Blood Hunter

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O dia estava péssimo, o sol forte demais, tempo abafado, muito "barulho" graças à festa que iria rolar no dia seguinte, e juntando isso, uma enxaqueca das fortes, o que seria pior?

Fazem exatas duas semanas que, Park Jimin, está à base de suplementos, e isso é considerado o pior dos pesadelos para todos os tipos de vampiros.

Droga, o pior era saber que isso tudo era culpa do aluno novo!

Jeon Jungkook mal havia chegado e já vivia em seus pensamentos. Sem essa merda de apaixonado ou sei lá, estava falando sério! O seu jeito de agir e o olhar atento denunciava cautela e suspeita, o seu cheiro doce deixava Park tonto e sedento, o bico estupidamente fofo que ele fazia quando errava alguma questão ou lhe negavam algo o deixava acesso, fora o corpo esbelto! Essa situação já começava a deixar Jimin chateado, porque mesmo depois do pé na bunda que levou do marrento, ele ainda sente necessidade de provar do sangue daquele mimado.

Merda, aquele desgraçado tinha mesmo de ser um caçador tão cabeça fechada? Qual o problema de liberar 'pro vampirão uma vez?

Hoje não havia esbarrado com ele, o que era estranho, já que tinham aulas juntos, mas ao mesmo tempo agradecia aos céus, porque quanto menos tempo "juntos", menos pensamentos sobre o caçador, mais oportunidades para descansar seus pensamentos e beber um pouco de sangue de alguma fonte sem pensar no quão melhor devia ser o dele.

Preciso esquecer esse moleque.- Resmungava, caminhando meio tonto até sua moto, cabeça baixa, graças à forte dor de cabeça, até, acidentalmente, acabar esbarrando em alguém - o que é bem clichê, vale ressaltar -, o cheiro familiar, que o fez reconhecer Jungkook imediato, que o encarava confuso enquanto Jimin lhe abria um sorriso ladino.

- Desculpa, gracinha, não te vi.- Disse, olhando em seus olhos, vendo a desconfiança.

- Tudo bem, praga.- Respondeu meio rosnando, revirando os olhos, o que fez com que Jimin se aproximasse de si e agarrasse o colar de prata que enfeitava seu pescoço. Seus dedos queimaram rapidamente, a prata mergulhando na pele, o que não importava, de momento. Consequentemente, seu corpo se aproximou graças ao puxão, e Park mirou o olhar em sua boca bem delineada.

- Gracinha, porque é tão grosseiro comigo, hm? O que fiz para merecer esse tratamento?- Intercalando o olhar entre seus lábios e olhos, questionou. Jimin sabia o motivo, ele sabia que o mais velho era um vampiro e só estava esperando uma oportunidade, uma brecha, para lhe matar, mas isso só o deixava ainda mais excitado e eufórico, com o certo "perigo" que ele o proporcionava.

- Não me toque, Park.- Avisou entre os dentes, tentando soltar-se, mas sequer o tocava. Largou o colar, sorrindo.

- Não te toquei, bebê... Que tal esclarecer a minha dúvida na festa de Hyejin? Estarei por lá.- Piscando o olho direito, o viu revirar de olhos novamente.

- Você me revira os olhos, vira a cara toda vez que te encaro de volta, me responde torto, mas eu consigo ouvir o bater acelerado do seu coração daqui, boneca.- aproximou-se de seu ouvido.- E sentir o cheiro da sua lubrificação também.

E se afastou. Rindo de suas bochechas coradas, vendo-o maltratar as próprias mãos ao espetar as unhas nelas, fechando-as em punhos.

- O convite está feito, pense com amor, doce! - Subiu em sua moto, colocando o capacete e arrancando.

Quando entrou na casa cheia de jovens adultos meio alterados, Jimin foi cumprimentado por vários conhecidos, e logo pelo o aniversariante. Ele veio até Park em poucos segundos, o abraçando e e batendo em seus costas, o entregando também uma bebida, dizendo que havia alguém lhe esperando no sofá da cozinha.

Pensou ser alguém querendo ficar consigo, afinal não era a primeira vez que alguém falava com Hyejin só por querer ter algo com o loiro.

Agradecendo, se dirigiu para lá, vendo o jogo de "girar a garrafa" rolando. Olhou em volta, procurando pelo sofá e se surpreendeu. Quem diria? Jeon Jungkook, em carne e osso, em uma festa.

2AMOnde histórias criam vida. Descubra agora