Always - Vol.3 (Drarry +18)

"Animago adormecido"

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🌈⃝⃒⃤  Espero que gostem do capítulo! Gente na minha cabeça, o LG n°12 tem um jardim nos fundos só que ele é oculto por magia. E é um jardim muito grande com árvores e até um galpãozinho.

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Por Scorpius Malfoy

O mundo bruxo estava de luto, a perda da professora Minerva mostrou que a nossa realidade estava completamente comprometida. Que tudo podia mudar em um único segundo. Essa certeza fez com que nós ficássemos com mais medo do que nunca na vida.

— Hey — ouvi a voz de um homem atrás de mim e me virei, sentado na mesa da cozinha de casa vi papai se aproximando de mim, há pouco tempo havíamos voltado do enterro da diretora — Tudo bem?

— Vou sentir falta dela — murmurei encarando a mesa fria de madeira, papai se sentou ao meu lado — Era assustadora mas era gentil.

— Ela era incrível mesmo — papai respirou fundo e vi em seus olhos que ele estava pensando em alguma coisa.

— Se sentiu assim...? Quando Dumbledore morreu? — disse baixinho, ele me olhou estranhando a pergunta.

— Eu estava naquela torre quando Dumbledore morreu, aliás, quem deveria tê-lo matado... bem, a missão era minha — disparou, levantei e peguei dois copos de Whisky para nós, me sentei e empurrei o copo gelado para ele. Papai pegou e tomou um enorme gole — Mas ele era gentil. Ele tentou me ajudar.

— Eu sinto muito, pai, pelo que houve com você — murmurei me sentindo quente por causa da bebida, mas frio por causa do clima, faltavam alguns dias para o Natal e Londres estava debaixo de uma grossa camada de neve — Queria poder apagar.

— Ah, meu filho, tem tantas coisas que eu gostaria de apagar — lamentou, papai parecia muito cansado, com dor e revoltado. Tudo isso se escondia debaixo da fúria congelante que eram os seus olhos.

E num gole só, nós dois secamos nossos copos.

Harry chegou na cozinha com um rosto cansado e triste, seus olhos estavam afogados em vermelho, inchados, como um filho ou um neto que chora pela perda dolorosa.

Levantei sem dizer nada e servi três copos dessa vez, Harry agradeceu com um leve sorriso gentil e bebeu quietinho. Nós ficamos ali, a mercê dos estalos da casa, da lareira, da dor de corações de alunos desamparados. Sentados no sofá, vimos quando MJ entrou em casa pela lareira, ela estava encolhidinha de frio, com a ponta do nariz vermelha e os cabelos descendo pelos ombros. A essa altura nós três já estávamos um pouco alterados.

— Oi — disse baixinho, se jogando ao meu lado no puff da sala — A recém Monny e Tonks conseguiram fazer Teddy dormir, ele a amava tanto.

— Todos nós — respondi tocando seu cabelo — Você está linda, sabia?

— Sabia — rebateu rindo fraquinho e dando um beijinho no meu nariz.

— Harry, será que eles querem que a gente saia? — ouvi a voz do meu pai e fiquei vermelho de vergonha ao me lembrar que eles estavam ali vendo isso.

MJ também se deu conta e escondeu o rosto no meu pescoço, nossos pais deram uma risadinha, Harry se levantou e serviu mais um copo para todos nós.

— Tomara que não, esse é o meu quarto copo e não sei se vou conseguir sair do sofá — ele se sentou novamente e se deitou no peito do meu pai — Mas se quiserem sair de fininho a gente finge que nem vê nada.

— Ai gente, sem condições — MJ riu envergonhada e bebeu seu copo — Eu vou tomar banho, amanhã a gente tem treino.

Nós nos separamos, nossos pais foram se deitar. Mas claro que Harry se levantou uma hora depois para ficar na porta da casa, vigiando, ele dizia que não fazia... mas enquanto seus filhos estivessem dormindo sob aquele teto, ele estaria fazendo sim.