Capítulo 1

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—Jeon, acorda cara!

   Sinto uma mão no meu ombro e me viro para o outro lado. Deveria ter dormindo cedo ontem. Malditas sejam as noites de sábado!

— Jeon, porra, seu pai ligou para você!

    Levantei da cama em um pulo, surpreso e puto. Porra, ele disse que conseguiria enrolar a mamãe por mais tempo! Mal tive tempo de me recuperar da dor de cabeça e da queda de pressão por ter levantado rápido. Fui procurar uma calça e tentar colocar meu cinto que por algum motivo não estava encaixando na merda do buraco.

— Nossa, eu nunca vi você colocar uma calça tão rápido, normalmente sua pressa é outra. — ouvi Alex dizer em tom de piada, como se fosse a coisa mais hilária do mundo.

— Não fode, e vai acordar o Thiago! — murmurei, ainda tentando enfiar a porra do cinto naquele buraco minúsculo.

— Não é assim que se usa um cinto.

— Menos beijinho de bom dia e mais ajuda.— Senti ele me segurar pela fivela do cinto em um puxão nada gentil e finalmente prender o cinto na minha cintura — Pensei que você só era bom em tirar os cintos. — sorri pois não podia deixar de fazer essa piada — Obrigado.

— Você já é feio o suficiente com as calças presas na cintura, seria horrível te ver com elas arrastando pelo chão. — pareceu pensar um pouco enquanto se dirigia ao corredor — Se bem que pode combinar com esse seu estilo cafona.

— Sabe, o motel da esquina não é tão carro. Por que vocês não vão se foder lá em vez de atrapalhar nosso café da manhã? — Kevin propôs, com cara de quem enfiaria a faca que estava usando para cortar o pão nos meu olhos caso eu não ficasse calado agora mesmo. Sebastian estava ao lado dele com a cabeça encostada no seu ombro, lendo uma revista que eu deduzi ser sobre receitas envolvendo massa, mas não tenho certeza.

— Desculpem crianças, não precisam chorar. O Papai e a Mamãe só estão tendo uma conversa, nós ainda amamos vocês. — expliquei, não dando tempo para Kevin rebater pois já tinha saído da cozinha para procurar meu uniforme.

— Seu pai disse que você só tem dois dias até ela chegar! — Alex gritou do outro lado do corredor e eu nunca desejei tanto que ele fosse um péssimo amigo e não atendesse as ligações do meu pai, usando uma desculpa esfarrapada de que o celular estava longe das suas mãos.

— Obrigado. Você por acaso sabe onde estaria— parei quando avistei minha farda perto das roupas sujas, envolvida no meio daquele monte de umidade e cheiro podre. — Esquece!

    Senti alguma coisa ser arremessada nas minhas costas e não perdi a chance de sorrir de lado, pois já sabia exatamente o que era.

— Obrigado, outra vez.

— Na próxima vez que você deixar as suas fardas sujas por cima do sofá eu vou jogar elas no lixo do prédio, e rir de você por ter que comprar outras. 

— Você não faria isso, e sabe por quê? — Me aproximei dele devagar enquanto abotuava as casas dos botões da minha camisa — Porque você não vive sem mim. — constatei, implicante.

—  Você merece uma surra, mas só vou cobrar o dobro do valor do aluguel esse mês.— informou e saiu andando como se não estivesse me cobrando mais que a metade do meu salário.

— O quê? Como isso foi acontecer? — Me exaltei surpreso indo atrás dele. Eu não tinha feito nada essa semana, então não tinha porquê... Ah, droga!

— Ontem era o seu dia de faxina Jeon. - parou de andar só para responder de forma dramática, depois voltou ao que estava fazendo. Que intediantemente era juntar as embalagens dos frios que compramos e comemos ondem à noite antes que eu saísse.

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⏰ Última atualização: Apr 11 ⏰

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