Epílogo

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- Helena? - paro meus dedos sobre o teclado e encaro Alessia parada à porta do escritório

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- Helena? - paro meus dedos sobre o teclado e encaro Alessia parada à porta do escritório. Seu traje hoje é diferente, com pregas e um cardigã preto sobre a blusa marrom. Sua aparência parece mais alegre e, surpreendentemente, sua companhia se tornou até agradável durante o trabalho. Devo agradecer a seu namorado pelo efeito positivo que ela trouxe - O Sr. Jones está aqui - ela diz, com um brilho nos olhos ao pronunciar seu nome. Arqueio a sobrancelha diante de sua demonstração de afeto.

- Não - respondo firmemente, e uma expressão de espanto toma conta do rosto de Alessia.

- Como? - ela questiona, claramente surpresa. Junto alguns papéis espalhados pela mesa e os guardo na gaveta enquanto respondo.

- Acho que você me escutou perfeitamente - a encaro com convicção, entrelaçando minhas mãos sobre a mesa - Diga a Noah que estou ocupada e não posso recebê-lo.

- Mas eu faço questão - Noah entra no escritório, acompanhado por Alex, que me olha com uma expressão de desculpas. Meu corpo se torna tenso como uma pedra.

- Precisamos conversar, Sra. Jones - Noah anuncia, sua voz carregada de raiva e impaciência. Olho para ele, sentindo um balde de água fria sendo jogado sobre minha postura confiante - Agora.

- Não podia esperar até eu chegar em casa? - minha voz sai um pouco mais fraca do que eu gostaria.

- Não. Nos dê licença - ele diz, e os dois saem rapidamente do escritório. Fechando a porta, Noah volta sua atenção para mim, seu olhar fixo em meu rosto - O que está acontecendo?

- Noah, por favor, eu... - minhas palavras se perdem, e meu coração se aperta em meu peito.

- Em primeiro lugar, nem deveria estar aqui - Noah diz irritado, olhando ao redor do escritório com desdém - Você é minha mulher, não precisa passar por tudo isso. Tenho dinheiro mais do que suficiente para nós dois.

- Não se trata de dinheiro, Noah. Já conversamos sobre isso - respondo, mantendo uma distância segura entre nós ao me apoiar na mesa. Sinto um misto de alívio e frustração por ele estar bloqueado pela mobília.

- Você está me evitando, até mesmo em nossa casa - sua voz vacila por um momento, e me sinto culpada por meu comportamento nas últimas semanas - O que eu fiz?

- Nada - sussurro baixo, com uma voz vacilante. Minhas estruturas emocionais começam a desmoronar ao ouvir sua voz preocupada - Está tudo bem.

- Você mente tão mal - ele murmura, contornando a mesa e se aproximando de mim sem desviar os olhos dos meus - Se é por causa do que aconteceu no restaurante, não irei pedir desculpas nem me redimir.

- Sei que não - sorrio, relembrando a expressão irritada de Noah ao confrontar o garçom.

Com olhares atentos e palavras impulsivas, o garçom que nos atendia no restaurante não conseguiu disfarçar seu interesse pelo meu decote durante todo o jantar. Isso quase resultou na demissão do funcionário se eu não tivesse intervindo naquele exato momento.

Desafios da Sedução: Entre Desejo e LoucuraOnde histórias criam vida. Descubra agora