CAP 34 - O som dos zíperes ecoavam

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Eu sai daquela sala pior do que quando eu havia entrado , estava segurando as lágrimas enquanto caminhava em direção a saída do Polo , estava indo em direção ao estacionamento quando escutei o som da voz de Eduardo, naquele momento a vontade de chorar se juntou à raiva que eu sentia de ambos e eu apenas continuei andando pra não ter que falar com ele .

—Julian.. - ele me chamou uma segunda vez . —Nós ainda iremos fazer o trabalho hoje ? - ele perguntou e foi quando eu parei , senti algumas lágrimas descerem pelo meu rosto.

—Sabe o aluno cuzão de medicina.. faz com ele . - eu disse rude sem me virar pra olha-lo e apenas segui adiante .

—Espera.. como sabe sobre isso ? - ele perguntou vindo atrás de mim falando um pouco mais alto . —Tá me stalkeando ?

—Aí meu Deus... - eu disse rindo em meio às lágrimas que desciam e foi quando me virei . —Eu sei disso porque até a sua mensagem chegar eu achava que o meu namorado era confiável, eu sei disso porque eu fui idiota de confiar nele, parabéns , pode ficar ! - eu disse virando as costas e seguindo o meu caminho em meio às lágrimas que desciam , eu cheguei no meu carro e entrei com o veiculo ainda desligado eu bati repetidas vezes meus punhos com força contra o volante em meio ao choro que deixava meu peito ainda mais apertado , levou um tempo pra que eu recobrasse o fôlego e saísse com o veiculo em direção a minha casa .

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EDUARDO NARRANDO*

Eu praticamente petrifiquei enquanto ouvia os dizeres de Julian eu não tava acreditando que aquilo era sério, mas ele parecia abalado demais pra estar brincando,  eu e o outro estávamos ficando a meses , como ele havia conseguido esconder um namorado de mim por tanto tempo ? Tudo bem que nós não tínhamos nada sério, mas eu jamais ficaria com alguém comprometido , tais palavras de fato haviam mexido comigo,  eu tiraria isso a limpo e seria ainda hoje .

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JULIAN NARRANDO *

Quando eu cheguei em casa , estacionei o carro na garagem e fui em direção às escadas foi quando ouvi o som da voz de Max vindo da cozinha , ela parecia ter certeza de que era eu já que me chamou pelo nome .

Desviei então meu caminho indo até a cozinha onde encontrei a loira preparando o almoço.

—Juh ... chegou cedo . - ela diz colocando alguns pimentões picados em uma panela.

—Acho que na mesma hora de sempre . - disse me sentando em uma banqueta no balcão.

—Você não parece muito bem . - ela diz me analisando .

—É... foi um dia complicado. - respondi, tentando conter as emoções que ainda estavam à flor da pele.

Max se aproximou e colocou a mão sobre a minha, olhando-me com preocupação.

—Quer conversar sobre isso? - ela perguntou com gentileza.

Suspirei profundamente, sentindo um misto de alívio por ter alguém com quem desabafar se fosse o caso eo receio de reviver tudo novamente.

—Acho que não... - murmurei, finalmente deixando as lágrimas caírem livremente.

Max me envolveu em um abraço reconfortante, permitindo-me desabar em seus ombros, por um momento, permiti-me simplesmente sentir, sem tentar explicar ou justificar nada, ela permaneceu ali, segurando-me, enquanto eu deixava escapar todas as frustrações e tristezas que havia guardado durante o dia.

Depois de um tempo, quando as lágrimas cessaram e minha respiração se acalmou, afastei-me delicadamente do abraço de Max e olhei para ela, sentindo-me grato por sua presença.

Inusitado (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora