O que Pode Acontecer Em Três Dias?

1° o primeiro dia da viajem

•Povo:lari•
Faltava apenas alguns dias para o dia da viajem, meus pais sempre foram de sair mais com os amigos,e todas as vezes eu ia,eu até que gostava

Faltava apenas um dia para colocarmos as malas no carro,eu particularmente estava ansiosa para essa viajem,minha antiga paixão iria estar lá,não que eu quisesse reatar alguma coisa,mas seria bom pra eu colocar as ideias na minha cabeça

[Quebra de tempo]

•no dia da viajem•
Saímos de manhã cedo,mais um ponto positivo,para minha felicidade, eu iria perder a aula

A viajem durou horas,e quando paramos pensei que tinhamos chegando na pousada que minha mãe dizia o caminho todo, engano meu,estávamos em um igreja, bem grande particularmente, tinha estátuas de vários santos, alguns que que até mesmo nem conhecia,assim que sai do carro o avistei, ele estava com uma blusa larga e um short fresco, e parece que também dormiu o caminho todo, a sua cara estava amassada e seus olhos um tanto reprimidos, assim como eu,não que eu tenha notado

Assim que notou minha presença ergueu o peito, mostrando postura,dei uma risada interna

Entramos na igreja,parecia que era maior por dentro,meus pais me deixaram dar uma volta sozinha, confesso que de princípio fiquei com certo medo pois tinha assistido um filme de terror bem parecido com o local que estava, mas o irmão mais novo dele Antonny foi comigo,ele era só dois anos mais novo que eu e o irmão dele (14) ele sempre era um fofo comigo,nunca demonstrou nenhum interesse em mim (coisa que é difícil nessa idade)

Andamos e conversamos,até que chegamos em uma sala com um quadro,e na frente dele estava a observar ele,o André ,o garoto pelo qual tinha ferido meu coração sem nem ao menos saber

Tentei mudar de rumo mais o Tony parece ter se interessado bastante pelo quadro,ele me puxou e me levou até o tão desejável quadro,acabo me esbarrando em uma coisa,ou melhor, alguém, que bosta,isso só pode ser uma piada

Olho pra ele e ele pra mim,ele sorri, o mesmo sorriso que tinha recebido a exatamente 4 anos,de um mala que machucou meu coração,eu era muito nova,tinha só 12 anos,eu achava que iria me casar com ele,ter filhos com ele,por conta de uma promessa idiota e falsa desse moleque sem maturidade alguma.

Na hora senti uma raiva dominante em mim,mas disfarcei,meus pais chegaram e fomos olhar outros cômodos, entramos em uma sala com vários túmulos pendurados na parede,um dos trabalhadores que estava varrendo o chão do local viu nossa presença e logo disse:
-ai estão pendurados os ossos das principais pessoas que fizeram essa igreja ser o que ela é hoje. Na hora senti um arrepio no meu corpo,e depois uma mão do lado esquerdo da minha cintura,olhei para trás mas era só o André,que tolo, dei um tapa e logo retornei a andar

Voltamos pro carro e lá se foi, mais 20 minutos de carro

[Quebra de tempo]

Dessa vez não dormi,chegamos na chácara e quando ia dar uma olhada escuto a voz doce e meiga do meu pai dizendo:
-ta pensando que é hotel ?não tem ninguém pra levar as suas malas não,  hóspede.

Tão grosso,estava levando uma mala minha que estava muito pesada,e pra melhorar minha situação,tinha centenas de escadas, enquanto estava a levar a mala com muito sacrifício,a rodinha prendeu em uma parte da madeira velha,puxei e não saiu, estava muito pesada,se eu quebrasse iria ouvir poucas e boas vindas do meu pai,não estava mais aquentando o peso em minhas mãos

Quando de repente sinto alguém puxar a alça da mala ao meu lado,era o André, de lado vi como ele tinha crescido de 2 anos pra cá, os músculos faltavam sair do braço dele, é incrível como alguém magrelo pode se transformar em um Deus grego com apenas uma academia, mas sou tirada da minha mente quando o mesmo diz:
-olha posso até estar te ajudando, mas tá muito pesada essa mala,da uma forcinha aí.

Fui tirada dos meus pensamentos e ele me ajuda levando a mala até meu quarto, agradeço mas assim que entro no cômodo vejo que o local se parece muito com a igreja, não sei se vou conseguir dormir nesse quarto sozinha com meu irmão de 10 anos
(Thiago)
Aquela mala era a mais pesada por ser a principal, as outras eram só de mão, então consegui levá-las facilmente

Depois de levar tudo, meus pais disseram que iriam dormir porque nenhum dos dois tinha dormido no caminho, tava sem sono e decidi dar uma volta, encontro o André e digo:
-o que o jovem rapaz está fazendo fora da cama?

Ele responde:
-Desculpa bela dama, mas eu poderia lhe fazer a mesma pergunta.

-tô sem sono porque vim dormindo o caminho todo,e acho que mesmo a noite não vou ter o esse sono. respondo

Ainda era de tarde então vi minha bola de vôlei no chão e olhei pra ele como indireta e ele assentiu

Nós dirigimos a um local aberto e longe dos carros, ficamos jogando por 1 hora, enquanto jogava-mos ficamos conversando sobre como tinha cido nesses últimos dois anos sem nós vermos, ele jogava muito bem então foi bom o jogo, mas em um momento ele jogou a bola muito longe e eu com minhas ideias espontâneas fui tentar fazer uma manchete de costas, mas acabei tropeçando e cai de joelhos nas pedras ao chão, pra minha certeza o André ficou parado me encarando enquanto meu joelho estava roxo,com arranhões e que saia sangue, olhei ele com uma cara séria e fria e ele me ajudou me lavando em direção as escadas, olho para ele e digo:
-você acha mesmo que eu vou subir essas centenas de escadas assim?!

Ele me olha e volta em direção ao sofá da recepção, vai em direção das escadas pra ir pro seu quarto,até pensei que ele ia me deixar lá daquele jeito mas ele volta com uma caixinha branca de primeiros socorros, sorri ao ver ele novamente, ele coloca água oxigenada nos sangramentos e pomada nas pancadas,ele sempre foi muito organizado em relação a isso, então ele se senta ao meu lado após terminar,e pega meu celular do meu bolso?
-me dá é meu!
Digo
-Vamos ver ttk.
Responde com simplicidade
Fico surpresa ao ver ele abrir meu celular que tinha senha, ele olha pra minha cara de surpresa e diz:
-como o esperado, você continua com a mesma senha de dois anos atrás.
Dou uma risada e ficamos alí, vendo ttk um encostando a cabeça no outro.