Dazai POV
Eu e Chuuya revelamos nosso plano e agora tenho o antídoto nas minhas mãos, não corro mais risco de morte, como sempre, escapei da morte, mas quem morreu foi o demônio Fyodor Dostoevsky, a morte dele foi mais do que merecida, ele colocou em perigo vários dos meus companheiros e o meu Chibi, ele mereceu isso e muito mais.
Mas... O parceiro dele agora está chorando enquanto segura o braço do defunto do Fyodor com um olhar desolado, ele queria que o Dostoevsky morresse, certo? Então, por que ele parece desolado? Por que ele parece como se tivesse perdido uma parte de si?
— Ele estava certo, eu lutava para perder a mim mesmo. E foi... O que aconteceu... — Ele disse com uma voz de quem lutava para não chorar, se ele odiava Fyodor, por que chora agora? — Agora... Eu só... — Ele claramente segurava o choro, por quê?
Só pela perda de alguém? Por que ele chora por perder alguém que ele dizia odiar? Como só percebeu agora que não odiava o Dostoevsky? Espera... Esse olhar no rosto dele... Ele não perdeu um amigo... Esse olhar não é de quem perdeu o amigo, a forma como ele está abraçando o braço do Fyodor não é como abraçaria o braço de um amigo morto, ele não era só amigo do Dostoevsky...
Agora posso entender essa reação... Amar alguém que se diz odiar e só em circunstâncias extremas entender que ama... Ah, eu entendo bem isso... Ele chora pela perda de alguém que amava, ele chora pela perda de alguém que era sua liberdade, sua vida.
Imediatamente eu olho para Chuuya, eu não posso perder ele, eu não posso, ele não pode me deixar de jeito nenhum. Seguro a mala do antídoto com força e tento manter minha expressão vaga, não conseguindo completamente e fazendo-a ficar um tanto triste.
— Não vai fazer nenhum comentário sarcástico como de costume? — Chuuya perguntou se virando um pouco pra me olhar, eu só quero proteger ele, não posso deixar acontecer com ele o que aconteceu com o Fyodor, não posso.
— Não. — Respondi ainda com a mesma expressão. — Não dessa vez. Estou com o antídoto, vamos nessa. — Eu disse suspirando e segurando a mala com o antídoto com uma mão só, eu sentia as minhas mãos fracas, o ar me faltava, eu sentia meu peito apertar e um nó se formar na minha garganta, depois de muito tempo, senti uma verdadeira vontade de chorar de desespero, desespero e medo de perder a única pessoa que eu ainda tenho, meus olhos lacrimejavam e eu sentia como se fosse desabar a qualquer momento, mesmo com a expressão plena, como sempre.
— Dazai? Não é melhor aplicar logo o antídoto? Não sabemos quanto tempo vai demorar para o veneno fazer efeito. — Chuu se aproximou de mim e eu só queria jogar o antídoto no chão, abraçar ele e nunca mais soltar o meu ruivinho.
— Tem razão, pode aplicar a injeção? — Pedi me esforçando para o meu tom sair o mais natural possível, mas ele percebeu que algo estava diferente.
— Nem consegue injetar o antídoto em si mesmo? Essa batalha realmente acabou com você, não é, Osamu? — Chuuya perguntou fingindo deboche, mas eu nem prestei muita atenção nisso, minha atenção foi para os lábios dele pronunciando o meu primeiro nome, quero que ele me chame assim mais vezes.
— Eu estou cheio de machucados, faz esse favor pra mim, escalador de meio fio. — Pedi com um sorriso fraco no rosto, bochechas coradas e coração acelerado, entregando a mala a ele e desviando o olhar.
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Você não, todos menos você
FanfictionDazai e Chuuya haviam acabado de revelar seu plano para derrotar Fyodor na prisão e o haviam matado com sucesso, porém a reação de Nikolai à morte de Dostoiévski causou uma reação surpreendente em Dazai. Dazai POV. ⚠️ ATENÇÃO ⚠️ A imagem da capa não...