Benjamin, um jovem nobre, jamais imaginou que pequenos acontecimentos seriam capazes de virar sua vida de cabeça para baixo. Ao receber um presente especial de seu irmão, ele se vê envolvido em uma jornada completamente nova, repleta de desafios e d...
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1659, Março. Oceano Eterno. Baú de Davy Jones.
Daen respirava fundo enquanto ouvia as lamentações de Benjamin, que chorava suas mágoas e molhava os paninhos com suas lágrimas.
- Você sempre soube que ele era assim. Um lixo de pessoa, você se envolveu com ele porque quis.
- Eu? Isso é tudo culpa sua e de Davy. - Benjamin limpou as lágrimas. - Eu quero voltar para minha casa, estou cansado de tudo. - O loiro ficou encarando o espelho, vendo seus pais tomando café.
- Você está sensível, não? Sua irmã se encontra assim também. Diferente de você, ela tem uma criança de verdade, não um monstro faminto. - Daen dizia impaciente, fazendo Benjamin choramingar mais e mais. - Você é uma pessoa muito problemática. Você deveria ficar feliz de saber que o seu irmão conseguiu achar o templo.
Benjamin sentiu certo alívio com a informação de que William achou, depois de muito tempo, o local misterioso no mapa, mas não gostou de Daen chamando William de gostoso.
- Gostoso? - Benjamin atacou um sapato em Daen. - Ele também é "seu irmão". Mais respeito!
- A diferença entre vocês é que eu não me importo com isso. William preenche todos os meus requisitos em um homem. Balthazar também.
- Você disse que não iria mais paquerar Balthazar, seu fura-olho.
- Não estou paquerando. Estou apenas reconhecendo a beleza quando a vejo. - Daen deu de ombros, olhando-se no espelho e exausto pela forma humana que tinha. - Você está sendo dramático, como sempre. Poderia ter qualquer coisa que quisesse, mas está aqui, se lamentando e chorando por um capitão pirata. Francamente, Benjamin, você precisa de uma mudança de perspectiva. Você tinha tudo para ter Balthazar na sua mão.
- E você acha que é fácil? Você não sabe o que é sentir essa dor. - Benjamin bufou.
- Eu sinto dor o tempo todo. - Daen suspirou. - Não é porque não a expresso da mesma forma que você que ela não existe. De qualquer forma, William encontrou o templo. Agora, talvez, você possa sair desse navio e seguir com sua vida.
Benjamin olhou-se novamente no espelho, pensando nas palavras de Daen. Uma mistura de emoções passou por seus olhos enquanto tentava processar tudo.
- Eu só quero que tudo isso acabe. - Ele murmurou para si mesmo.
- Isso não muda o fato que... Eu não sou fura olha coisa nenhuma. Não compreendo. Você não disse que quer ir para Inglaterra e deixar tudo para trás? Então Balthazar está livre para muita gente.
- Não é isso... Eu odeio esse jeito dele, ele é mandão demais, tudo tem que ser do jeito dele. Contrariá-lo é uma guerra, e ele disse coisas ruins ontem. Me objetificou e disse que manda em mim.
- O que te incomoda em aceitar que ele manda em você? - Daen se deitou melhor na cama, ficando em uma posição mais confortável. - Você gosta dessa dominância dele. Davy também gosta de eu mandando nele e por aí vai...
