Capítulo 13

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Passei o domingo sem ver Louis e isso me deixou resmungão o dia todo. Minha necessidade de vê-lo crescia ainda mais a cada segundo que se passava e gerava uma sensação inebriante em mim.

O dia passou lento, limitado a jogos de videogame e roubar alguma coisa na cozinha quando a barriga roncava. O momento mais emocionante do dia foi quando Scott apareceu de surpresa e nós ficamos jogados no sofá, falando besteira e jogando comida um no outro. Infelizmente, ele teve que ir embora cedo e fiquei sozinho novamente.

Então, quando abri os olhos na segunda de manhã, abri um sorriso ao saber que finalmente veria Louis. Peguei o celular e mandei uma mensagem rápida:

Vou passar na sua casa em 20 minutos. Esteja pronto! :)

Não esperei uma resposta antes de entrar no banheiro e me enfiar sob a água fria que descia tranquilamente. Sorri sem motivo aparente, apenas com a imagem de Louis de cabeça baixa, concentrado no desenho que fazia de mim enquanto dormia e aquilo era mais do que suficiente.

Bufei.

Onde o Harry foi parar? Quem é esse garoto?

Perguntei para mim mesmo. Nada mais fazia sentido na minha vida. Eu estava completamente perdido em meio a escolhas diferentes que definiriam o meu futuro. Nunca antes eu tinha me sentido tão bem em me abrir com alguém, de ter sentimentos de novo, de sorrir de novo. Antes eu passava uma noite com uma garota e no dia seguinte dificilmente lembrava o nome dela, mas agora, eu não conseguia tirar um par de olhos azuis da minha cabeça. Estava certo quando pensei que aqueles olhos pareciam mágicos, porque eles eram realmente: eu estava completamente e totalmente hipnotizados por eles.

Saí do chuveiro e depois vesti uma calça preta rasgada nos joelhos e uma camisa com corte em v em um tom azulado.

Desci a escada, impressionado em como a casa ficava silenciosa sem o meu pai ali, resmungando sozinho sobre seus processos ou com as panelas quando tentava cozinhar alguma coisa.

Suspirei e saí.

Dei partida no motor e dirigi devagar para a casa de Louis, impondo esse desafio para mim mesmo, porque eu estava quase saindo em disparada para vê-lo logo.

Acalme-se.

Não adiantou de nada, porque, no fim, eu estava quase correndo até a porta de sua casa. Ela se abriu quando eu estava no meio do caminho e ele saiu, sempre com suas roupas totalmente pretas, aquele cabelo jogado de qualquer jeito para o lado e os olhos azuis maravilhosos repuxados por causa do sorriso.

Ele se aproximou e cruzou os braços na minha frente, resmungando:

- De onde você a ideia de chegarmos juntos no colégio, Capitão? - Ele deu ênfase no último termo, como para me lembrar do que eu era.

Dei de ombros e abri um sorriso ao dizer:

- O que tem de mais dar carona para um amigo? - E então pisquei um dos olhos.

Ele revirou os olhos, mas acabou rindo. Empurrou minhas costas em direção ao carro.

- Vamos logo, então.

Dirigi devagar, ao contrário de antes, sem querer chegar na escola e ter que me separar de Louis. Olhei para o lado quando paramos em um sinal e flagrei seu olhar em mim. Imediatamente minhas bochechas esquentaram e esqueci totalmente do mundo, acordando apenas quando um carro buzinou atrás, avisando que o semáforo estava verde e era hora de partir.

Faltavam duas quadras para a escola quando virei o volante e parei o carro no acostamento da estrada, desligando o motor logo em seguida.

Louis suspirou e soltou o cinto.

Como não te amar? (Larry Stylinson AU)Onde histórias criam vida. Descubra agora