Escolha

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O homem começou a falar e explicar todos os pontos da viagem. Dito isso, ele resolveu passar para o ponto principal: escolha de países.
De acordo com ele, nós poderíamos nos dividir em 3 países. Alemanha, Inglaterra e França.

Não precisa nem pensar. É óbvio que será França. Meu Deus, sempre quis conhecer Paris. E também um francês gostoso... Bom, difícil ser mais bonito que o Deus grego aqui, mas mesmo assim. FRAAAAAANÇA

Quando olhei para o lado, Anne estava desenhando loucamente a Torre eiffel em um caderno que eu não sabia de onde tinha vindo.

- Emily, França!!! É claro que vou pra lá e você? - ela sussurrou.
-bom, eu estava pensando em ir para França também. É um sonho.

Ela abriu um sorriso gigantesco. Se ela fosse pintada em listras rosa e roxa, eu a confundiria com o gato da Alice.

- nós vamos juntas! Seremos grandes amigas. Vamos ficar no mesmo quarto.

Eu sorri de volta.

Pra onde será que meu Deus grego vai?

O homem pediu para que nós preenchessemos as fichas, indicando local escolhido e por fim, entregar a uma mulher que passou recolhendo. Eu entreguei e aguardei. E logo, ele começou a ler as fichas, pedindo para que quando ouvissemos nossos nomes, caminhassemos para uma das outras salas.
Ele chamou primeiro Anne, e ela saiu saltitando como uma gazela, se dirigindo à uma sala que marcava "França". Logo após, chamou algumas pessoas que se dividiram entre Inglaterra e Alemanha. Eu já estava entediada mas isso mudou quando ouvi
- Rafael Bittencourt, França.
E vi meu Deus grego levantar.

Rafael, que nome bonito. Bem másculo. Combina ctg. Aí meu Deus! Você vai pra França também!!! Vou até colocar meu óculos que eu não tô acreditando nisso.

Ele sorriu e caminhou em passos largos para a sala. Logo em seguida foi a minha vez. Fui direto para a sala e encontrei Anne babando.
- quão sortudas nós podemos ser? - ela perguntou e dei de ombros.

Muito sortudas.

Uma mulher entrou na sala dizendo ser a responsável pelo grupo. Ela tinha um sotaque francês arrastado e sorria gentilmente para todos. Eu gostei dela. Pediu para que todos se sentassem e imediatamente começou a explicar o itinerário. Anne anotava até as risadas que a mulher dava, então não achei necessário anotar nada. Os quartos seriam divididos entre duas pessoas, e os horários seriam passados após a explicação. Nós deixaríamos o Brasil em novembro, logo após o término das aulas.

Nunca passei um Natal longe da minha família... Isso é estranho. MAS QUEM SE IMPORTA? ESTOU INDO PARA PARISSSSSS.

Depois de toda essa explicação sobre as passagens, hotel, passeios e etc, eles nos avisaram que havia um lanche preparado para que nós nos conhecêssemos, o que foi ótimo pqe eu estava desfalecendo de fome. Já estávamos ali a 3 horas. Tenham piedade.
Nosso grupo era basicamente composto por 14 pessoas. 8 garotos e 7 garotas, a maioria devia estar na faixa dos 18 aos 20 anos. Anne estava conversando com a maioria, sendo gentil e tentando me colocar na conversa. Bom, eu tentei, mas sou tímida. Conheci um garoto chamado Henrique, que parece ser bem legal. Ele é loiro com sardas no nariz, o que eu acho muito fofo, e tem olhos verdes. Anne estava muuuuito entretida no que ele dizia, ela nem reparou que o Deus grego estava caminhando até nós e...

HÃN? ELE TÁ VINDO. AÍ MEU DEUS, ME SEGURA. O QUE EU DIGO? PRAZER, MEU NOME É EMILY, MAS PODE ME CHAMAR DE SUA.

Tentei fingir que não prestava atenção, mas sinceramente não deu. Ele chegou perto sorrindo com aquelas covinhas e eu esqueci até meu nome.
-Rafael, prazer. - ele sorriu mais, fazendo com que o canto dos seus olhos formassem ruguinhas. Muito adorável.

Amanhã Não Se SabeOnde histórias criam vida. Descubra agora