💍 Capítulo 47 💍

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SONG MINGI

~ Agora

Mingi, sentado em uma das camas de casal e encostado na cabeceira da mesma, não conseguia parar de tremer a perna em ansiedade enquanto uma enfermeira lhe examinava. Não fazia muito tempo que havia saído do hospital escoltado com umas cinco viaturas, todas elas cheias de policiais nos quais pudessem lhe proteger. Estava afastado da cidade agora, longe das mãos de Hongjoong, e mesmo que estivesse sob efeito de remédios para as dores, ainda sentia os ferimentos latejarem.

— Sua pressão está normal, Mingi, assim como os seus batimentos. — April, a enfermeira da polícia anunciou, tirando o medidor de pressão do braço de Mingi. — Você não está mais febril, e isso é ótimo. Acho que só teve febre lá no hospital por conta dos machucados, mas com o soro e as medicações, ela abaixou. Eu voltarei pra te examinar mais tarde e pra trocar os curativos dos ferimentos. Tente se manter em repouso e não fazer movimentos brusc-

— O Jongho chegou! — Arthur entrou na sala com certa rapidez, e April logo o encarou seriamente quando Mingi em um pulo se levantou, colocando de qualquer jeito o curativo no antebraço para cobrir o furo do acesso do soro e medicações.

— Mingi, você precisa repousar! — a enfermeira disse, assistindo Song se dirigir em direção a janela na qual tinha vista para o estacionamento do casarão. — Caramba, Arthur! Falei pra deixar ele quieto!

— Me desculpe, April. Ele tinha me pedido pra avisá-lo assim que Jongho chegasse.

Assim que acordou no hospital, Mingi fora abordado pelo oficial Seungsik, no qual lhe deu todas as orientações sobre como funcionaria o programa de proteção às vítimas e testemunhas. O oficial explicou que, como em seu caso a sua vida havia sido tentada por um criminoso altamente procurado, que no caso era Hongjoong, sua proteção deveria ser feita com extrema urgência, assim como daqueles que Hongjoong poderia vir a atacar quando tivesse oportunidade. Mingi, por estar recém acordado e ainda meio zonzo pelas medicações, não havia assimilado muito bem o que estava acontecendo, apenas concordou com o que o oficial havia dito, compreendendo que era algo bom para a sua segurança. Sem se dar conta, voltou a dormir, e quando acordou não estava mais no hospital, mas sim em um quarto de piso, teto e paredes de madeira, assim como os móveis nos quais tinham aspectos bem rústicos e diferentes dos quais estava acostumado. O ambiente estava claramente sendo usado como um leito hospitalar improvisado, visto a presença de equipamentos nos quais mediam seus batimentos e com o acesso de soro e medicações em seus braços, estes perto o suficiente da cama para que pudesse estar deitado confortavelmente.

Estava acordado há um pouco mais de meia hora, e assim que despertou, a enfermeira que estaria de olho em seu estado médico pelos próximos dias logo se aproximou, checando todos os seus sinais e fazendo exames e análises completas para ver como estava seu estado. Estava se sentindo apenas um pouco ansioso, e mesmo que a enfermeira tenha explicado que aquilo era normal de sentir devido ao estresse que havia passado horas mais cedo, Mingi sabia que sua ansiedade vinha de outra coisa, e que estava o acompanhando desde o hospital quando Seungsik o avisou que seria transferido para um local seguro, e que Yunho também seria levado para o mesmo local.

Mingi não sabia como Yunho reagiria ao vê-lo, mas desconfiava que o rapaz não ficaria muito feliz já que as coisas não haviam acabado muito bem quando anunciou que precisava se afastar dele. Se odiava todos os dias por ter feito as coisas daquela forma, mas foi a única maneira que pensou naquele momento pra conseguir afastar Yunho, pois tinha certeza que ele tentaria resolver as coisas por conta própria, e era justamente o que estava querendo evitar, pois sabia que se Kim o alcançasse, não teria mais volta. Fez o que podia para manter Kim ocupado dando a ele o que ele queria, uma vida a dois, mesmo que de maneira unilateral. Havia aguentado como podia, e de certa forma estava aliviado por saber que de alguma forma, mesmo que tivesse sofrido no processo, as pessoas que amavam estavam protegidas, já que Kim estava ocupado demais tentando lhe conquistar e fazer as coisas voltarem como era antes, porém o passado havia ficado para trás, mas só Kim que ainda não havia entendido.

LOYALTY II - O passado fica para trásOnde histórias criam vida. Descubra agora