Capítulo 12

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੭࣪  12
Jennie

NÃO ME LEMBRO DE QUANDO ME APAIXONEI POR TAEHYUNG, NÃO SEI SE FOI EM UM DIA específico ou se a sensação sempre esteve ali, adormecida, até que cresci e tomei consciência do que era amar, desejar alguém, ansiar por um olhar dele mais do que qualque...

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NÃO ME LEMBRO DE QUANDO ME APAIXONEI POR TAEHYUNG, NÃO SEI SE FOI EM UM DIA específico ou se a sensação sempre esteve ali, adormecida, até que cresci e tomei consciência do que era amar, desejar alguém, ansiar por um olhar dele mais do que qualquer outra coisa no mundo. Ou, pelo menos, era isso o que eu pensava quando tinha treze anos, quando ele morava em Brisbane com meu irmão. Se ele viesse nos visitar, eu passava a noite anterior inteira acordada, com aquele frio na barriga. Escrevia o nome dele na agenda da escola, falava dele para minhas amigas e memorizava todos os seus gestos como se fossem valiosos ou escondessem uma mensagem. E depois, quando Taehyung voltou e ficou em Byron Bay, comecei a amá-lo de verdade. Para mim, bastava tê-lo por perto e deixar aquele sentimento crescer lentamente, mesmo que em silêncio, guardado em uma caixinha trancada à sete chaves, que eu protegia e alimentava enquanto sonhava acordada.

A primeira vez que seus olhos se detiveram em uma pintura minha foi como se o mundo tivesse parado; cada folha de grama, cada vibração distante. Fiquei sem fôlego olhando-o pela janela, enquanto ele inclinava a cabeça sem tirar os olhos do desenho. Eu tinha deixado o quadro ali depois de ter passado a manhã inteira pintando aquele trecho de vegetação que crescia atrás da nossa casa, tentando, em vão, seguir as instruções do meu pai. Quando minhas pernas pararam de tremer, saí.

— Você que fez? — ele me perguntou.

— Sim. — Olhei para ele com cautela. — É ruim.

— É perfeito. É… diferente.

Com os braços cruzados, notei que estava ficando vermelha.

— Você está me zoando.

— Não, cacete, por que você acha isso?

Hesitei, sem desviar meus olhos dos dele.

— Porque meu pai me pediu para eu pintar isso — apontei para as árvores — e eu fiz isso, que não tem nada a ver. Comecei bem, mas depois... depois…

— Depois você fez a sua própria versão.

— Você acha mesmo?

Ele fez que sim com a cabeça e sorriu.

— Continua assim.

Taehyung elogiou aquela tela cheia de linhas que nem eu mesma conseguia entender, mas que, de alguma forma que eu também não sabia explicar, se encaixavam, se moldavam, faziam sentido. Seu cabelo loiro escuro sacudiu com o vento e eu senti necessidade de conseguir a mistura perfeita para chegar àquela tonalidade; uma base ocre com um toque de marrom, algumas sombras nas raízes e o reflexo do sol salpicando as pontas mais loiras que se curvavam suavemente. Depois eu me concentraria em sua pele com aquele bronzeado dourado que disfarçava as poucas sardas que ele tinha no nariz, e os olhos estreitos, o sorriso malicioso, astuto e, ao mesmo tempo, despreocupado, dentro de sua confusão, dentro dele mesmo…

 Depois eu me concentraria em sua pele com aquele bronzeado dourado que disfarçava as poucas sardas que ele tinha no nariz, e os olhos estreitos, o sorriso malicioso, astuto e, ao mesmo tempo, despreocupado, dentro de sua confusão, dentro dele mesmo…

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Tudo o que nunca fomos  𑁯 𝐉𝐍𝐊 + 𝐊𝐓𝐇Onde histórias criam vida. Descubra agora