— LORIN!
Vozes ecoaram por minha mente assim que o caminhão me atingiu ,eu não sabia o que havia acontecido, como fui parar ali, muito menos o que senti naquele momento onde tudo entrou em colisão .
A escuridão daquela noite me engoliu , assim como aquele caminhão e suas rodas, passeando por mim.
Ainda me lembro de estar ao pé do chão, estirada na estrada, ouvindo as sirenes se aproximarem assim como aquelas luzes vermelhas e azuis tão conhecidas por todos .
A ambulância chegou e fui rapidamente levada para o hospital mais próximo.
Mergulhei em busca de ar, pus-me à parar de respirar deitada naquela maca passando pelos corredores do hospital lotado, os médicos faziam de tudo para me reanimar mas eu já estava tão afundo ,bruscamente perdida no oceano que criei em minha própria mente para distrair-me do pensamento de que estava morrendo .
•°•°•
Duas semanas após meu trágico acidente eu ainda estava lá, revivendo aquela noite e suas consequências.
Fiquei aleijada...
Não conseguia mais me pôr em pé sozinha , não conseguia mais fazer o que eu mais amava no mundo.
Dançar.
Elly ,minha parceira , que se ponderou ao meu lado 24 horas por dia pós-acidente ,sismando em não me deixar sozinha nem mesmo ao dormir.
Na calada da noite tenho tido uns sonhos estranhos , daqueles que te acordam , que te fazem saltar da cama assim que percebe estar presa em sua própria mente.
Sufocando com a lentidão da madrugada.
Eu estava presa naquela noite .
•°•°•
Tive alta depois de três longas semanas naquele hospital e finalmente eu estava em casa , agora, com uma cadeira de rodas.
Durante o tempo em que estive no hospital ,pude me lembrar dos mínimos detalhes daquela noite ,de como eu havia chegado lá, de como fui bruscamente empurrada para o meio da estrada e de quem seria o culpado por me deixar assim. Travada.
Os médicos disseram que com muito esforço posso voltar a andar, minhas lesões não eram tão graves quanto eles pensavam.
Elly me disse para tentarmos a fisioterapia em casa com o auxílio médico.
Não vejo a hora de poder usar minhas pernas novamente, é um porre' depender de alguém para absolutamente tudo.
Vagarosamente quando não estou dormindo ou no sofá da sala principal sem poder me mexer , estou com os médicos e Elly tentando me movimentar.
Dizem que a vingança é um prato que se come frio, espero que seja tão frio ao ponto de congelar todas as veias de seu corpo quando eu me vingar pelo o que você fez comigo , Sr. Culpado.
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Lorin Collins
Mystery / ThrillerO quão longe alguém pode chegar por amor? O quão fundo podemos senti-lo? Há respostas para estas perguntas? Leia e descubra por si só.