Pecados & Magia

Nova Missão, Nova Aventura.

Uma multidão gigantesca foi se formando conforme os Guardas davam espaço aos desconhecidos aventureiros que ali estavam, esperando para entrar e ter sua grande missão, que, provavelmente, teria uma maravilhosa recompensa. Eu conseguia ouvir as pessoas murmurando, umas nos admirando, outras desejando boa sorte e umas falando o quão difícil isso deveria ser, calmamente caminhei um pouco para frente e fiquei lado a lado do resto do grupo conforme os portões terminavam de abrir, nós começamos a andar para dentro do Castelo, passos lentos e alguns pesados, de fundo era possível ouvir gritos, assovios e aplausos do povo.

Os Guardas nos encaravam, alguns atrás de todos nós para ficar de olho no portão enquanto conversávamos com o Grande Rei e sua Rainha, eles estavam por toda a volta do Castelo, em nossos lados esperando algum movimento errado, na nossa frente nos guiando, no topo das torres acompanhados de Arqueiros e outros fazendo rondas constantes. Andávamos, todos um pouco nervosos com toda aquela segurança que o lugar continha, mas não era de se negar, quando entramos, todos os olhos brilharam com as grandes quantidades de coisas valiosas que tinham em várias prateleiras , o Castelo por fora apenas parecida um amontoado de tijolos e pedras antigas, mas por dentro era rodeado de pertences e paredes cobertas por uma tinta que brilhava como uma limpa pedra de ouro quando ficava ao dispor do Sol. Em nossa frente era possível ver um Trono de cor amarelada como uma Brisa da Primavera, nele tinha almofadas para o Rei sentar, elas eram vermelhas como cor de sangue e pareciam ser bem confortáveis, ao lado tinham mais dois tronos iguais porém menores-

- Curvem-se! - Gritou um Guarda que estava atrás de nós.

Eu dei um pequeno pulo com o susto de sua alta voz, estava perdida em meus pensamentos olhando as coisas em volta do Castelo, quando olhei para o lado vi meus companheiros curvados em direção ao Trono então fiz o mesmo, em poucos segundos era possível ver o Rei entrando no salão, sua grande capa vermelha e longas roupas, uma coroa feita de ouro que deixava qualquer cego com seu brilho e reflexo, me fazendo pensar que foi polida recentemente, seguidas de seu curto cabelo loiro e sua grande barba, atrás dele estava a Rainha que usava um Coque em seu cabelo preto, um grandioso e formoso vestido branco que se arrastava no chão, sua perfeição atraindo atenção de todos e os deixando de bocas abertas, por último, a sua única filha, de cabelos pretos que seguiam para um loiro no final de suas mechas, com um vestido parecido com de sua mãe porém mais curto e delicado. Todos andando lentamente para seus Tronos, quando terminaram, nós levantamos e olhamos para o Rei, esperando por suas palavras.

- Bem, acredito que todos estão aqui para aceitar uma missão e, claro, se completarem esta jornada com sucesso, receberão duas recompensas. - Ele deu um grande suspiro antes de continuar, olhando em volta e comandando para que sua Filha levantasse de seu lugar.

- A sua missão é enfrentar a Rainha Dragão que vem causando um mal para nossas terras e plantações, ateando fogo com sua magia e aterrorizando pequenos vilarejos das cidades ao redor do Continente. Sua recompensa será, claro, todo o crédito por conquistá-la, mas acima de tudo, ganhar a mão de minha filha que está em busca de um pretendente.

No mesmo momento em que o Rei terminou sua fala, a Arqueira ao meu lado levantou a mão e sem demora já disse com um tom alto e confiante.

- Majestade, mulheres também estão incluídas? - Ela rapidamente falou, esperando ansiosamente pela resposta.

O Rei olhou para a Princesa, com uma sobrancelha levantada, aguardando pela explicação que ela daria a tal questão, mas, ela apenas olhou para seu Pai, movimentando sua cabeça para cima e para baixo, sussurrando um pequeno e fraco "Sim". Ele olhou de volta para a Arqueira e rapidamente deu a resposta que ela queria.

- Sim, mulheres também estão incluídas. A melhor pessoa em toda a missão, ou o único sobrevivente, é aquele que consegue esta posição e herda todo o reino com minha filha.

A Arqueira encarou a Princesa com um olhar de confiança, levantando e dando um passo a frente, e ajoelhando-se, com sua mão em seu peito esquerdo e fala de maneira alta e formal, determinada com seu comprometimento.

- Eu, Amelia Asrgard, A Arqueira, exasperei completar minha missão de maneira esplêndida, não cometendo nenhum erro ou deixando minha equipe para conhecer a Morte, está será minha Promessa e quando completá-la voltarei para lhe fazer minha Mulher.

O olhar das duas se encontraram naquele Mar de silêncio constrangedor, quando após longos e tortuosos segundos, as bochechas da querida Princesa começaram a corar como as cores de uma nova flor rosa a brochar em um Jardim, ela acenou a cabeça para Amelia e lhe disse.

- Eu lhe aguardo, espero que cumpra sua promessa e traga a cabeça do Dragão para provar sua motivação e vencer minha Mão, tanto com sua habilidade quanto suas resplandecentes palavras.

O Rei olha com uma cara preocupada, mas apenas deu um grande e profundo suspiro, aceitando a decisão de sua Filha. Ele acena para os Guardas retirarem os Aventureiros de seu Castelo, e assim eles fazem, gritando para formarem uma fila e os guiando até o portão principal novamente. No momento em que chegaram a entrada Principal, o Guarda ao qual aguardava eles, deu um passo para o Lado e lhes deixou passar, porém, chamando atenção da Barda que era a última ao qual passava, entregando-lhe um Mapa.

Quando os portões se fecharam, com todos de dentro observando os de fora, a multidão estava em silêncio encarando os aventureiros enquanto eles rapidamente de lá saíram, indo diretamente para uma Taverna que perto dali estava. A porta de madeira se abriu, rangendo altamente e agoniando todos que ali estavam, era possível ver rodas de civis em torno de muitas mesas, alguns no chão bêbados, e até alguns sóbrios aventureiros com copos de água em suas mesas, todos descaradamente olhando o grupo que acabaste de chegar. Ignoramos os olhares de julgamento e apenas pegamos uma mesa no canto, sentando cada um em seu assento e ficaram em um silêncio desagradável até o Guerreiro começar.

- Então, que tal iniciarmos com as apresentações? Ficarei encarregado dessa tarefa, pois estou confiante de que todos vão adorar!