Capítulo 12 - Dois elefantes incomodam muita gente

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Porra, como um capacete de abacate daquele pode sumir desse jeito? Enfiou a cara no próprio rabo? Caralho!

Eu tinha vindo pra essa caralha de festa porque o arrombado do Kirishima falou que eu não precisaria pagar os 50 que eu tava devendo pra ele se eu viesse. Acabou que eu dei os 50 pro filho da puta de qualquer jeito e ainda por cima gastei 300 conto por causa do cuzão largo do Deku, que filho da puta!

Eu tava me sentindo tão burro que alguém poderia amarrar umas cordas em mim e me fazer puxar uma carroça.

Eu tava olhando em volta que nem um retardado mental, puta merda, olha as coisas que o merda do Deku me faz passar. Como se não bastasse, o merda ainda sumiu! Sumiu depois de me fazer vender meu rim pra pagar essa conta do capeta, que conveniente, né?

Bebum doente do caralho, vou tirar a cabeça dele com os dentes e depois vou costurar de volta no pescoço, aí vou usar o corpo morto dele como saco de pancadas e, quando os vermes devorarem a pele podre dele, irei cortar o cérebro dele em mil pedaços com as minhas unhas e sacudir tudo no liquidificador. Quando tudo virar um delicioso suco de sangue, eu vou beber com o maior tesão do mundo.

Porra.

- Ei, amigo. – Amigo é o teu cu, garçonzinho de merda. Odeio gente que vem cheio de intimidade. Tô ligado que cê tá adorando ver a minha desgraça, bastardo miserável. – Você que é o Kacchan?

Hã?

- É o quê? – Retruquei, franzindo o cenho pra ele. Que porra é essa? Me conhece de onde, esse arrombado?

Ele abriu um sorrisinho enquanto limpava o balcão com um pano.

- O seu amigo de cabelo verde parece ter sérios problemas com você.

Ele tá de sacanagem com a minha cara ou o quê?

Já fui quase avançando por cima do balcão com o punho fechado.

- ESCUTA AQUI, SEU ARROMB-

- Não, não! Não estava sendo irônico, falei sério. – Ele se protegia com os copos de vidro, ownt. Mal sabe ele que eu podia pegar aqueles copos e cortar a cara dele. – É que ele tava chorando muito. Chorando muito é até eufemismo, eu cheguei a pensar que ele fosse vomitar as tripas. E ele tava falando várias coisas sobre um tal de Kacchan pra mim. Imaginei que Kacchan fosse você.

Meus olhos se arregalaram um pouco. Como assim?

- Hm... – Cruzei os braços e desviei o olhar, pagando de desinteressado, quando na verdade eu tava todo me corroendo de curiosidade pra saber o que aquele viadinho de merda disse sobre mim. Chorando, ainda por cima? E por quê? Será que ele resolveu pagar de vítima até pro garçom? Porra, é muito falso mesmo. – Ah, é? E o que aquele merda falou? – Perguntei como quem não queria nada.

- Sabe, o que os meus clientes desabafam comigo é confidencial. – Encarei-o de lado, vendo um sorrisinho debochado em seu rosto. Esse cara tá me tirando do sério. – Então, se você quiser me dar um extra, eu até poderia falar pra você... – Esfregou o dedo indicador e o polegar juntos, fazendo sinal de grana.

Soltei um riso nasal.

É sério mesmo que ele acha que vai me extorquir?

Agarrei a gola da sua camisa branca e o puxei tão forte que seu corpo atravessou o balcão, as pernas retas pro alto.

- Tá, tá! Eu falo! – Arqueei a sobrancelha pra ele e continuei com os punhos enrolados em sua camisa, esperando ele abrir o bico. Ele não só tava com medo, como também parecia com vergonha das pessoas em volta que encaravam a cena. – E-escuta... pode me soltar? – Semicerrei os olhos pra ele, mas acabei o soltando.

Motivos para ser solteiroOnde histórias criam vida. Descubra agora