Ela não pode voltar

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- Professor?

- Sim?

- O senhor ficou preso ontem na sala dos professores?

Seungkwan engoliu um seco lembrando do quão tenebroso foi. Odeia ficar trancado em lugares.

- Foi só um descuido...

- É que... alguns de nós vimos a forma como saiu de lá quando a moça da limpeza o destrancou. O senhor está bem?

O Boo sentiu as mãos tremerem. Será que ele revela para os seus alunos que até mesmo os professores podem ser cruéis?

- Não se preocupem. Eu estou bem... vai ficar tudo bem – suspirou baixo – Bom, que tal começarmos a aula com um pouco de improvisação? Faz tempo que não temos esse tipo de aula, não é?

A noite caiu e Seungkwan se encontrava deitado na cama de Mingyu enquanto o abraçava. Ele não havia falado muito desde que chegou no seu apartamento, o que era bem estranho, afinal o Kim é um falante nato.

- Aconteceu alguma coisa, amor?

- Não... só quero ficar assim com você – se aconchegou um pouco mais no abraço dele.

Mas, aquele abraço não poderia durar muito tempo. Já eram nove horas e Seungkwan não queria voltar tão tarde assim pra casa naquela noite.

- Pode ir lá se quiser. Prometi ao Woo que compraria pizza pro jantar.

- Sério? – ele se ergueu na hora – Ah, se for assim eu quero!

Eles saíram do apartamento eufóricos. Ambos estavam com fome, mas também bem animados para ficarem junto do pequeno Hyunwoo. Então adentraram o elevador e ele estava vazio.

- Podemos pedir uma doce?

- Claro. Qual você quer? – disse o Boo já vendo no celular.

- Calma – retirou-o da sua mão e sorriu travesso – vamos esperar para escolhermos com o Woo.

- Hm... tá certo – também sorriu vendo que ele estava bem perto – mas, até o elevador chegar lá, podemos aproveitar mais um pouco?

O Boo pegou o celular de volta colocando-o no seu bolso e então deixou que o Kim o grudasse contra a parede do elevador e atacasse seus lábios em um beijo fervescente e bem indecente. Eles não eram de muita pegação, mas algo meio proibido é bom de vez enquanto, não é?

Mingyu desceu suas enormes mãos até o quadril de Seungkwan, que o impulsionou um pouco para frente para manter o contato próximo, assim puxando o homem pelo colar que usava. Então, o Kim decidiu se aventurar um pouco mais, apertando não só seu quadril e cintura como também mordendo os seus lábios, o que fez o Boo sorrir em meio ao beijo que era quente.

Mas o elevador deu sinal e tiveram que se afastar para saírem do mesmo.

O corredor estava vazio, então até chegarem no seu apartamento não perderam a oportunidade de ficarem se beijando vez ou outro pelo caminho. O que aquelas câmeras iriam fazer? Só filmar um casal bem safadinho.

Então Seungkwan bateu na porta do Hong e do Lee.

- Seungkwan! Veio cedo hoje e... oi Mingyu, como vai?

- Bem.

- Oi Shua – o Boo sorriu.

Mas, esse sorriso logo fugiu de sua face ao notar uma silhueta dentro da casa. Não viu Hyunwoo, mas viu Seokmin se aproximar e o seu marido com uma feição não muito diferente do dia anterior. Preocupação.

I LOVE YOU so... 00:00Onde histórias criam vida. Descubra agora