VIII- A tragédia

9 6 33
                                    


                           ꧁☆​☆​☆​ ꧂

     Ele desceu a escada se dirigindo até a porta, Jamico assistia algo na TV enquanto Alice olhava o celular em busca de emprego.

   __ Você vai sair filho?.__ Perguntou a mãe.

   __ Vou só até aqui na pracinha.__ Ele respondeu.

  __ Oh meu filho.__ Disse Alice preocupada. __ Cuidado com aquele homem.

   __ Tá bom mãe.

    Arthur então abriu a porta e saiu por ela, então se dirigiu até a praça e esperou por alguns minutos até ver que sua mãe já não lhe observava mais. Porém, Sebastião a mando do Senhor Ferraz continuou vigiando o jovem mesmo de longe, pois Fabrício estava cético de que o garoto sabia onde sua filha estava.
    Poucos minutos depois, Sebastião viu Arthur tirar do bolso um papel e depois de olhar por uns segundos este saiu de mansinho, então seu rival o seguiu.
   O jovem Arthur chegou até o local do endereço, um tanto longe da cidade, ali era um lugar completamente esquecido por todos fazia muito tempo. Tinha um matagal enorme ao redor de uma fábrica abandonada e era lá que Sophia estava escondida, pois ela não queria ser encontrada jamais.
   Arthur entrou naquele espaço vazio, o silêncio lhe trouxe um pouco de medo, mas então ele chamou pelo o nome da amada, porém a única coisa que escutou foi quando alguns pássaros voaram ao ouvir o eco de sua voz.
   Cinco, dez segundos depois Arthur ouviu um barulho. Será que podia ser ela? Então de trás de algumas caixas velhas de papelão ouviu-se a voz de sua princesinha.

  __ Oi meu amor.

  E ela correu para lhe dar aquele forte abraço que ela vinha esperando por um bom tempo.

  __ Por que você fugiu?.__ Arthur perguntou alguns segundos depois.

  __ Eu tenho muitas coisas para te contar. Mas antes vamos sair daqui, lá no meu esconderijo é mais seguro.

  __ Não é aqui?.__ O jovem perguntou.

  __ Não, não é aqui. Escolhi esse lugar para te encontrar caso você fosse seguido. Você não foi não né?

  __ Não. Quer dizer, espero que não.

  __ Existe uma casinha um pouco longe daqui.__ Falou Sophia.__ Vamos pra lá.

   Antes mesmo deles irem para a tal casa, os dois ouviram um barulho de carro. Que merda! Arthur tinha sido sim seguido. A ficha de Sophia caiu, só poderia ser o carro do seu pai já que mais ninguém vinha naquele local por uns bons tempos.
    Sophia com muito cuidado brechou e viu quando seu pai saiu do carro e se encontrou com Sebastião que já estava distante do carro. Só podia ter sido ele quem seguira Arthur e falara para Fabrício.

  __ É ele mesmo Arthur, vamos sair daqui.

  __ Não Sophia, não dar mais tempo.

  __ Estamos ferrados.__ Sophia estava bem nervosa.

  __ Se esconda. Vou dizer que marquei um encontro com você, mas você não apareceu.__ Disse o garoto.

  __ Meu pai pode te dar uma surra ou pior...

  __ Eu te amo meu amor, sofreria com prazer se fôr para você ficar livre desse tirano.

    Do lado de fora, Fabrício Ferraz chegou até onde seu aliado estava e perguntou se o garoto estava mesmo lá dentro.

  __ Sim.__ Disse ele.__ Provavelmente Sophia também esteja.

   Muito furioso, o Senhor Ferraz tirou da cintura uma pistola desde então oculto pela a longa camisa xadrez.

  __ Meu Deus!.__ Assustou-se Sebastião. __ O Senhor vai matar ele?.

  __ Eu só quero dar um susto neste garoto para ele nunca mais se envolver com a minha filha.__ O homem falou decidido.

    Os dois então se dirigiram ao galpão abandonado, Sophia estava escondida atrás de algumas caixas à pouca distância do seu amado torcendo para o pai não lhe encontrar e não fazer nada com Arthur.
  O homem demonstrando ódio apontou o revólver para Arthur Mitra e isso fez todo o sangue do garoto gelar.

   __ Onde está a minha filha?

   __ Senhor, abaixe essa arma e vamos conversar. __ Arthur estava muito assustado sob a mira de um revólver.

  __ Cadê a Sophia?.__ O homem gritou.

   Sophia tentou fazer alguma coisa, se mostrar e salvar o amado, mas ela estava sem ação naquele momento.

   __ Ela não veio Senhor. Marquei com ela aqui, mas ela não apareceu. __ Arthur não conseguia controlar o medo.

  __ Seu maldito. Você destruiu a minha família completamente, mas isso vai terminar bem aqui.

   Tudo foi tão rápido e inesperado, o homem apertou o gatilho da pistola, Sophia se atirou na frente de Arthur e a bala atingiu a garota em cheio.
   Ela caiu sangrando muito e morrendo de dores, Arthur que também havia caído devido o susto, mas ele não fôra atingido. Fabrício correu para perto da filha muito preocupado, a garota chorava de dores.
   Os olhos de Arthur vidrado na amada, essa cena jamais sairia de sua memória, então ele ouviu a voz de Sebastião:

  __ Foge Arthur.

    O jovem saiu correndo enquanto o pai da garota atirava em direção à ele, mas para a sua sorte nenhuma bala lhe atingiu.
   Sebastião chamou a ambulância imediatamente; Sophia foi levada as pressas para o hospital mais perto.
  
.....

    Em sua casa, Arthur depois de chamar a polícia contou tudo para a sua mãe, aquele homem devia pagar por isto. Enquanto no hospital, Débora Ferraz contava com a ajuda dos amigos de Sophia, exceto Sebastião que estava sempre ao lado do Senhor Ferraz.  Sua esposa não queria pronunciar uma única palavra com ele devido aquele acontecido e alguns instantes depois o médico chegou até onde a família Ferraz estavam reunidos.

   __ Então Doutor, como está a minha filha?.__ A mãe perguntou aflita.

   O médico baixou a cabeça tristemente, mas ele devia dar aquela triste notícia.

  __ Eu sinto muito em dizer, mas a garota faleceu.

   O choque, a tristeza e a angústia se misturou de uma única vez no coração dos presentes.
   A dor do luto é horrivelmente dolorosa, uma parte do coração é rasgada e jogada fora, e quando pensamos que podemos superar essa dor com o passar do tempo, ela volta ainda mais forte nos fazendo sofrer novamente.
    Pensamos que vamos conseguir superar a perda, mas não. Ela sempre vai continuar ali esperando só para te arrancar mais um pedaço a cada dia.
    O médico não queria ver eles sofrer, mas era sua obrigação informá-lo.

  __ Sinto muito em dar essa notícia também, mas a garota também estava grávida.

   Todos ficaram surpresos, pelos por uma notícia inesperada, eles não haviam perdido apenas um membro da família e sim, dois de uma só vez.
    Não demorou muito para que a polícia chegasse no local e prendesse Fabrício Ferraz por tentativa de homicídio e pela a morte de sua própria filha.
    Mais tarde na casa de Arthur, alguém bate à porta, mesmo com medo de ser o ex-chefe que fôra atrás do filho, Alice Mitra foi atender a porta, mas não era ele.
     Dora Costa, a dita empregada e babá de Sophia a mando de Débora foi avisar Arthur sobre todo o acontecido e até mesmo sobre a morte da garota.
    O jovem não se segurou e começou a chorar desesperadamente, ele foi consolado por a mãe e seus irmão. Aquele foi o pior dia da vida tanto de Arthur como a família Ferraz.

                                 ꧁꧂

  Olá. Obrigado por ler este capítulo, muitas aventuras lhe aguarda pela a frente. Mais se você realmente gostou, peço por favor que possa curtir e comentar.

   

Arthur e SophiaOnde histórias criam vida. Descubra agora