Pecados & Magia

Novo Local.

  Depois de caminhar por tantos meses, parando em locais diferentes, Vilas, Reinos, Cidades e conhecendo muitas pessoas novas como Magos, Soldados, Bardos, Clérigos, Bárbaros e diversos tipos diferentes de amigos. Finalmente cheguei ao local ao qual aguardava desde o momento de minha infância, o Grande Reino de Harmonium.

  Não podia negar, as pessoas eram simpáticas e educadas, pois era um lugar onde a Paz é literalmente sua maior regra, pessoas problemáticas ou ignorantes nunca eram aceitas por muito tempo e sempre sumiam misteriosamente, algo que poucos moradores ligavam, e só as pessoas de fora ficavam curiosas sobre tais desaparecimentos, mas como não existiam provas concretas ou realmente muito importantes nada poderia ser feito.

  Enquanto eu vagava por tal local, o sol raiava sob meus olhos e esclarecia minha branca pele, meus cabelos vermelhos com algumas pontas pretas se moviam junto com o vento que estava em direção contrária, olhando ao redor o que eu mais conseguia ver eram barracas vendendo Comidas e Itens encantados, que são literalmente o motivo do qual aquela cidade era famosa e bem mencionada por todo o Continente em que pertence. As pessoas que passavam por mim, olhavam estranhamente para minhas vestimentas, questionando-se de onde eu vim e se seria mais uma problemática para todo aquele pacífico Reino.

  Eu podia sentir a brisa batendo em meus ombros que não estavam cobertos, e minhas finas pernas que tremiam conforme o pequeno frio que sentiam, eu olhava a multidão em minha frente e sem tentar a empurras eu pedia licença educadamente para passar por eles, tentando chegar ao grande Rei de todo o lugar, que claro, ficava em um Castelo gigante cheio de Guardas com suas poderosas espadas cheias de encantamentos graças ao mais poderoso Mago de lá, o Grande Malachi, ele era meio doido por ser um velho maluco mas ninguém passava de seus conhecimentos sobre a nossa magia, tanto a antiga quando a nova. Eu me via cada vez mais perto de meu destino, cada vez mais feliz conforme as pessoas ao meu redor abriam caminho  com gentileza para minha passagem. Conforme o tempo passava e o resto dos cidadãos ficavam para trás comprando nas lojas, eu chegava cada vez mais perto do Castelo, com brilhos em meus olhos que rapidamente desapareceram quando vi mais 7 pessoas no portão esperando para sua entrada, todas bem vestidas e com seus belos equipamentos, cada um com uma característica facilmente vista pelo seus comportamentos.

  Um alto Guerreiro com uma grande e brilhante espada, seu rosto era totalmente escondido graças ao seu capacete, sua armadura espalhava um brilho forte conforme o sol batia nela, mas o seu comportamento ia bem longe de sua formosa aparência, ele conversava com uma ladra ao seu lado de uma maneira rude, sempre se colocando acima dela em qualquer situação, mesmo que estejam falando de furtividade ou ações camufladas, algo que ele não deveria saber sobre. 

  Um Clérigo baixo e meio gordinho de pele morena, que carregava em suas costas um grande cajado que continha uma bola de energia azul clara no centro dele, suas mãos estavam cheias de doces ou algumas frutas que poderiam ser encontradas no mercado lotado da rua em que passei antes. Ele tinha cabelos escuros e curtos, com olhos pretos como uma pedra de carvão, suas roupas eram longas e brancas, com partes amarelas que formavam cruzes da famosa Igreja local.  

  Um Paladino alto e forte, que estava observando todos de longe, mas principalmente o Guerreiro, com curtos cabelos morenos mas pele branca, olhos azuis escuros que facilmente poderiam fazer você se perder neles, seu olhar invejoso olhava o outro Soldado, de cima para baixo, principalmente sua armadura que brilhava o suficiente para machucar os olhos de outra pessoa. Nas costas do Paladino, era possível ver uma espada mediana pouco coberta pela capa vermelha que estava presa ao seu pescoço, sua armadura era meio suja e pouco brilhava com a luz do sol, cheia de marcas de lutas e terra.

  Uma Barda de estatura alta, que ficava de canto observando todos com uma cara engraçada enquanto toca seu bandolim, ela balançava seus longos cabelos brancos e medianos, sua pele parda com seus lindos olhos das cores de um Rubi. Era de perceber que as vezes ela dava em cima das mulheres e dos homens ao seu redor, olhando para seus corpos com um olhar sedento mas também agindo de uma maneira gentil com seu alto carisma que era visível de longe. Sua longa capa azul voava com o vento, suas roupas largas combinando com a ocasião em que todos se encontravam.

  Uma Arqueira mediana, de cabelos medianos e roxos que flutuavam com o vento, sua pele clara brilhando com o sol, seus profundos olhos de cor vinho chamavam atenção de qualquer um, ela carregava vários pertences preciosos em seus bolsos, moedas, diamantes, joias e mais coisas de preços altos que facilmente poderiam comprar uma loja inteira. Eu a assisti com um olhar curioso já que estava mais afastada do grupo e quando alguém se aproximava um pouco sem querer, ou apenas olhava e citava as pedras preciosas que ela possuía, a Mulher os dava uma resposta curta e grossa como se quisesse aquilo só para si mesma e mais ninguém. Tal Arqueira vestia roupas curtas, porém uma calça e uma longa capa que eram de cor verde, suas longas botas marrons chegando quase ao seu joelho. 

  Um Bárbaro de estatura média, gordo e com uma grande barba marrom que seguia até o fim de seu pescoço, seus cabelos marrons e longos que estavam amassados contra o muro do portão onde ele estava encostado, com seus olhos fechados, respirando de uma maneira calma e baixa como se estivesse descansando por muito tempo, sem blusa e apenas uma calça que parecia ser feita de algum tipo de pelo animal, em suas costas poderia ser visto um grande escudo metálico e dois machados presos a seu cinto.

  Uma Ladra de estatura baixa, com cabelos loiros que eram claros como o Sol, seus olhos verdes como uma folha que acabou de se desenvolver, que refletiam o seu redor. Suas roupas que cobriam o seu corpo todo, uma touca que era para cobrir sua boca e um capuz para cobrir o resto de seu rosto, em seu cinto era possível ver adagas pequenas que podiam ser usadas para um saque rápido. Ela olhava com um olhar furioso para o Guerreiro, como se tivesse com o seu grande Ego machucado com as palavras dele, suas vozes eram altas como se estivessem tendo uma discussão mesmo que não fosse isso, se sentindo frustrada com tudo que ele falava, tudo que queria mostrar é que era melhor para ter seu ego novamente.

  Eu dei um grande suspiro, olhando para meus futuros companheiros da grande aventura que eu iria participar, todos nós esperando o Rei abrir os portões para começar a caça. Os ventos sopravam, todos esperavam, e eu pensando, observando e analisando, eu já sabia sobre o que seria aquela missão mas ainda sim queria ver as reações e expressões das pessoas ao redor, quando os guardas gritaram e os portões lentamente abriam eu olhei para frente com olhos brilhantes e meu rosto meramente corado, eu finalmente ia alcançar meu sonho, a minha Querida Rainha.