Ottonia Martiana

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O azul mórbido
Sob os olhos
Carregam o peso
Da própria incompetência
O peso das vidas que viveu
Mas não poderá viver novamente
O peso das vidas que não viveu
E que jamais poderá viver

O sorriso que nunca aparece
Carrega o amarelo do cigarro
Que tanto traga, temendo ser tragado
O amarelo da Pepsi e da gastrite
Que a ansiedade agravou

Com os olhos pesados
E o corpo já anestesiado
Torce por um dia dormir
E acordar dez anos mais novo
Torce por um pesadelo que acabe
Não que comece toda manhã

"E com os sentidos já dormentes
O corpo quer, a alma entende"

Cansado de sentir
Apenas decepção;
Raiva e dor.

Depressão & Obsessão Onde histórias criam vida. Descubra agora