A queda de Gallifrey

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O amor era bom, quente e reconfortante como um abraço. Era como energia fluindo pelo seu corpo e deixando seu sistema tonto. Era como tomar um banho após um dia difícil. Mas o amor doía. 

Doía muito.

Meus olhos não voltaram a brilhar; eu não voltei a brilhar. Eu era como uma estrela morta, prestes a explodir. No dia que deveria ser o mais feliz da minha vida, o dia do meu casamento, eu carregava uma escuridão que obscurecia qualquer possibilidade de luz. 

— Você está incrível, Astéria — uma das minhas empregadas falou. — Com toda certeza, a mais bela.

— Obrigada — sussurrei, agradecendo.

O longo vestido dourado, apesar de lindo, era pesado e desconfortável. Meu cabelo estava adornado com tantos enfeites em ouro que minha cabeça doía pelo peso. Eu me sentia sufocada. Cheguei a pensar que preferiria minha morte a esse casamento, pois a ideia de estar com Rassilon e permitir que ele me tocasse causava náuseas em mim.

— Minha pequena Deusa — meu pai adentrou o quarto. — Você está como sempre deveria estar.

— Infeliz? — respondi, amargura tingindo minhas palavras.

Ele suspirou em desgosto.

— Você vai levar nossa espécie à glória, deveria estar radiante.

— Mas não estou, papai. Estou infeliz, e você sabe por quê — disse, minha voz tremendo com emoção. — Deixe-me ao menos vê-lo uma última vez — implorei.

— Não — suas palavras foram duras. — Já perdoei sua infidelidade uma vez e não perdoarei de novo. Você não traiu apenas Rassilon, traiu minha confiança.

A melhor noite da minha vida não terminou como eu esperava. Meu pai descobriu sobre meu encontro com o Doutor, e por sorte, consegui que o Senhor do Tempo não fosse exilado, concordando que eu jamais poderia vê-lo novamente. Eu aceitei o acordo, mas me sentia sozinha e incompleta.

— Vamos, eu vou levá-la até seu marido. — A voz do meu pai soou impessoal, e eu o segui obedientemente, meu coração pesado

O salão estava cheio de pessoas da mais alta classe social de Gallifrey, todos curiosos sobre mim, a sua futura salvadora, a mulher que traria prosperidade para esse planeta de miseráveis. Minhas pernas pareciam fraquejar, eu queria correr e me esconder, fingir que tudo isso não passava de um pesadelo.

A garota que nunca existiuOnde histórias criam vida. Descubra agora