muito bem com Bruno, os dois sumiam e derrepente apareciam gargalhando pelos corredores, na verdade, o único que não se encaixou tão bem, foi Javier, que passou o tempo inteiro emburrado, escorado nas paredes, apoiados nos balcões e completamente calado.

Durante o preparo do almoço, ele sentia vontade de pular no pescoço de Enzo e o estrangular a qualquer toque que dava em sua irmã.

Quando todos se sentaram na mesa, estavam sorridente, senão fosse pela carranca de Javier.

―― Essa comida está magnífica! ―― Guilhermo elogiou olhando para Lupita, sabendo que ela fez a maior parte do preparo. ―― Meus parabéns, Guadalupe, teremos um almoço de respeito!

―― Eu não fiz sozinha, Javier e Enzo me ajudaram. Mas muito obrigada mesmo assim.

―― Esse almoço é para comemorar o novo casal da nossa família, não é, Enzo? ――Bruno perguntou sorrindo, e no mesmo instante, o mencionado sorriu de orelha a orelha.

―― Você nos falou que não estavam namorando...
―― Gael resmungou confuso de boca cheia enquanto olhava para a irmã.

―― E não estamos... ―― Ela falou olhando para o prato de comida, sentiu seu rosto esquentar e viu de reflexo o sorriso do amado ao lado desaparecer.

Derrepente, todos ficaram sérios, apenas Javier sorria um tanto aliviado. O resto do almoço foi em completo silêncio, apenas Gael e Bruno trocavam piadas baixinhas, ela comeu rápido, se levantou e foi até a cozinha para começar a limpar as coisas, e não demorou para Javier vim também.

―― Que bom que você colocou ele em seu devido lugar. ―― o mais velho falou sarcástico a ajudando com a louça.

―― Cale a boca.

Ela fez tudo rápido, e em silêncio, sempre que o irmão tentava puxar um assunto, ela logo o cortava, estava frustrada e sentia sua cabeça doer, de puro arrependimento. Quando terminou, secou as mãos rapidamente na toalha de louça, e correu a procura de Enzo, se perguntando como ele estaria se sentindo, mas torcia para que não estivesse nervoso.

Ela passou pela porta de vidro que levava aos fundos onde dava de frente para o mar, e viu o rapaz escorado na madeira do pier, não parecia animado, ou calmo, ela via seus ombros subirem e descerem com certeza velocidade, respirava de maneira pesada.

Receosa ela apenas se aproximou.

Ficou ao seu lado, olhou para a água pensando noque falar, ela só não queria estragar mais aquele final de semana.

―― Enzo... ―― ela tocou em seu braço mad no mesmo instante ele a empurrou enquanto a encarava. Ela estava incrédula com a reação do homem que arregalou os olhos e levou a mão até o peito. ―― Ei?!

―― Não vem com esse tom, Guadalupe, não depois doque você disse lá na mesa! ―― gritou.

―― E oque você queria que eu falasse?! Hein? Javier iria te matar!

―― Eu não ligo! Por você eu não me importaria se o Javier me matasse uma ou dez vezes! ―― falou impaciente com os olhos marejados. ―― é ele quem não gosta de mim, ele não passa de um ciumento! Mas tem que entender que você já está grandinha e não vai viver para sempre em baixo da sua asa. Logo logo ele vai embora.

―― Não se atreva a mencionar a viagem para Nova Iorque em uma discussão nossa! ―― ela apontou o dedo para ele tomando novamente a sua postura. ―― Ele não tem nada haver com isso, você quer que eu converse com ele, eu converso. Mas um assunto da minha família, não saí da sua boca! ―― ela exclamou séria com os olhos marejados também, sentiu um leve desespero em seu peito pela maneira que Enzo citou a viagem, ele sabia que aquele assunto a deixava chateada.

Ela se virou mas antes de se afastar ouviu a voz chorosa do rapaz.

―― Meu pai não convidou você e a sua família atoa, Guadalupe! ―― ele começou. ―― nunca foi atoa, e eu só queria que fosse um bom final de semana com você. E hoje a noite, teremos uma festa.

―― Festa...? Você não me avisou!

―― Estou avisando agora! E lá, você vai chegar comigo, vai passar a noite ao meu lado, e amanhã cedo, você e sua família vão embora!

―― Enzo, não...

―― Outra vez você me mostrou que não dá a mínima para a gente!

―― E oque você quer que eu faça? Acha que eu sabia que era pra falar que estávamos namorando? E estamos mesmo? ―― ela o encheu de perguntas, outra vez estava confusa. ―― Desculpa, mas eu não carrego uma bola de cristal para saber oque você pensa.

―― Não importa mais, pense oque quiser, ache oque quiser, e fale pro Javier oque você quiser! ―― ele gritou irritado finalmente a assustando. ―― o meu recado foi dado, esteja pronta as cinco.

Ele falou, e por fim passou por ela enquanto voltava para a casa, ela até tentou o impedir, mas não tinha nada que pudesse o acalmar. Ela também estava com raiva dele, ele poderia pelo menos tentar entender o seu lado, a última coisa que ela queria era que Javier pulasse em Enzo e quebrasse a sua cara.


Quando o relógio deu três e meia da tarde, ela correu para o segundo andar, precisava começar a se arrumar o quanto antes para a festa.  Já tinha em mente a roupa que usaria para aquele evento. Separou um vestido de cumprimento até a metade sua coxa, e branco, o qual marcava muito bem a sua cintura, calçou por fim seus saltos brancos e delicados.

Ela não estava elegante, mas estava muito arrumada. E se sentindo bonita, algo que já era comum, Guadalupe era bastante satisfeita com a sua aparência.

Ao sair de casa, mal olhou para Enzo e principalmente para Javier, estava desapontada com os dois, entrou no carro e seguiu para a festa com o rapaz moreno, oque também não ousou falar nada durante todo o caminho.

Quando o carro estacionou em frente a uma casa enorme, talvez até maior doque a dos Vogrincic, Lupita suspirou fundo, não se sentindo nada confortável com aquela situação. Até que Enzo resolveu falar.

―― Você vai entrar comigo, e vai sair comigo.

―― Tá querendo dar boa impressão para alguém? ―― ela perguntou sarcástica olhando na direção da festa.

―― Pode não parecer mas comentei sobre você para os meus amigos! ―― ele se irritou a olhando, ele havia notado o seu desconforto, então, rapidamente baixou a guarda e a olhou triste. ―― Não ficaremos muito, eu prometo...

―― Não tem que me prometer porra nenhuma.

Ela cuspiu ainda sem o olhar, desceu do carro e sentiu a brisa quente, se sentindo até estúpida ao olhar para o mar alí perto e perceber que sequer havia aproveitado a festa. Ela queria se resolver com o rapaz, mas pela primeira vez desde que se conheceram, o orgulho falou mais alto, e aquilo era péssimo.

. . .

a cada cinco capítulos, quatro o Enzo e a Lupita quase se matam😫

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⏰ Última atualização: Feb 23 ⏰

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𝖉𝖊𝖆𝖗 𝖊𝖓𝖟𝖔 ━━ Enzo Vogrincic Onde histórias criam vida. Descubra agora