capítulo 7

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capítulo 7

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capítulo 7

Adentrei meu quarto e me deparei com a escuridão que parecia mais densa do que nunca, como se tivesse vida própria e estivesse ansiosa para me envolver em seus braços frios e sinistros. A garrafa de whisky sobre a escrivaninha era um convite tentador, uma promessa de alívio para a tormenta que rugia dentro de mim. Sem hesitar, agarrei-a com mãos trêmulas e despejei o líquido âmbar em um copo, cada gole queimando como ácido enquanto descia pela minha garganta seca.

Mas um copo não era suficiente. Eu precisava de mais, precisava entorpecer minha mente, afogar os meus demônios em um mar de álcool ardente. E assim, eu bebi. Bebi até as paredes do quarto começarem a dançar ao meu redor, uma sinfonia distorcida de sombras e luzes que me envolvia como uma teia mortal.

A embriaguez começou a se insinuar em cada fibra do meu ser, embrulhando minha mente em um nevoeiro turvo e desconexo. As vozes de Margarete ecoavam em minha cabeça, misturando-se com as minhas próprias dúvidas e medos, criando um turbilhão de emoções indomáveis que ameaçavam me consumir por completo.

E então, tudo se apagou.

O som estridente do despertador cortou o ar, arrancando-me abruptamente do torpor em que estava mergulhado. Abri os olhos com esforço, lutando contra a dor pulsante que reverberava em minha cabeça como um tambor ensurdecedor. Ergui-me do chão, a garrafa ainda fria e vazia em minhas mãos trêmulas.

Encarei a janela, onde o céu já começava a tingir-se com tons suaves de azul claro, um lembrete cruel de que o mundo continuava girando, indiferente ao meu sofrimento pessoal. O sol despontava no horizonte, lançando seus raios dourados sobre a paisagem adormecida lá fora, enquanto eu lutava para dar sentido ao caos que reinava dentro de mim.

Com um esforço sobre-humano, forcei-me a levantar da cama e arrastar-me até o banheiro, onde o reflexo abatido no espelho me encarava como um espectro do passado. Meus olhos estavam injetados de vermelho, a pele pálida e os lábios ressecados denunciavam a noite de excessos que eu preferiria esquecer.

O cheiro acre de whisky impregnava minhas roupas e minha pele, uma lembrança persistente da minha fraqueza e autoindulgência. Eu sabia que não podia mais adiar o confronto com a realidade, mesmo que isso significasse enfrentar a fúria de Margarete e as consequências dos meus próprios atos impensados.

Com um suspiro resignado, olhei para o relógio na parede e vi que o tempo estava correndo contra mim. A manhã já avançava rapidamente, e eu tinha um ultimato a responder. Era hora de enfrentar as consequências das minhas escolhas, custasse o que custasse. Mais antes eu já iria estar com as minhas malas prontas


quando estou determinada, não há nada que me impeça de alcançar os meus objetivos. . Avancei com passos decididos em direção à sala dos professores,
Cheguei à porta da sala dos professores e me detive, observando atentamente o corredor deserto ao meu redor. Não havia ninguém por perto, nenhum olhar curioso para testemunhar meus movimentos. Com um sorriso de satisfação, empurrei a porta entreaberta e adentrei o santuário dos mestres.

Esther das cores da letra vermelha Onde histórias criam vida. Descubra agora