Caixa de Pandora

Capítulo 4

Agora que estou sentada em seu escritório parei pra olhá-lo, um homem com aparência muito bonita, forte, tatuado, com um temperamento mortal e adora bebidas fortes, hum, acho que é totalmente o meu tipo.

- Quer algo pra beber?- Diz servindo-se.

- O mesmo que o senhor.

- Garotinhas não podem beber.- Ele debocha.

- Enche logo o copo e pare de enrolar, não tenho paciência.- Resmungo empurrando o copo em sua direção.

- Impertinente.- Resmunga.

- O que quer comigo?- Bebo de uma única vez.

- Meu nome é Ares Boldrin, dono deste museu, você tem certeza que não teve nada haver com esse roubo?

- Por que roubaria coisa velha?- Pergunto como se fosse óbvio.

Ele me olha com um sorriso sarcástico, ele se apoia com as duas mãos na mesa e se aproxima de mim.

- Coisas velhas? Você sabe o quanto vale cada coisa velha aqui? Isso aqui pode pagar tudo o que quiser pro resto da sua vida.

- Uau antiguidades tem valor.- Sorrio divertida.- Você tem valor também.- Digo cruzando minhas pernas sorrindo.

- Como é?

- Você disse que coisas velhas tem valor e estou perguntando se você também tem.

Ele se afasta rindo.

- Você tem coragem, admito.- Ele se senta na cadeira.- Eu posso acabar com sua vida em um piscar de olhos.

- Tente a sorte senhor de valor.- Olho pra ele de forma debochada.

Vejo ele cerrando os punhos e seu semblante lindo sendo substituído por uma carranca. Poxa vida por que ninguém tem paciência.

- Você é uma garotinha muito irritante.- Diz se levantando e dando a volta, ele vira minha cadeira pra ficar de frente a ele e aproxima seu rosto no meu.- Irei matar você e dar de comida pros meus cachorros.- Diz entre dentes.

- Realmente totalmente meu tipo.- Sorrio.

Aproximo minha mão da gola do seu terno e o puxo em minha direção e dou um beijo, ele tenta afastar, mas não deixo, ele começa a retribuir o beijo sorrio contra sua boca, sinto sua raiva, mas isso não o impediu de continuar, seus dedos afundam no meu cabelo enquanto o puxo mais perto de mim, enlaço minha perna em sua cintura e ele me coloca sentada na mesa sem descolar nossas bocas, encerro o beijo com uma mordida em seu lábio inferior.

- Obrigada.- Sorrio o empurrando pra longe arrumando minha roupa e cabelo.

- Obrigado?- Ele me olha irritado.

Quando ia responder a porta se abre e meu adorável irmão entra com um olhar matador.

Ferrou!

- Elizabeth Carter, quantas vezes falei pra não se envolver em confusão.

- Lizzie.- Resmungo.

- Quer saber esquece.- Diz revirando os olhos.- Ela causou problemas demais?

- Não, ela ajudou os visitantes.

- Desculpa Ares, minha irmã não está totalmente sã esses dias.- Diz me encarando.

- Estou muito normal, obrigado.- Resmungo cruzando os braços.

Ares suspira e se senta de forma mais relaxada.

- Sua irmã foi bem treinada e ela é bem peculiar.

- De certo modo sim.- Meu irmão resmunga.- Está tudo bem de levá-la de volta?