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Aquele cheirinho de baunilha invadia as narinas do Park com tanta facilidade que o forçou a fechar os olhos e se permitir sentir com mais profundidade o cheiro doce e gostoso que saía do pescoço de seu colega de quarto.

— Cheiro bem? — após finalizar a última mecha de seu cabelo, o menor virou-se de costas para o espelho, fitando o Park com aquele olhar de raposa que o matava. — Vou sair com uns amigos e preciso estar apresentável.

O maior nada o respondeu, não o impedindo de continuar andando de um lado para o outro no quarto que dividiam, em busca da sua bolsa favorita. Aquele que apenas observava a movimentação do outro, tinha a cabeça apoiada no braço direito, enquanto seus olhos não paravam de fitar as nádegas palpáveis do Kim, ficavam tão redondinhas naquele jeans.

Foi inevitável o sorriso cafajeste que saiu dos lábios finos do Park.

— O que foi? Tem alguma coisa na minha roupa?

— Sabia que sua bunda fica uma delícia quando usa essa calça?

O Kim sorriu, direcionando-se ao encontro do colega de forma provocante, com seus passos leves e devagares. Aproximou-se lentamente do lóbulo da orelha alheia e a mordiscou antes de sussurrar.

— Então quer dizer que você presta atenção na minha bunda?

— Não só em sua bunda, mas em você inteiro.

Aquelas palavras foram cuspidas sem um mínimo de vergonha, até porque era a verdade. Park passava dia e noite pensando e imaginando... Seu colega de quarto, rebolando sem dó e piedade em cima de seu membro ereto, gemendo seu nome como se fosse a última coisa que fizesse, enquanto seus lábios tinham os mamilos alheios, rosinhas e sensíveis.

Não pôde evitar mais uma vez aquele sorrisinho ladino que fazia sempre que o provocara, amava as reações do Kim. Mesmo dando um de durão, quando Sunghoon abria a boca, ele se derretia.

Kim imediatamente saiu de seu posto e foi em direção à sua penteadeira novamente, obviamente tentando ao máximo disfarçar seu constrangimento, mas Park sabia que ele estava feliz por saber daquilo. Aquilo que o atormentava a tanto tempo.

Ter uma queda por seu colega de quarto não era algo muito comum e Sunoo sabia disso, então tentava evitá-lo para também evitar seu sentimento e coração desesperado. Sair com os amigos? Não. Sair sozinho para um bar perto dali, disposto a beber e dizer coisas sem sentido, coisa que jamais diria a Sunghoon.

Com as mãos sobre sua penteadeira e a cabeça baixa, Kim assustou-se ao sentir braços grandes e fortes rodearem sua cintura delgada, e a pele gelada do Park ter contato com a sua.

Levantou seu rosto e fitou seus reflexos. Sunghoon tinha um olhar provocante no rosto, mas também o olhar de quem queria o abraçar e não largar mais naquele momento.

— Eu sei que você quer isso também, seu olhar não mente.

— Você não sabe de nada. — o Kim não se deixaria levar por aquelas provocações, mas o outro não mentia, ele de fato queria mais que tudo sentar naquele homem até ficar de pernas bambas.

— Não sei? Então me mostre o que não sei.

Em um piscar de olhos, Park tinha Sunoo em seus braços, o levando à sua cama. Seus olhos não desviavan-se em momento algum. Mesmo com a tensão e desejo que tinham, não deixavam de se preocupar um com o outro. O cuidado era essencial.

— Sua boca está muito beijável... Posso? — seu olhar, que até aquele instante fitava o de Kim, agora tinha total foco nos lábios carnudos e rosados dele.

Apenas balançando a cabeça em positividade, Sunoo fecha os olhos, esperando que Park o beijasse. O maior inclinou-se mais para frente, finalmente tocando os lábios que tanto ansiava.

erotic dreams | sunsunOnde histórias criam vida. Descubra agora