𖥻 IDEIAS TRAVESSAS.

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ꗃ Minha primeira fanfic de 2024! Estava morrendo de vontade de escrever qualquer coisa que Bachira estivesse envolvido porque ele é meu personagem favorito e não está saindo panel novo dele no mangá... a vida é sofrida.

ꗃ Estão torcendo para o PXG ou Bastard München? Eu, pessoalmente, estou torcendo para o PXG.

ꗃ Oneshot revisada. Boa leitura!

Isagi não é tímido

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Isagi não é tímido. Ele não tem dificuldade e nem fica nervoso ao interagir com desconhecidos quando a situação requere que o faça.

Mesmo assim, é fácil envergonhá-lo. Não é um grande desafio fazer suas bochechas adquirirem um tom rosado. Muitas das vezes, é de felicidade por comer algo muito gostoso, mas também acontece quando recebe muitos elogios ou mimos.

Bachira descobriu que seu amigo é tão fácil de envergonhar quando foi dá-lo comida na boca durante o almoço escolar. Isagi tentou evitar.

- Não precisa, eu consigo comer sozinho! - Disse, abanando as mãos à sua frente, afastando-se do outro. Mas não consegiu impedir Meguru de alimentá-lo.

- Não seja assim! Coma, coma. - Quando Isagi notou, o garfo que Bachira segurava já havia ultrapassado a barreira de seus lábios, o sabor da carne dominava seu paladar e suas bochechas estavam ficando levemente vermelhas.

Bachira, caprichoso e sapeca como sempre é, não deixou o fato passar despercebido. Um sorriso satisfeito formou-se em seus lábios sujos de caldo de carne enquanto observava a feição de Yoichi deixar tão óbvio que estava envergonhado.

A partir do momento em que notou o quão fácil era fazer seu amigo corar, decidiu que queria deixá-lo sem jeito mais vezes.

[...]

Uma semana depois daquele almoço, chegou o dia de prova de inglês. Isagi não acha difícil, mas também não acha fácil. Por isso, separou os minutos de intervalo entre o almoço e a prova para revisar o conteúdo na sala de aula vazia. Sabia que havia entendido bem, mas tinha medo de esquecer tudo durante o teste. Sua cabeça era toda para assuntos referentes ao futebol...

Yoichi deixou escapar de seus lábios um suspiro cansado, colando sua testa ao livro de inglês.

- Isagi! - E quase pulou de sua cadeira quando ouviu Bachira chamar seu nome. Quando foi que ele entrou na sala?

- Oi, Bachira. - Respondeu o amigo, tirando a testa do papel, deixando que seus olhos azuis encontrassem os amarelos.

- Não entendi nada de inglês. - Ele disse, suspirando enquanto puxava uma cadeira da carteira mais próxima para que pudesse se sentar ao lado de Yoichi.

- Pede ajuda para o Rin. Ele é fluente, não é? - Isagi sugeriu. Meguru apenas riu, balançando a cabeça em discordância antes de colocar a cabeça no ombro do garoto ao seu lado.

Quando as pupilas de Bachira se direcionaram ao rosto do amigo, um sorriso sapeca discretamente se fez presente nos lábios daquele. Yoichi corou com tão pouco contato físico? Meguru achou engraçado, mas decidiu não comentar e apenas responder a sugestão do outro.

- O humor dele não é tão agradável... - Disse, balançando a cabeça ao lembrar-se de quando Rin jogou um livro em sua direção, o que quase acertou-o na cabeça. Claro, Bachira havia irritado o Itoshi mais novo, mas não tinha motivo para explodir assim... tinha?

Isagi acabou deixando escapar uma risada também.

- Rin não é tão paciente... - Disse, antes de voltar seu olhar para o livro de inglês.

Bachira teve uma ideia. Uma ideia um tanto travessa.

- Por que você não me explica a matéria, Isagi? - Sugeriu, sorrindo.

Não que Meguru realmente tivesse interesse em aprender a matéria. Não tinha, ele não gosta nem um pouco de estudar. Todavia, era parte de seu plano. E Isagi caiu na armadilha sem nem desconfiar.

- Acho que posso te explicar. - Yoichi disse, empurrando o livro para mais perto de Bachira de modo que ficasse confortavelmente sob o olhar de ambos.

E, dessa forma, o garoto começou a explicar o que estava escrito no material didático com atenção, se esforçando para não explicar nada errado para seu amigo. Não desconfiou que Meguru não estava prestando atenção no que dizia.

Os olhos amarelos estavam fixados no rosto de Isagi, observando seus olhos. Olhos que Bachira achava tão atraentes... achava tão bom quando pareciam tão determinados e concentrados em campo. Como analisavam cada parte do jogo detalhe por detalhe, como pareciam tão intensos quando sua estratégia estava pronta e mais sonhos eram destruídos por aqueles olhos e o cérebro. Foi aquele olhar que fez o monstro de Meguru direcioná-lo ao seu destino chamado Isagi Yoichi.

Em contraste, fora de campo, esse olhar é diferente. É gentil, amigável, como se fizesse carinho em seu rosto apenas observando-o. Um olhar que deixa tão claro o quanto ele se importa com quem ama... Bachira gosta muito dos olhos de Isagi. E, de tanto encará-los, analisá-los, admirá-los, Meguru acabou se tornando fluente na linguagem que falavam.

- Entendeu? - A voz de Isagi arrancou Bachira de seus pensamentos e seus olhares se encontraram novamente. A cabeça deste ainda descansava sobre o ombro daquele, e quando se encararam, a distância entre os seus narizes quase se tornou nula.

- Entendi, - o de olhos amarelos foi rápido ao mentir, mantendo o contato visual - obrigado, Isagi!

Finalmente retirando a cabeça do ombro do amigo, Bachira inclinou-a e depositou sobre a bochecha direita de Isagi um selar demorado, repousando a mão sobre a bochecha esquerda para que o garoto não saísse de perto em susto.

As bochechas de Yoichi nunca estiveram tão vermelhas. O beijo foi inexperado e fez as borboletas, normalmente adormecidas, acordarem e baterem as asas dentro de sua barriga. Os lábios de Bachira eram macios. Isagi nunca pensou que algum dia teria a boca de seu amigo em contato com qualquer parte de seu corpo, mas estava acontecendo, e a sensação não era, de forma alguma, ruim.

Quando o contato físico foi quebrado por Bachira lentamente afastando os beiços da bochecha, agora quente, do outro, Isagi parecia envergonhado e tomado de surpresa ao mesmo tempo.

- Você fez isso de propósito. - Disse, enterrando o rosto em suas mãos. Até a ponta de suas orelhas estavam avermelhadas. Meguru riu, essa era exatamente a reação que queria ver.

- Talvez. - Ele disse, colocando um braço em volta dos ombros de Yoichi.

- Você é impossível, - afirmou, deixando as palmas das mãos descansarem sobre a carteira e seus olhos encontrarem os cheios de travessura - eu achei que você queria aprender a matéria...

- Não me importo de ouvir você explicar um pouco mais. - Bachira respondeu, deitando sua cabeça em sua mesa escolar. Isagi suspirou.

[...]

Yoichi continuou estudando em silêncio, Bachira ao seu lado, observando seu rosto. Não demorou para que este caísse no sono como sempre faz em momentos como esse.

De canto de olho, Yoichi encarou o rosto do amigo adormecido. Bachira tinha o dedão perto de seus lábios como sempre.

- Como pode você ser assim... - Isagi murmurou para si mesmo, colocando a mão sobre a cabeça alheia, levemente acariciando os fios morenos.

E, com as bochechas tornando-se rosadas mais uma vez, o garoto direcionou seu olhar para a janela, olhando para o céu azul, com poucas nuvens.

E, silenciosamente, não querendo admitir para si mesmo, Yoichi deseja que Bachira continue tendo ideias sapecas como essa.

ꗃ FIM. 1202 palavras.

〝 BOCHECHAS AVERMELHADAS.Onde histórias criam vida. Descubra agora