Era inverno em Amsterdã, a brisa gelada da manhã penetrava o quarto. Jun, um jovem nipônico de 24 anos, que era muito bonito, e cujo os cabelos castanhos e brilhantes caiam sobre sua testa ainda bagunçados, tinha acabado de acordar e esfregava os olhos para espantar o sono. Afinal eram 6h e às 8h ele deveria estar no hospital regional para começar o trabalho. Misugi era agora residente no hospital local, que era um dos melhores de Amsterdã. Ele também fazia parte do time principal do Ajax e estudava cardiologia. Jun caminhou lentamente até a cozinha após sentir o cheiro maravilhoso de algo sendo preparado lá. Yayoi, sua noiva, tinha acordado mais cedo para preparar o café. Ela sempre fora muito disposta! Quando o viu deixou-lhe um sorriso radiante:
— Bom dia, querido! Venha, preparei chá, panquecas e ovos mexidos. — disse Yayoi pondo a mesa.
Jun aproximou-se dela e lhe deu um beijo terno e suave em sua testa, algo que fez sua noiva corar de jeito fofo. Logo em seguida desejou-lhe bom-dia quase em um sussurro e bem próximo aos ouvidos dela, como que em uma sutil provocação á jovem. Os dois tomaram o café e o logo estavam preparados para irem ao hospital.
Você deve estar pensando que Jun sendo um jogador de futebol profissional vai trabalhar com um super carro, tipo uma Ferrari ou um Bugatti, quem sabe? Na verdade ele até tem um super carro, que é sua querida Lamborghini branca, mas ele sempre vai ao trabalho caminhando com Yayoi, que era uma enfermeira e sua auxiliar. O hospital onde ele trabalha não fica muito longe de seu apartamento e ele é a última pessoa que quer chamar atenção por ter um super carro. Nesse dia não foi diferente, chegando lá começaram seus ofícios. Jun e Yayoi eram um dos casais mais invejados do hospital, afinal todos sabemos que Misugi sempre foi muito cobiçado, no Japão ou na Holanda.
Um dos pacientes de Jun era um garoto de 9 anos, o médico suspeitava que o menino tinha a mesma doença que outrora o atingira. Will não era muito alto, era ruivo e tinha algumas sardas no nariz. Seus olho eram tão verdes quanto folhas de carvalho quando chega o verão. E ele era dono de um semblante risonho e tranquilo. Ele e o jovem casal japonês eram bons amigos.
Yayoi entrou silenciosamente no quarto do menino para deixar-lhe os remédios que ele deveria tomar naquele horário, pensando que ele ainda estava dormindo. Ao colocar os comprimidos na mesinha ao lado da cama, observa que o garoto estava acordado. Will sentou na cama vagarosamente e começou a conversar com a enfermeira:
— Bom-dia, senhorita Aoba! São os remédios que eu tenho que tomar hoje? — Disse Will apontando para os comprimidos ao lado da cama. — Quanto tempo eu ainda vou ficar aqui? — Indagou o menino.
— São sim! E talvez você possa ir na próxima semana. — Disse Yayoi sorridente.
William foi internado a quase um mês devido a um desmaio após uma partida de futebol. O médico de sua família disse que aquilo não era algo para se preocupar, mas o evento ocorreu mais três vezes até que ele finalmente foi encaminhado ao hospital.
—Sra. Aoba, você acha que algum dia poderei voltar a jogar?
— Claro que vai, Will! Por que? —Perguntou Yayoi.
— Eu pesquisei um pouco e outras pessoas com doenças cardíacas não voltaram a serem atletas.
Jun também teve uma doença cardíaca... Yayoi pensou que talvez dizer isso ao garoto o animaria.
— Sabe Will, o Dr. Misugi também tinha uma doença cardíaca. ele se esforçou muito durante quase 10 anos para supera-la. — Disse Yayoi observando seu noivo e acenando para ele através do painel de vidro do quarto, o qual retribuiu o aceno com um sorriso.
— Sério! O Dr. Misugi tinha uma doença cardíaca! — O menino respondeu surpreso e Yayoi confirmou com a cabeça. — Se o Dr. Misugi conseguiu, eu posso tentar! —Exclamou Will.
— Era isso que eu queria ouvir! — Disse Yayoi saindo da sala.
Logo era o horário de almoço. Jun ainda estava em uma consulta e não poderia almoçar naquela hora. Haviam apenas mais dois pacientes e então eles poderiam ir para casa. Durante a tarde ele ainda teria um treino antes de um jogo importante. Os dois estavam conversando na sala de Jun, e em meio a conversa, um aviso gelado e abrupto interrompeu a rotina tranquila.
— Senhor Misugi, me pediram para avisar que acabou de chegar mais um paciente em estado crítico — anunciou Margaret, uma enfermeira alta e esbelta, com olhos que pareciam sempre prontos para desafiar o mundo. Seu tom indiferente era desconcertante.
— Certo. Diga que estarei lá em cinco minutos.
— Você não quer comer alguma coisa Jun? Deveria ter almoçado há três horas. — Perguntou Yayoi em fitando-o preocupada.
— Ah, não precisa. Só mais esse paciente e eu irei almoçar está bem? Não se preocupe — disse o doutor sorrindo sem mostrar os dentes.
Yayoi suspirou.
— Não quer ao menos um café? Estou indo pegar um para mim agora. — Respondeu a srta. Aoba tentando convencê-lo.
— Ok. Eu aceito um café. — Disse Jun com uma piscadela suave e Yayoi foi ao café mais próximo para pegá-los.
Ao entrar na fila ficou surpresa por ver Margaret, que tinha ido fazer o mesmo que ela. Margaret tinha chegado segundos antes por isso estava bem na frente da japonesa na fila, a qual reconhecendo a colega cumprimentou:
— Olá, Margaret, é 'bom' vê-la aqui. — Disse Yayoi tentando ser agradável, todavia tinha conhecimento de como seria recebida.
Dito e certo. A enfermeira rude apenas olhou para ela por cima dos ombros, sem nada responder. Os pedidos das duas ficaram prontos ao mesmo tempo. Margaret pegou o pedido de Yayoi e lhe entregou, algo realmente incomum vindo dela. Yayoi achou muito estranho a princípio, mas nada disse. Ao retornar ao hospital ela entrega o café a seu noivo, o qual lhe agradeceu pela gentileza. Ela apenas sorri. Quando atendido o último paciente os dois voltam para casa. Caminhando como de costume.
N/A: Cara, esse foi meu primeiro capítulo da primeira fanfic! Que emoção! Espero que tenham gostado. Por favor, peguem leve comigo😅.
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Enquanto você estiver ao meu lado
FanfictionJun Misugi, o craque de cristal, finalmente consegue se libertar completamente de sua doença cardíaca. Assim ele se muda para Amsterdã com sua noiva, Yayoi Aoba, com o propósito de terminar sua faculdade de cardiologia (também era residente em um en...