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— Gostei da sua casa

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— Gostei da sua casa. Mora aqui? — Matteo andava pelo apartamento, passando a mão em todos os cantos.

— Não. Moro na Espanha — Seus dedos folheavam as folhas de um livro qualquer.

Devil veio correndo pelo corredor e ficou observando Matteo rosnando, os dentes apareciam como forma de ataque.

— Devil — A voz calma e rouca foi como um calmante sobre ele. Devil correu e pediu carinho para o homem em meu apartamento.

— Bom garoto, seu irmão sente saudades de você — Falou fazendo carinho na barriga do cachorro, que o lambia.

Olhei meus pés nos chão que mudavam de posição ansiosamente. Segurei o cordão que tenho junto de minha sobrinha. Um pingente de uma estrela prata balança no vento, ansiosamente.

— Onde eu vou dormir, bruxa? — Suas palavras dançaram no ar, me atingindo mil pancadas antes chegar aos meus ouvidos.

— Tem um quarto à direita — Apontei para o corredor.

— Tá com medo de quem? — Ele se aproximou devagar. Devil deitou perto da porta e ficou lá olhando ela atentamente.

— De ninguém — Segurei minhas mãos.

— Porque me deixou vir então? — Como ele sabe? Porra.

— Fiz uma caridade. Vou dormir, tá. Se escutar a porta abrindo são meus amigos — Passei por ele e fechei a porta, abri ela em uma fresta.

— Sou tudo menos bobo, pensei que já tinha percebido isso — Falou indo pelo corredor, Devil ia atrás, ele virava de costas para me observar.

— O que não é bobo foi enganado a vida toda — Minhas mãos foram a minha cintura e ele me olhou.

— Não fui eu que confiei em um mafioso, bruxa — Ele abriu a porta e logo depois escutei o barulho da tranca.

Suas palavras me atingiram com força, me tranquei no quarto.

Não há como negar que eu o amei. Porque eu amei e muito. Suas palavras ditas naquela noite ainda fazem meu estômago embrulhar e minha garganta se fechar.

Pensava que ele era minha salvação e no final, era meu pior pesadelo.

Pensava que era meu anjo, o anjo em meus sonhos. O cara perfeito... Oh... Pequena bobinha Manu.

Até o diabo pode ser lindo quando quer, até o diabo pode ser perfeito. Não é atoa que o diabo é homem. Mentirosos e lindos.

[...]

Escutei um barulho vindo da cozinha, abri meus olhos, a claridade acostumando com a fresta de luz que vinha do espaço entre o chão e a porta.

Pensei ter visto uma sombra preta contornada em minha poltrona. Esfreguei os olhos com as mãos e sumiu.

Vendida Para Máfia: Depois das estrelas Onde histórias criam vida. Descubra agora