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"Aqueles que foram abandonados pelo mundo, sem um propósito e sem um porquê."

Tyles acordava com o incontrolável barulho do andar acima

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Tyles acordava com o incontrolável barulho do andar acima. O garoto de dezessete anos morava em uma humilde kitnet, oferecida pelo velho Antônio, em troca das horas de trabalho do garoto de fios loiros.

Cansado, suspirou e levantou. Cutucou a tela do celular várias vezes, decidindo se iria para a escola ou não. É a realidade de alguns. Daqueles que foram abandonados pelo mundo, sem um propósito e sem um porquê.

Vivendo ou sobrevivendo?

Tyles saiu de casa, guardou a chave no bolso de sua jaqueta preta e subiu na moto. Em um piscar de olhos se encontrava na antiga e velha garagem, onde se encontra com Tom, Josh e Timmy aos ensaios de banda. Em suas pontas dos dedos, deslizava as cordas da guitarra em um som horrível aos ouvidos dos outros, mas para Tyles, aquilo era a liberdade. Todo o seu caos descontado em ondas sonoras.

Ocean yes - Billie elish

Ele descontava todo seu ódio, frustração e caos cantando a música de forma baixa e suave, enquanto tentava formar uma melodia condincente a música com as cordas da guitarra.

- You really know how to make me cry
When you gimme those ocean eyes
I'm scared
I've never fallen from quite this high
Fallin' into your ocean eyes
Those ocean eyes - suspirou.

- eu pareço um idiota agora. - Riu sem graça, encarando as paredes e cartazes na garagem. - eu deveria ter ficado calado, apenas pra você ficar em algum canto daqui.

Antes que os pensamentos pudessem bater em todo o emocional do garoto, Timmy adentrou, fazendo barulho irritante ao arrastar a porta da garagem acima.

- Achei que tivesse ido pra escola. - Sentou no sofá velho ao canto contrário do meu.

- Você também não foi - retrucou.

- Só hoje, você não vai a uma semana. - Levantou e pegou uma baqueta da bateria e então bateu em um prato. - Sabe, me pergunto se você tá legal.

Um silêncio.

- Não tô morto, pelo menos. - Suspirou e colocou a guitarra ao lado.

- Queria? - Encarou o garoto loiro com preocupação.

- Talvez. - falou sem muito ânimo.

Outro silêncio.

- Eu estou aqui para o que precisar, Tyles. Você pode contar com seus amigos. - Girava o baquete em sentido horário.

- Eu preferia ter uma mãe ou um pai para contar, sabe, Timmy? - Arqueou a sobrancelha e cruzou as pernas.

- Sabe que não foi sua culpa, ne? - Timmy soltou a baqueta da bateria e encarou o velho amigo.

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⏰ Última atualização: Mar 09 ⏰

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