Capítulo 11 - Boys Night

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-Não tem problema se nós sairmos nessa altura do campeonato? – Eu ficava mais preocupado, enquanto ele corria para o elevador.

-Nah, que nada. Ele é foda, 'cê precisa conhecer ele! – Segurando a porta do elevador, ele me esperava e descemos para a garagem e entrando no meu carro.

-Caralho! Carro foda da porra! Tem nome? Sabe que a moto da Kay tem nome né? – Ele entrava e ficava no assento do passageiro.

-Nem sabia...

-Pois é... só não conta pra ela que eu te contei, ok? – Ele sussurrava a esse ponto, dentro do carro. – Lady of the Night!

Eu soltava uma risadinha e sorria um pouco.

-Combina com ela mesmo. – Eu ligava o motor com a chave do carro e Bones parecia muito excitado ao ver o motor roncando e saindo da garagem, vamos para as ruas. Já era o começo da noite. – Onde que é a casa dele?

-Saindo da cidade, você vai pelo sentido do Motel New Sunset e depois vira na direita da esquina do Motel e vai ter uma casona DO CARALHO!

-Já sei. – As ruas estavam vazias e eu colocava uma música pra tocar, aumentando o volume.

-Boy's Night, alright?

-Alright!– Íamos muito rápido e, como as ruas estavam vazias, éramos rápidos demais.

Saindo da cidade, podíamos desfrutar das estrelas no céu e alguns vultos de luz, como se fossem naves no teto solar do carro. Fora da cidade, era algo bonito e majestoso e, incrivelmente calmo. Era um campo longo, com algumas propriedades simples e bonitas de se ver e imaginar.

Alguns proprietários ainda estavam trabalhando e desligando e recarregando seus robôs de suporte, como alguns fazendeiros.

-É daqui que vem a maioria dos nossos frutos... pena que essa "Night Corporation" está querendo destruir tudo isso e transformar em seu grande império tecnológico. Para eles... isso daqui é só merda que destrói a passagem e faz a gente parecer "velhos e ultrapassados". – Bones dizia, com um tom de tristeza.

O caminho era meio longo, talvez uns 30 minutos para chegar lá. Nenhum carro estava naquelas avenidas e estradas, levando a possíveis cidades próximas.

Depois de uns 20 minutos andando, alguns mercados e postos abandonados e no final, Bones dizia para mim, gritando:

-ALI! CHEGAMOS! ACELERA, CHAY!

Podia ver um quase prédio gigante fora da cidade. Era uma mansão com vários andares e janelas de vidro e luzes neon de cor roxa e azul cobrindo aquela enorme mansão.

Eu acelerava com tudo e íamos mais rápidos e com adrenalina.

-ESTAMOS ONDE NINGUÉM PODE NOS ALCANÇAR! YEAAAAA! HELL YEAAAH!

Chegamos mais perto da casa e tinha várias plantas no portão da casa, com uma porta que tinha um sensor digital de reconhecimento facial ou algo assim ao lado dele.

Paramos o carro perto da porta e Bones descia do carro, chegando a bater na porta.

-E AÍ "DE CASA"? TÁ AÍ? – A porta se abria horizontalmente e uma figura estava na porta.

-Opa, Bones. Chega aí? Quem é esse menino aí? – Um homem de barba média loira e cabelo curto loiro, olhos azuis e brancos, vestindo um moletom verde-escuro e uma bermuda preta larga, mostrando suas pernas robóticas e de chinelos bem confortáveis abre a porta, dando um enorme sorriso, como um grande amigo.

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