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Sabe aquela sensação que você não deveria ter?
O nervosismo, o acelerar desenfreado do coração, o formigamento onde não deveria ter, sensações que não deveria sentir.
Era exatamente isso que sentia, todos esses sentimentos e sensações impróprias era o que sentia, tinha vontade de se enfiar em seu quarto e não sair até que tudo aquilo passasse, mas, sabia que não era assim que funcionava e pior ainda, sabia que assim que se trancasse ele iria atrás de si buscando explicações do afastamento.
O motivo daquilo tudo? Simples, Kuroo Tetsuro, amigo de seu irmão e seu atual melhor amigo.
Haviam se conhecido a três anos atrás, tinha dezessete na época e Kuroo dezoito, foram apresentados e a química foi instantânea, de primeiro apenas passavam horas conversando, quando foi ver, Kuroo já frequentava sua casa diariamente, o levava de carro para o colégio e depois ia para a faculdade com o seu irmão, na volta era a mesma coisa e ele sempre fazia questão de que sentasse na frente ao lado dele para que pudessem ir conversando e para que ele pudesse ficar com a mão em seu joelho o acariciado.
Kuroo sempre foi de o tocar, conversava com si acariciando seus dedos, o abraçava de lado e fazia carinho em suas costas isto quando não o segurava pelo queixo e ficava tocando em sua bochecha.
Em seu aniversário de dezoito bebeu pela primeira vez na companhia dele, sua mãe e seu irmão, não foi o suficiente para que ninguém dali ficasse bêbado apenas o suficiente para que experimentassem juntos, a situação foi divertida, Kenma fazendo careta para cerveja mas virando três doses de vodka sem sequer resmungar, mas ali, depois daquele dia conheceu um outro lado do Kuroo, e digamos apenas que ele não detestou aquele outro lado.
Se Kuroo já era grudento normalmente um Kuroo levemente alcoolizado era 10x pior, Kuroo literalmente ficou grudado em si a noite toda, o abraçava por trás, apoiava a cabeça em seu ombro e ficava cheirando seu cabelo enquanto o encarava o tempo todo, até foi fofo dormir junto dele pela primeira vez após aquilo, Kuroo o abraçou por trás com força, enfiou o rosto em seu cabelo e literalmente capotou.
Até que Kuroo começou a mudar, as vezes dizia coisas engraçadas mas em outras ele simplesmente perdia completamente o bom senso e a noção. Tudo começou quando Kinana - sua mãe - começou a tocar no assunto "namoradinhos" já sabia da sexualidade e gênero do filho a eras mas mesmo assim ele nunca havia a apresentado a algum rapaz, se lembra que naquele dia Kuroo se emburrou como uma criança, de braços cruzados e biquinho, revirava os olhos para cada palavra dita, de início não entendeu o comportamento do amigo então apenas associou tudo aquilo a bebida - mesmo que ele tivesse bebido apenas um único copo - depois de ignorar as reclamações de Kuroo se sentaram todos na sala e obviamente um kuroo levemente embriagado não o deixaria ficar longe de si, o segurou pela cintura e puxou para cima de seu colo, algum filme estranho rolava na tv mas tudo que o moreno se focava era nos fios loiros ao redor de seus dedos, os beijava e em seguida cheirava parecendo completamente encantado com aquilo, apenas os puxou de levinho para que Kenma tombasse a cabeça em seu ombro, deixou um beijo em sua bochecha e outro pontinha do seu nariz.
