Capítulo 13

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Eu estava satisfeito com o resultado da proposta que eu havia feito para Dulce

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Eu estava satisfeito com o resultado da proposta que eu havia feito para Dulce. Apesar de estar inseguro, eu sabia que aquilo havia mexido com ela simplesmente por envolver Santiago.

Achei que ela ia demorar mais para aceitar a proposta e que eu teria que ser mais insistente, mas ela foi rápida, deixando claro que ele realmente é sua prioridade.

Sei bem que estou me arriscando, que posso perder tudo nesse jogo, mas sei também que isso tem tudo para dar certo também, e Santiago não precisará passar mais de um mês na casa da tia que ele mal conhece.

Organizei a papelada com todas as coisas que ela havia me pedido, mas antes de ir até a sala dela, decidi seguir para o hospital e ver o estado da minha mãe.

Ela permanecia em coma, sendo cuidada por diversas enfermeiras e monitorada por médicos especialistas em seu caso. Todos davam esperança, mas a realidade é que eu não sentia nada.

Eu me preocupava com a minha mãe, mas talvez não da forma que eu gostaria. Ela me causou meu maior trauma, minha maior insegurança e desde então, a única coisa que eu conseguia sentir por ela era raiva. Raiva por ter roubado uma parte da minha infância com suas mentiras.

Toquei sua mão uma única vez antes de me despedir e sair. Não conseguia ficar tanto tempo no ambiente, até porque me lembrava do choro incessante de Santi quando soube que seus pais não voltariam para casa.

Fui direto para a fábrica assim que cheguei na empresa, indo para a área de laboratório.

Pelo vidro, enxerguei Dulce concentrada em algum experimento. Havia diversos materiais químicos em sua mesa, e seus analistas estavam em sua volta enquanto ela explicava alguma coisa importante.

Obviamente eu nunca lhe falaria algum elogio para deixá-la ainda mais convencida, mas Dulce era muito boa no que fazia. E além disso, ótima em ensinar e repassar sua experiência para outras pessoas. Mariana era exemplo vivo disso.

Apesar de detestá-la com todas as minhas forças desde que ela me pegou pra Cristo, eu ficava feliz sabendo que ela tinha conseguido realizar seu maior sonho.

Esperei que ela terminasse de falar e entrei na sala, fazendo com que todos se ajeitassem, como se eu fosse alguém da monarquia. Claro, menos ela e Lali.

— Podemos conversar na sua sala? — Perguntei depois de cumprimentar todos com um aceno de cabeça.

— Claro, podemos sim. — Ela disse sem esboçar um sorriso sequer. Ótimo, prevejo que vai ser mais difícil do que eu pensei esse negócio de casamento falso. — Terminamos depois, pessoal. — Ela disse tirando as luvas sujas e colocando no lixo. — Vamos? — Olhou para mim com uma das sobrancelhas erguidas e eu assenti, a seguindo até sua sala.

Dulce fechou a porta atrás de si, mesmo que isso só adiantasse para tirar o som, pois ela era de vidro e qualquer pessoa podia nos ver ali.

Ergui a pasta com o documento da sua direção quando ela se aproximou.

Nossa maior mentiraOnde histórias criam vida. Descubra agora