Ainda tão perto

" Eu odeio amar você"

| Lucas Bratz

Desesperado

Arrependido

Com medo

Nervoso

Com ódio, muito ódio

Não sei como irei explicar tudo para ela de uma forma que ela acredite em mim, deveria ter envolvido meus primos antes nessa história, antes dela descobrir, ou será que eu deveria ter contado tudo para ela para resolvermos juntos? Eu sou um merda, e não sei porque ainda insisto em resolver minhas burradas sozinho.

Após vê lá partindo, quebrada por mim mais uma vez, liguei para o Licor, contei tudo pra ele, óbvio que ouvi um monte, ele me esculachou e terminou com feliz natal

- Você é um arrombado, eu sei disso, você sabe disso, ela sabe disso, todos nós sabemos disso, mas vou te livrar dessa merda como sempre - Licor disse do outro lado da linha.

- Não precisa humilhar, só passa o que eu tenho que fazer e me ajuda achar ela- falei desesperado.

- Sem apavoro Lucão, vamos por partes, primeiro vamos se livrar dessa mal-comida, seguinte deixa seu carro do lado de fora da garagem, depois aciona o Jojo para desativar todas as câmeras, vamos entrar aí e trazer ela pra cá, prepara dinheiro meu irmão, mas assim dinheiro vivo, porque vai sair caro, conta 10 minutos que a tropa chega - desligou

Foi exatamente o que eu fiz, em 10 minutos estava tudo pronto, Licor havia me mandado mensagem avisando que já estava dentro, esse cara age na velocidade da luz, fui até meu apartamento e essa vagabunda estava lá

- Estava quase desistindo já, que demora - me agarrou - Finalmente, tenho você só pra mim - começou beijar meu pescoço

BUUM - estrondo na porta

- Boa noite pombinhos - mesmo com a máscara, reconheci meu primo

Ingrid pulou em cima de mim assustada, e começou a gritar socorro

- Eu não curto putinhas escandalosas fora da cama, pode pegar ela - ordenou e mais homens entrou na casa e tirando ela de cima de mim, e usaram o famoso lencinho que fez ela apagar. - Pode levar para o carro, já encontro vocês

- Você se mete em cada uma cara - tirou a máscara e me abraçou

- Eu preciso achar ela caralho - soquei a parede

- Porra viado, assim não - Me puxou pra fora daquela casa - Desce comigo, vou transferir os carros e tu saí caçando ela por aí, igual ela fez contigo. Vocês não são iguais? Usa isso a seu favor - plantou o surto na minha cabeça.

Onde você está meu amor? Cadê você Elisa? Porra, cadê você?

Já rodei, rodei e nada, já fui na casa dela, já falei com o Breno, com a Beca, com todos os meus primos e ninguém viu ela.

PRIIIII - meu telefone tocou e um número desconhecido

- Alô

- Ricotti? - perguntou alguém do outro lado da linha

- Quem é?

- É o Bruno irmão, como você tá? - meu grande amigo policial envolvido nos meus esquemas

- To bem, o que devo a honra da sua ligação nessa madrugada? - questionei

- Irmão, seguinte, chegou uma denúncia de som alto na Club irmão, achei que pelo menos no natal você se dava folga - eu tremi

- Qual Club?

- A Guarulhos

Porra, bati no volante