Capítulo 49: ''Novo Mundo''

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< OPENING - INÍCIO >

< TÉRMINO >

[PÓS-VIDA]

POV: GABRIEL MIZUNO

Uma grande luz toma meus olhos, cobrindo minha visão. Muitas sensações passam pela minha mente ao mesmo tempo. Dor, felicidade, medo, coragem, tristeza, alívio. Meu corpo parece leve também, como se eu vestisse uma roupa simples. Conforme essa luz diminui, consigo enxergar formas e o ambiente ao meu redor. É um corredor de hospital. Eu pareço estar usando uma roupa de paciente, porém com uma diferença brutal. Meu braço e parte do meu torso pareciam estar envoltos em uma aura etérea de cor azul clara, quase esfumaçada.

Gabriel: Pera... o que?! E-Eu tô...!! - Começo a pensar enquanto caminho para trás, esbarrando em alguém - P-Perdão, eu-

Quando eu me viro para entender quem é, observo um garoto moreno de cabelos encaracolados e olhos escuros. Ele tem uma grande cicatriz na garganta e um olhar gentil enquanto me olha de cima por ser um pouco mais alto. Eu o reconheço imediatamente, me surpreendendo e dando um passo para trás. Era Ichirou.

Ichirou: Relaxa, guri - Ele diz, sem usar libras e com sua voz verdadeira.

Gabriel: Ichirou? É-É você?

Ichirou: O próprio, te garanto.

Gabriel: Mas... como é que você tá aqui? Nós dois estávamos lutando contra a Ayumi ainda agora e esse lugar é totalmente diferente de Nishida.

Ichirou: É... eu não consegui, cara.

Assim que ele menciona isso, percebo seu corpo dividido em dois com a mesma aura esfumaçada presente em mim conectando essas partes. O fato de estarmos os dois aqui não é coincidência. Se estamos aqui, significa que nós dois estamos...

Gabriel: Nós morremos, não é? - Perguntei, um pouco triste.

Ichirou: Acho que sim. Não encontrei mais ninguém aqui além de nós dois. Inclusive, eu recebi um papel com uma numeração marcada. Acho que o meu quarto é esse tal de "21". Recebeu um desses também?

Gabriel: Calma aí... - Procuro nos meus bolsos e puxo um pedaço de papel com a numeração "22" - O meu é 22.

Ichirou: Esse corredor vai dar exatamente nos nossos quartos. Quer me acompanhar até lá? Eu ia gostar de ter um amigo nesse momento.

Gabriel: Claro!

Nós começamos a andar lentamente pelo corredor. Saber que está morto não é muito fácil, ainda mais quando se sabe de tantos sonhos que poderia realizar. É como interromper um fluxo abruptamente ou cortar um fio pouco depois de ser esticado. Meu peito estava estranho. Ichirou percebeu isso enquanto andávamos juntos.

Ichirou: Tá processando ainda, né? - Perguntou, me tirando dos meus devaneios.

Gabriel: É... complicado. Difícil de acreditar, na verdade. Quer dizer, você e eu estamos conversando aqui como se estivéssemos vivos! Não é como se eu aceitasse isso facilmente...

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⏰ Última atualização: Mar 12 ⏰

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