Capítulo 37

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Ergo-me bem ao sair do carro, pois como a minha mãe sempre fala, devemos ter ao menos uma boa postura para causar uma boa impressão. Mesmo sabendo que vou apenas ensaiar para o Festival e não ir para um teste afim de ser a vocalista da banda, o tremor na minha barriga continua. Tento me tranquilizar ao máximo, mas é bem difícil quando a pessoa que você mais confiava quando cantava qualquer música não está presente.

Uma grande garagem se encontra aberta ao lado de onde Liam estacionou o seu carro. Respiro fundo mais uma vez e sigo na direção do cômodo evidente. E quando entro, um pouco tímida, como já imaginava, me alivio ao instante que percebo uma menina no grupo.

A garota tem cabelos enrolados e pretos, o seu corpo magro veste um short jeans e uma camiseta azul marinho enquanto calça uma bota preta.

— Aí estão vocês — falou um garoto de pele preta que possui um timbre bem charmoso. Com Certeza deve ser vocalista também. Os seus cabelos estão escondidos em um boné branco assim como o do outro rapaz que me olha de baixo para cima. Ótimo! Estou muito confortável, agora!

— Bom pessoal, essa é a Emma — Liam me apresenta, passando o seu braço pelas minhas costas, o que me faz dar um passo à frente. — Emma, conheça os irmãos mais bagunceiros desse mundo, Oliver e Elijah— Cumprimento os mesmos com um aperto de mão e um pequeno "oi" entre os lábios que formam um sorriso constantemente. — E bem.. está é a Amber, minha prima.

— E baterista da banda — ela pisca o olho e me puxa para um abraço. — Tenho ouvido falar muito de você esses dias, Emma.

— Espero que sejam apenas coisas boa — sorrio de nervoso.

— Sim, claro! O meu primo tem uma grande admiração por você — a garota continua andando em direção ao seu parente até parar ao seu lado e dar duas batidinhas no ombro dele.

— Assim você vai assustá-la, Amber— Liam comenta.

— Mas é verdade, Emma — confirma o garoto que se eu não me engano, se chama Oliver. — Liam nos contou que você ajudo-o a compor uma música.

— Ah, sim. Não é nada demais — balanço a cabeça.

— Não é nada demais ? — o filho da diretora vem de encontro comigo — Não fala assim da nossa música, hein? Ela é maravilhosa!

— Ah, que fofinho você é! — sua prima tira sarro. — Mas vamos trabalhar, crianças, que temos um festival para arrasar. — ela pega em suas paletas e toca a bateria velozmente. — A nossa pasta das letras das musicas estão em cima daquela cadeira, se você precisar.

— Eu vou cantar apenas a música que compus com o Liam — digo.

— Eu estava pensando, se quiser, é claro, de você cantar aquela música que cantou para mim no teclado. — o rapaz propõe.

— Desculpa, Liam, mas vou ter que recusar essa oferta. Aquela música é muito particular. — fico meio sem graça.

— É... Eu deveria ter imaginado isso, desculpa — o seu pedido foi tão delicado que o meu coração quase falhou.

***

O pessoal da banda é muito legal e acho que o meu canto não foi tão ruim, já que recebeu vários elogios deles, especialmente de Liam, mas o garoto não conta, pois está querendo me convencer a participar de sua banda faz algum tempo.

Saimos do automóvel assim que ele parou perante a minha casa. O garoto, muito educado, me acompanhou até a porta, onde toca a campainha e aguarda junto comigo.

— Muito obrigado mesmo por ter aceito a proposta — ele declara em um sorriso encantador.

— Ah, não é nada! Eu também queria sair um pouco da minha zona de conforto — dou de ombros.

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