Um.

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Olá leitor, espero que esteja bem e que esteja preparado para o que vem por ai!

Em minha saga totalmente obsessiva pelo nosso casal-não-casal mais querido desse mundo, resolvi me aventurar pelas paginas do wattpad e percebi que ainda somos carentes de mais e mais histórias sobre veronita, então resolvi deixar aqui a minha contribuição.

A história se passa levando em consideração os personagens da série e poucos acontecimentos da mesma, mas com um enredo totalmente diferente, aonde a organização não faz parte! Espero que gostem e que deixem suas opiniões e comentários. :)

~***~

Verônica acordou com o som do despertador, sentindo-se atordoada, havia sido mais uma noite mal dormida.

Um lado de sua cama estava vazio, seu quarto levemente iluminado graças as frestas da janela, e apenas os próprios sons preenchiam o ambiente. Sua cabeça doía, como já era de se esperar. A morena sentia a mesma dor todos os dias há alguns meses. E sim, ela sabia bem o motivo, sabia o que havia dado início não só às dores de cabeça, mas também a angústia, o vazio, as noites em claro.

Se arrastou para fora da cama, não queria se atrasar, na verdade, contava o tempo para voltar ao trabalho sempre que não estava lá. Afinal, dentro da delegacia ela encontrava algum descanso de seus próprios problemas.

A escrivã passou rapidamente pelo espelho, se encarou por segundos, odiando o reflexo cansado de seu rosto, entrou no chuveiro, sentindo a água morna molhar seu corpo. Parecia impossível relaxar, até mesmo ali. Deixou o box após um banho rápido e mais uma vez notou o vazio do ambiente. Pegou sua escova de dentes, que estava sozinha no armário do banheiro e evitou se olhar de novo, enquanto escovava os dentes. Não queria ter que lidar com o próprio reflexo mais uma vez.

Quando deixou seu apartamento, após seu rápido café da manhã, pode ver o cinza pintando o céu de São Paulo, cinza como ela se sentia nos últimos tempos.

Acelerou a moto, desejando apenas encher sua mente com trabalho, trabalho e mais trabalho. Deixando a velocidade do veículo trazer a breve sensação de liberdade enquanto percorria o caminho até a delegacia.

- Bom dia, Verônica! - Um colega disse assim que avistou a mulher adentrar ao prédio da delegacia.

- Bom dia! - Disse ela, sendo o mais simpática que conseguia, forçando um sorriso que não alcançou seu olhar.

A moça jogou sua bolsa em sua mesa, revirando os olhos para todas aquelas pastas em sua frentee. Queria trabalho, claro! Mas o burocrático?

Encarou a sala de vidro em sua frente. Como um aquário, mas o peixe sendo observado era Verô.

- Cretina de merda. - Sussurrou pra si mesma.

- Que isso, Verô? Falando sozinha logo cedo? - Nelson apareceu, com um tom engraçadinho em sua voz. - O que ta pegando?

- Nossa delegada querida, né? Teria como ser outra coisa? Porra, trabalho burocrático logo cedo? Essa mulher me odeia, Nelson, me odeia!

A morena bufou irritada, passando a mão pelos cabelos curtos.

- Me dá isso aqui, eu te ajudo! - O homem pegou para si metade das pastas, recebendo de verô um sorriso agradecido.

Era apenas o de sempre. Provavelmente seu problema mais antigo, presente na mente de Verônica logo pela manhã há muito mais tempo do que os acontecimentos recentes. E tal problema tinha nome e sobrenome: Anita Berlinger, delegada do DHPP. A megera de saltos finos e cabelos louros. Com seus olhos azuis cristalinos e uma expressão de superioridade sempre estampada em seu rosto. Elegante, dura e uma bela de uma desgraçada.

CRAWLING - VeronitaOnde histórias criam vida. Descubra agora